4 de agosto de 2021

Férias (II) - As Canárias.


   A viagem durou duas horas e meia. Quando chegámos, dirigimo-nos imediatamente ao hotel. Depressa constatámos que se tratava de uma estância predominantemente homossexual pela quantidade de casais compostos por membros do mesmo sexo e bandeiras arco-íris que decoravam janelas e varandas. Demos um pequeno passeio pelas imediações, e desde logo um homem ofereceu-nos uma massagem aos dois. Foi a primeira vez que tal nos sucedeu, e a nossa reacção, em uníssono e imprevista, foi um “no, gracias”. Foi o meu primeiro confronto directo e inequívoco com uma sociedade muito mais aberta do que a portuguesa. Há inclusive, na zona, um centro comercial dedicado exclusivamente ao público homossexual e inúmeras lojas gay; dentro delas, lojas para bears, por exemplo. Vi um pénis em formato de vela, com as cores arco-íris, que tentei adquirir mais tarde, sem sucesso porque a loja estava fechada.


As vistas desde a varanda do nosso quarto


   No primeiro dia, ficámo-nos pela praia do inglês, ou seja, a praia que corresponde à zona do hotel. É uma praia imensamente frequentada, de areia escura. A ilha tem origens vulcânicas. De manhã, deixámo-nos ficar na piscina a relaxar. O hotel dispunha de piscinas de hidromassagem, além de solário, sauna e ginásio. Apenas experimentámos a hidromassagem. À noite, estávamos tão cansados que não saímos.


Uma pomba no areal


    No segundo dia, e uma vez que não estávamos distantes, fomos conhecer as dunas de maspalomas, e o nome já indica que são dunas, mas umas dunas totalmente distintas daquelas que conhecemos na península. São dunas que mais se assemelham a um deserto. Um microssistema com interesse, que termina numa praia. Se visitarem a ilha e eventualmente as dunas, não aconselho a que o façam à hora de maior calor. A temperatura da areia é verdadeiramente escaldante.


As Dunas de Maspalomas


   No terceiro dia, invertemos “o esquema”: começámos pela praia, desta feita na praia de Puerto Rico, uma praia formada por uma baía. As águas eram muito mais calmas que as da praia do inglês. Alugámos o chapéu e as espreguiçadeiras, como de resto fizemos sempre que as praias os tinham, e passámos uma tarde agradabilíssima.


A Praia de Puerto Rico


     No quarto dia, dirigimo-nos bem cedo ao norte da ilha, uma viagem que nos levou três horas, mas que considerámos essencial, até porque nunca havíamos visitado piscinas naturais. Fomos às piscinas naturais de Agaete, um paraíso natural formado pela erosão das rochas de origem vulcânica. O oceano foi esculpindo fossas e transformando-as gradualmente em piscinas. A única acção do homem foi dotar as piscinas de escadas para que os banhistas possam subir e descer.


As encantadoras Piscinas Naturais de Agaete



     Os restantes dias ficam para publicação ulterior.

Todas as fotos foram captadas por mim., Uso sob permissão.

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