4 de março de 2014

Pela Europa.


   Desde a Guerra da Bósnia e do Kosovo que a Europa não assistia a momentos de tamanha tensão no leste europeu. Aproveitando-se das fragilidades da governação ucraniana, a Rússia decidiu, unilateralmente, colocar forças militares na Crimeia, uma república autónoma pertencente à Ucrânia. De maioria russa, a Crimeia optou, após a constituição do Estado ucraniano, manter-se unida ao recém-formado país. De facto, os laços que unem a Crimeia à Ucrânia passam por um pequeno istmo. A cultura russa é predominante.

   No meu entender, só há uma justificação para esta tomada de posição agressiva da Rússia: um desrespeito à independência da Ucrânia, resquícios de um domínio que se extinguiu há pouco mais de vinte anos. A Ucrânia, bem como outros países daquela região do globo, era uma das repúblicas constituintes da União Soviética. Com a dissolução desta última, surgiram vários países que alteraram a geopolítica da Europa de leste. A Rússia, herdeira do regime soviético, olha agora para aquela miríade de países como seus Estados-satélites, como outrora o foram a Roménia ou a Polónia, por exemplo. É de conhecimento geral o desconforto da Rússia quando a NATO alarga as suas fronteiras à sua zona de influência ou mesmo quando há uma certa aproximação dos países de leste à União Europeia. Relembro que há pouco se discutia, na Ucrânia, uma manutenção das relações com a Rússia ou, por sua vez, uma viragem a ocidente, tendo em vista uma futura adesão às instituições europeias.

    Mais do que uma violação dos direitos humanos, está em causa o desrespeito pela soberania de um Estado e a ingerência, a todos os termos reprovável, nos assuntos internos de um país vizinho, violando-se as disposições legais, nomeadamente a Carta das Nações Unidas. A solução para o problema da Crimeia passará, talvez, por um referendo à sua população em que se questione, de modo claro, o que preferem: a independência, uma união política com a Rússia ou até mesmo o status quo com a Ucrânia. Arriscamo-nos a uma guerra sangrenta, ainda evitável. Dos muitos erros que se cometeram na antiga U.R.S.S., um deles foi transferir a Crimeia para a República Socialista da Ucrânia, após estar unida à República Socialista da Rússia. Sendo a sua população russófona, esta decisão teve repercussões de que ainda hoje a Crimeia se ressente. São as consequências das más previsões de tiranos, que decidem despoticamente nos seus palácios. Assim o fizeram em África com os resultados que todos conhecemos.


    Por sua vez, os escoceses preparam-se para decidir o seu futuro no seio do Reino. Unidos a Inglaterra desde o início do século XVIII, a Escócia desde sempre manteve a sua identidade e cultura próprias. O processo é pacífico, demonstrando o fair-play com que os súbditos de Sua Majestade lidam com estas questões. Evidentemente, o governo inglês foi peremptório ao afirmar que a Escócia perderá o direito a usar a libra esterlina, como sua moeda, se adoptar uma posição favorável à independência. Faz todo o sentido. Como Estado soberano, competiria à Escócia emitir moeda própria. Não se trata de uma ameaça descarada, em jeito de ofensiva, como o governo madrileno tem vindo a fazer de forma a amedrontar o povo catalão. Além da saída certa da União Europeia, o que até faz algum sentido, as ameaças prendem-se com o veto espanhol, ou do que restaria de Espanha, a uma posterior adesão da Catalunha independente. A isto se chama coacção moral. A par disso, ouço posições de Rajoy contrárias ao referendo, arguindo a favor da sua inconstitucionalidade. Será uma inconstitucionalidade à luz da Constituição espanhola, mas, não se sentindo os catalães como espanhóis, de pouco releva o que dita a Lei Fundamental imposta por Madrid. Nem todos os séculos de opressão fizeram soçobrar o nacionalismo catalão. Madrid esquece-se, porém, de que a Catalunha não é a Galiza, nem os catalães permeáveis ao imperialismo castelhano nas mesmas proporções que o inerte povo galego. A Catalunha não precisa de Espanha; Espanha precisa, e muito, da Catalunha. Sabem os espanhóis, e sabemos nós, de que seguindo-se à Catalunha viria a Galiza, o País Basco, Ceuta e Melilla seriam entregues a quem de direito, Marrocos. Olivença já foi por mim abordada.

