Baseado numa história verídica, estes filmes são-me sempre mais apelativos. Quando saí da sala de cinema, o meu primeiro pensamento perdeu-se no sistema judicial dos EUA e em como, comparativamente, me orgulho do nosso, do português. Quando nos queixamos de algumas injustiças do nosso poder judicial, esquecemo-nos de observar aquele, onde, em muitos casos, os direitos elementares dos suspeitos são violados. Richard Jewell tornou-se suspeito por preencher um qualquer estereótipo criado por uma jornalista inescrupulosa que se deitava com inspectores do FBI em troca de informações privilegiadas. Inspectores esses que pareciam pouco estar preocupados em apurar a verdade material, e sim em levar um culpado para a câmara de execução.
Depois, impressionaram-me os métodos de investigação, o relacionamento tenso com a defesa, as tentativas dos inspectores de ludibriar o suspeito, as infracções que cometeram, verdadeiros crimes de abuso de poder e autoridade. Finalmente, todo o sofrimento gratuito causado em duas vítimas, num bonacheirão de trinta e poucos anos, de boa índole, honesto, de uma ingenuidade quase infantil, e na sua doce e frágil mãe.
As interpretações são muito boas (Kathy Bates está, de resto, nomeada para Melhor Actriz Secundária na edição deste ano dos Óscares), regra geral, e o filme tem aquele travo a 90s que ajuda a apaziguar o coração dos mais saudosistas daqueles anos - quando ouvimos Macarena, a irritante e pegajosa canção dos Los del Río, quase que nos apetece imitar a coreografia ridícula que a acompanha. À distância de mais de vinte anos, tudo ganha outro encanto.
As interpretações são muito boas (Kathy Bates está, de resto, nomeada para Melhor Actriz Secundária na edição deste ano dos Óscares), regra geral, e o filme tem aquele travo a 90s que ajuda a apaziguar o coração dos mais saudosistas daqueles anos - quando ouvimos Macarena, a irritante e pegajosa canção dos Los del Río, quase que nos apetece imitar a coreografia ridícula que a acompanha. À distância de mais de vinte anos, tudo ganha outro encanto.
Em Portugal também há muita gente injustiçada, onde os assassinos nunca foram presos, e gente que foi prejudicada por não ter dinheiro
ResponderEliminarTenho que ir ver esse filme :)
Abraço amigo
Sim, o acesso à justiça não é igual para todos, e nem a justiça é cega.
EliminarCreio que és capaz de gostar.
Um abraço, amigo.