Finisterra, em latim, finis terrae, ou seja, “o fim da terra”. Isso pensavam os romanos quando a baptizaram assim. Julgavam que tinham chegado ao ponto mais a oeste do mundo, mas afinal enganavam-se: esse estava no Cabo da Roca, em Portugal, o ponto mais ocidental da Europa continental.
A Finisterra é um munícipio galego na província da Corunha, e foi ali que as nossas férias seguiram após termos regressado das Canárias. O avião aterrou em Santiago de Compostela, e no dia seguinte partimos em direcção ao nosso destino. Umas poucas horas de carro.
As águas, límpidas |
O clima daquela região espanhola não poderia distar mais do das Canárias, de forte influência oceânica, que se reflecte na aragem, fresca, e na temperatura da água, gélida. Pude constatá-lo na agreste e perigosa Praia do Mar de Fora, de mar revolto, extremamente impróprio para banhos. A Praia da Langosteira, todavia, é mais conhecida e convidativa.
A Finisterra está intimamente ligada à arte da pesca |
Ficámos hospedados numa casa rural, lindíssima, com piscina e um jardim extremamente agradável. Os seus proprietários eram um casal de dois senhores homossexuais de meia idade. À propriedade, imprimiram-lhe uma faceta antiga na decoração das divisões principais e dos quartos. Sentimo-nos em casa, é um facto. Além disso, tinham uma biblioteca recheada que nos fez as delícias enquanto desfrutávamos daquele sol não tão escaldante quanto o canário. São excelentes anfitriões, e um deles ocupa-se da parte culinária. Os pequenos-almoços, à discrição, eram requintadíssimos.
A vila é recomendável a quem quer descansar. Ainda assim, culminando ali o Caminho de Santiago, são de esperar muitos peregrinos.
Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.
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