 
    As Nações Unidas expressam claramente o Princípio da Autodeterminação dos Povos. A coberto deste, vários países conseguiram a independência contra as antigas potências colonizadoras. Mas o princípio, do qual podemos extrair uma norma jurídica, não se esgota nas questões coloniais. Os povos devem escolher o seu destino e, à semelhança do referendo que vai ter lugar na Escócia, impõe-se desde já um na Catalunha e, eventualmente, na Crimeia.
    Sufocar nacionalismos históricos nunca deu bons frutos. Que se retirem ilações dos erros do passado.

32 comentários:

  1. Sabes, estudo agora em História a maioria dos fenómenos que aí descreves e deixa-me, de certa forma, revoltado que o Ser Humano não consiga aprender com os erros do passado, de forma a evitá-los.
    Ponham-se os olhos no Reino Unido e veja-se o que é uma civilização própria do século XXI. Não quero de todo idolatrar o país de Sua Majestade, mas que é, sem dúvida, uma das maiores potências mundiais e que sabe gerir o seu território, sabe.

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    1. O ser humano tropeça incessantemente nos mesmos erros...

      O Reino Unido é um grande país. Não é à toa que o parlamentarismo vingava por lá enquanto que na Europa continental vivia-se o esplendor do absolutismo régio. O Canadá, por sua vez, fez exactamente o mesmo em relação ao Quebeque, aqui há uns anos: Meus senhores, o que querem? A independência ou continuar a ser um Estado dentro do Canadá? Os habitantes do Quebeque escolheram a segunda hipótese.

      Já Espanha, por seu lado, mata-se por um pedacinho de terra, coitadinhos. Não vêem que é uma luta em vão. Até poderão conseguir algo por ora, mas, mais tarde ou mais cedo, a identidade de cada povo ressurgirá. O mesmo em relação à Crimeia.

      Inglaterra, a eterna 'Rainha dos Mares'. :)

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    2. haha lá está Rainha dos Mares, deve ser por isso que gosto dela :D

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    3. Sim, ahah. x) 'Rainha dos Mares' porque, por séculos, teve o domínio dos oceanos. :)

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    4. então nós devíamos ser os Reis dos Mares, devido aos Descobrimentos :p

      r. deve ter sido a mudança de temperatura que te afetou o sistema x

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    5. Muito bem visto, Kyle. :)

      Eles eram conhecidos assim pelo seu poderio naval. A frota britânica era fortíssima. Os espanhóis que o digam, ihihih. Tenho um anti-castelhanismo tão medieval. x)

      Acho que é de acordar muito cedo. Teoricamente, acordo às 7h; na prática, às 6 e tal... :x

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  2. Adorei este texto e subscrevo-o inteiramente!
    E, de facto, os Russos não caem, de todo, nas tuas boas graças. xD

    Abraço, querido Mark!

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    1. Não tenho nada contra os russos. Não é um país que me seduza, é certo. Aqui não têm é qualquer razão. A Ucrânia e a Crimeia que decidam o que querem. Lá por a Crimeia ser maioritariamente russófona não dá à Rússia o direito de a ocupar à margem do direito internacional.

      Se me disseres que os espanhóis não caem nas minhas boas graças, poderei considerar isso como válido. xD

      um abraço, querido Ine.

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  3. Concordo, no entanto não posso deixar de corrigir um ponto fulcral para a perceção dos acontecimentos: a Rússia não decidiu lá colocar militares ("a Rússia decidiu, unilateralmente, colocar forças militares na Crimeia,") pois os militares russos ( claro que em menor número ) já estavam em permanente presença na Crimeia devido à Frota do Mar Negro que é de enorme importância estratégica para a Rússia; claro que esta, quando viu que o tratado celebrado com a Ucrânia para a manutenção daquela base longe de ser renovado devido ao aproximar da Europa, a Rússia reagiu. Isso já se sabia que iria acontecer e já era de esperar - e foi confirmado quando 150 a 160 mil soldados participaram numa simulação de guerra perto da fronteira com a Ucrânia ( e hoje, continuam as simulações ).

