Somos dois noctívagos, daí que os convites cheguem sempre a horas tardias. Em boa verdade, já fui mais. Decidimo-nos novamente pela última sessão, desta vez no Colombo, que é agradavelmente interessante quando está vazio.
Vamos ao filme. O La La Land é aquela história em que tudo está programado para se ter um bom produto final. A síntese de um bonito conto de amor, com percalços, salpicado de momentos musicais, inesperados, como se vivêssemos um sonho, onde, entretanto, somos confrontados com dilemas e com obstáculos, com o descrédito e com a nossa perseverança. O realizador soube reunir bem diversos elementos: o jazz dos clubes, o teatro, os sessentas, os setentas e os oitentas (Take on Me?) com os iPhones e os comandos para os carros, como se cada realidade tivesse confluído na mesma era.
Não sei até que ponto é um filme com um final feliz ou não. Não consegui desvendar a mensagem no derradeiro olhar entre a Mia e o Sebastian: se um agradecimento pelo que viveram, se um testemunho de vitória de ambos, na concretização individual dos sonhos, se, pelo contrário, uma despedida infeliz, porque o sucesso e o dinheiro são muito relativos. O meu lado spoiler fica-se por aqui, prometo.
A Emma Stone deu um verdadeiro show de interpretação. Incorporou a menina sadia e cheia de esperança, desapontada com os reveses, quase infantil nas suas reacções, imatura. Gostei de tamanha versatilidade.
O género romântico-musical foi recuperado pontualmente por Damien Chazelle. A fórmula é conhecida, todavia não deixa de ser meritório da sua parte criar umas horas de fantasia bem concebida. Saímos quase a levitar com a Mia & amigas, crendo ser possível levar a vida num tom descontraído, como se pudéssemos sair de uma entediante festa (ou do trabalho) a pular e a sorrir, tendo um pianista charmoso à nossa espera. A Emma Stone não é uma Liza Minnelli, mas é uma miúda cheia de talento.
Eu gostei, e recomendo. O pior que podemos fazer é tentar diminuir uma obra na comparação com velhos clássicos. Hoje em dia nada se inventa. Tudo se reinventa.
A Emma Stone deu um verdadeiro show de interpretação. Incorporou a menina sadia e cheia de esperança, desapontada com os reveses, quase infantil nas suas reacções, imatura. Gostei de tamanha versatilidade.
O género romântico-musical foi recuperado pontualmente por Damien Chazelle. A fórmula é conhecida, todavia não deixa de ser meritório da sua parte criar umas horas de fantasia bem concebida. Saímos quase a levitar com a Mia & amigas, crendo ser possível levar a vida num tom descontraído, como se pudéssemos sair de uma entediante festa (ou do trabalho) a pular e a sorrir, tendo um pianista charmoso à nossa espera. A Emma Stone não é uma Liza Minnelli, mas é uma miúda cheia de talento.
Eu gostei, e recomendo. O pior que podemos fazer é tentar diminuir uma obra na comparação com velhos clássicos. Hoje em dia nada se inventa. Tudo se reinventa.
Fiquei curioso com o filme :)
ResponderEliminarGrande abraço amigo
Ainda bem! :)
Eliminarum abraço grande.
Depois de ler-te por aqui, fiquei com mais vontade ainda de ver o filme! Só lamento não o poder ver na melhor das companhias, mas outros filmes do género virão! ;)
ResponderEliminarGrande abraço :)
Seguramente que virão. :)
Eliminarum abraço grande, amigo João.
Só há meia dúzia de semanas é que soube da existência desse filme e honestamente, é mais um daqueles produtos cujo hype que se gera à volta do mesmo é tanto, que me tira toda e qualquer vontade que tivesse em vê-lo.
ResponderEliminarA Emma Stone (assim como a Jennifer Lawrence) sempre foi levada ao colinho pela maioria das pessoas, logo qualquer filme que faça, é, na generalidade, elevado a uma espécie de "must-see".
Por muito fã que seja de musicais, acho que vou passar este.
Plus, não vou muito com a cara do Gosling...
Eu soube há menos de duas semanas. :) Como é público, não sou, ou não era, muito ligado a cinema.
EliminarEu creio que o filme tem ganhado visibilidade simplesmente porque é bom.
Quanto à actriz, olha, nem a conhecia. (risos) Gostei do seu desempenho. Não tinha qualquer preconceito, daí julgar que a minha análise, sendo imodesto, é realmente imparcial.
O Gosling, achei-o fofo.
não gosto de musicais, com raríssimas excepções (não me refiro aos clássico: Kelly, Astaire e por aí fora). a excepção foi o Moulin Rouge. vai passar-me ao largo.
ResponderEliminarse estás numa de filmes, e se gostares de realismo (é a minha preferência, bem como o SyFy), aconselho-te o Manchester by the Sea.
bjs.
Eu gosto de musicais. :) Depende do musical, claro.
EliminarObrigado pela sugestão, Margarida. Não conhecia.
um beijinho.
Olá Mark.
ResponderEliminarUma sugestão mais, pode ser? O Moonlight. Ainda está em cartaz. Vi e gostei imenso. É um filme a não perder e que prende a atenção do espectador do princípio ao fim.
Também gostei do La La Land mas não me entusiasmou em demasia.
Um grande abraço meu amigo.
P.
Olá, P. Tudo bem? :)
EliminarSim, também queria ver esse. Vou sondar o meu amigo para ver se lhe interessa. Obrigado pela sugestão.
um grande abraço.
Não percebo o burburinho à volta do filme. Nem as 14 nomeações. Não me fascinou em nada.
ResponderEliminarCada um é como cada qual. :)
EliminarAdorei esse filme, vi-o 2 vezes no cinema, e sim eu sei, sou crazy!!!
ResponderEliminarO La La Land? :)) Também quero rever. Gostei muito.
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