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    1. Caro anónimo, obrigado pela sua valiosa contribuição, mas reitero aquilo que disse: a Rússia colocou efectivos militares na Crimeia; a frota do Mar Negro é uma outra questão. É uma frota permanente. Se está atento às notícias, saberá, com certeza, que a Rússia colocou forças militares no território da Crimeia e era a essa decisão que eu me referia. :)

      Caso tenha curiosidade: http://www.publico.pt/mundo/noticia/russia-e-china-de-acordo-sobre-situacao-na-ucrania-1626876

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  4. De Facto a Rússia está a ver-se com muitas Nações a aliarem-se à Europa. Primeiro a Estónia, Letónia e Litulânia. Com todos os países da Ala Este a entrar no Euro(Croácia). A Ucrânia pode causar muitos entraves à Rússia LOLOLOLOLOLOLO

    Os EUA não esquecem e não Perdoam. Uma questão de anos.

    Quanto à Escócia, ter a sua independência seguirá de imediato a Irlanda :D

    Aos vizinhos Espanhóis de facto a Catalunha é a região mais rica. Se a moda pega, Portugal separar-se é uma questão de tempo.

    Não esquecer que a Bélgica é do tamanho do Alentejo lolololol e mal se conseguem entender. Estiveram meses sem Governo...

    Numa altura que tanto se fala de Economia Comum, Grandes Alianças(União Europeia). Todos querem fazer parte de um todo, mas querem manter o seu quintal

    Opá! Caso para dizer: Decidam-se lololololololol

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    1. A Rússia perdeu, na altura da União Soviética, a guerra tecnológica e doutrinária com os Estados Unidos. Desde então, tem tentado manter a sua influência no leste europeu. E consegue. A Bielorrússia, por exemplo, é quase um 'Estado-fantoche'. Os demais países vêem-se divididos entre manter os laços históricos ou aderir de vez ao ocidente.

      Sim, a Irlanda do Norte. Felizmente, as coisas andam mais calmas por lá.

      Não, Portugal não se desintegrará. O povo português é homogéneo, algo que não sucede em Espanha ou, menor intensidade, no Reino Unido. Se me falares das regiões autónomas, sim, faz sentido a longo prazo.

      Casos como a Suiça ou a Bélgica dão que pensar. A Suiça, que está dividida em cantões e atravessada por quatro línguas oficiais, mantém a sua unidade política e territorial, que nem invadida foi na II Guerra Mundial.

      um abraço, Francisco.

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  6. A situação na Ucrania tá bem difícil... A Rússia pensa que ainda vive nos anos 60 do século passado, rs. Obama falou já pedindo pra Rússia retirar seus militares e acho que vai ter sanções econômicas. Bem feito!

    Abraços Mark, amei seu texto!

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    1. Sim, está péssimo por lá.

      Claro! Se bem que ache que os E.U.A se intrometem demasiado onde não devem, querendo-se substituir à ONU, concordo com a tomada de posição de Obama.

      E é evidente que a Rússia está a tentar controlar a Crimeia, se é que já não o fez. Só o 'anónimo' ali em cima para falar da frota do Mar Negro que em NADA está relacionada com isto. Esta 'invasão', digamos, tem subjacente interesses económicos, estratégicos e, de certa forma, patrióticos, embora discorde de todos. Aliás, o 'anónimo' falou que a Crimeia desde sempre teve militares russos... Jamais ouvi tal coisa. A Rússia tem, de facto, uma frota permanente no Mar Negro, Mar Negro, não na Crimeia em concreto. Enfim, usam o anonimato para isto.

      um abraço e obrigado. :)

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  7. Olá querido Mark,
    Realmente tropeçar nos mesmos erros já é parte da essência do ser humano. Sempre ouvi dizer que a história tal como a moda, é um ciclo. Mais tarde ou mais cedo as coisas repetem-se...

    Não vou comentar muito o que se está a passar na Rússia, até porque ultimamente não tenho tido muito tempo livre para acompanhar os noticiários. E a minha vida tem andado um reboliço.
    Já no que respeita à situação ibérica, é inevitável não estar por dentro, até porque vivo na capital catalã. Conheço imensos catalães, e não sabes a revolta que um catalão leva dentro por nunca se ter sentido espanhol.
    Aqui em Barcelona todos os edifícios têm pelo menos uma bandeira com a "estelada catalana", parece Portugal no euro 2004. O independentismo aqui é insano e até algo agressivo.
    E eu, que já estou a viver aqui há coisa de quase dois anos, não poderia estar mais de acordo com a perspectiva catalã. Têm as suas tradições, os seus costumes e até a sua própria língua. Têm muitos interesses culturais, históricos e económicos que defender. São uma das comunidades autónomas que mais produz e mais dinheiro dá a Madrid, mas no que toca a receber são os que menos recebem.

    Enfim, e isto não vai terminar enquanto a Catalunha não o conseguir...

    É assim...


    Um grande abc,
    xxx
    K.

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    1. Olá K., há quanto tempo!

      Dizem que a História é um ciclo...

      A opinião de alguém que vive os acontecimentos. Os catalães não se sentem espanhóis e se o referendo não vingar, ou, havendo, se o resultado for negativo, o mesmo só é explicável pelo medo, pelas ameaças incessantes de Madrid.

      A Catalunha tentou a sua independência ao longo do tempo, mas sempre teve de enfrentar o poderio bélico de Madrid. Aliás, foi numa opção entre Portugal e a Catalunha que uma sublevação foi sufocada, não permitindo à Catalunha seguir o seu caminho.

      um grande abraço e foi um prazer te 'ver'. :)

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  8. A questão de Espanha é terrível. Na verdade a par dos catalães só os portugueses irão beneficiar da desintegração de Espanha. Assim deixaremos de ficar tão dependentes de um único parceiro. Seremos mais. Economicamente é viável para Portugal. Para os territórios espanhóis nem tanto. Seria terrível para a Galiza.

    Quanto a Portugal: nunca se desintegrará

    Diogo

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    1. Espanha ficaria bastante enfraquecida. E seria benéfico para Portugal, sim.

      Para a Galiza seria mau porque é pobre. E a 'castelhanização' por lá faz-se sentir de forma mais intensa. A língua galega, por exemplo, começa a perder a sua identidade.

      Sim, Portugal é uno.

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  9. Mark
    discordo em parte do que dizes no que respeita ao envio de tropas russas para a Crimeia; não só porque lá está, como já foi referido, a importante base naval de Sebastopol, mas porque a população da região é maioritariamente russa e não teve outro remédio do que ie envolvida no presente da então URSS à Ucrânia. Por muito menos do que isso já vi governos ocidentais (EUA e Reino Unido) invadirem territórios que são países que nada lhes têm a dizer pelas suas raízes ou proximidade (Iraque), apenas com base em suspeitas da existência (nunca provada) de armas químicas; na realidade queriam e conseguiram neutralizar um inimigo incómodo (Sadam H.), mas à custa de muitos milhares de mortos. Perdem pois, tais países, qualquer legitimidade para agora condenar qualquer movimentação dos russos na Crimeia.
    Por outro lado, foste totalmente omisso ao que se passou e passa na Ucrânia, onde uma população totalmente comandada por pessoas que mais não são do que gente afecta a Alemanha, que parece cada vez mais querer ser dona da Europa política, já o sendo economicamente, pois repete aqui o que fez nos Balcãs, pois foi sob a sua influência apoiante da Croácia e da Eslovénia que se desencadeou uma guerra fractricida em que os únicos culpabilizados foram e continuam a ser os sérvios, talvez pela sua tradicional aliança com a Rússia, e que foram tão cruéis e culpados como os croatas e bósnios. (Na Eslovénia, não houve conflito armado). A Sérvia foi severamente bombardeada e destruída toda a sua economia, pela NATO, já depois da paz, porque defendia o Kosovo (o coração da nação sérvia), como parte integrante do seu território. Mais uma vez os países ocidentais a violarem a integridade de um país soberano. Acresce o facto de que as manifestações em Kiev tiveram um grande apoio, e descarado de forças neo-nazis, cada vez mais actuantes na Europa e que ameaçam inclusivé serem poder em breve nalguns países. Atenção à Europa, portanto, pois convém não esquecer que se a Alemanha já desencadeou com a sua sede de hegemonia, duas Grandes Guerras, pode desencadear uma terceira.
    Não me vou pronunciar agora, porqueme alonguei demasiado já, sobre as autonomias eventuais da Escócia e da Catalunha, dizendo apenas que o caso escocês será resolvido sem traumas por um Reino Unido muito coerente nestes aspectos, mas trará grandes convulsões, não só económicas mas também políticas à vizinha Espanha.
    Tudo o que disse não invalida nunca o real valor do teu texto.

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    1. João, e fazes muito bem em discordar.

      Mas mantenho o que disse: a frota do Mar Negro é uma outra questão. É algo já previamente acordado entre a Ucrânia e a Rússia. É como a base de Guantánamo. Devo dizer que desconhecia a existência dessa base na Crimeia, o que não releva em nada naquilo que disse: uma coisa é a base, outra é o restante território da Crimeia que a Rússia não podia invadir. E a decisão foi totalmente unilateral.

      O argumento que invocas da população ser maioritariamente russa e não ter tido opção aquando da entrega da Crimeia à Ucrânia durante o regime soviético só faria sentido até à independência de Kiev: a Crimeia pôde escolher e escolheu ficar unida à Ucrânia no início dos anos 90. Foi um processo democrático. Mais uma vez não se entende a ingerência da Rússia.

      Claro que os E.U.A e o Reino Unido fizeram o mesmo no passado. E isso condeno.

      Fui 'omisso' em relação à situação que se vive na Ucrânia por um motivo simples e que te explico rapidamente: a situação interna da Ucrânia apenas à Ucrânia diz respeito. Se fôssemos por aí, uma eventual má situação interna em Portugal justificaria a invasão pela Espanha.

      Não me vou pronunciar sobre essa 'influência alemã' porque desconheço a veracidade disso que se aponta... São opiniões. Há quem goste da Alemanha e há quem não goste. É a 'sempiterna' 'germanofobia'. Não podemos é culpar os alemães de tudo. Foram responsáveis por duas guerras mundiais. Vários países foram responsáveis por guerras. Não podem ficar marcados 'forever and ever' pelas loucuras de um regime e do povo da época. A Alemanha quer dominar por lá e a Rússia quer manter o que já domina. Domínio por domínio...

      O meu texto parte da minha visão sobre o que se passa.

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  10. Portugal é uno até a Madeira querer LOL

    Concordo contigo Marzinho, embora a Crimeia seja um caso sui generis, dado que resulta de uma "partilha muito mal amanhada", ou porque não dizê-lo: da incompetência. Agora vemos uma escalada de atitudes que podem trazer de novo a guerra ao velho continente, embora espero que tal não aconteça. Para bem de todos.

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    1. Eu creio que os madeirenses se sentem portugueses; se não se sentirem, têm bom remédio: independência. Portugal já existia antes dos territórios insulares terem sido descobertos, logo, continuará o seu caminho. Devo mesmo dizer que às vezes penso em Portugal enquanto território continental, esquecendo-me dos arquipélagos...

      E ele dá-lhe com o Marzinho. :DD Falta o 'k', ou fazes de propósito? :DD

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    2. LOL Foi sem querer LOL Mas gosto mais de Markzinho :) E olha que controlei-me e olhei 3 vezes a ver se tinha o "K" e julguei que tinha LOL

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    3. Eu acho engraçado é esqueceres-te do 'k', ahah. :DD Depois de um 'z' não apetece nada pôr um 'k'. LOL :D

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    4. OH mas a imagem que tenho de ti, é que és fofinho :P

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    5. Aliás, depois do 'r' e antes de um 'z' não apetece nada pôr um 'k', assim sim. :)

      Ahah, eu tento ser solícito e cordial, sim. Quando gosto das pessoas, brinco e rio-me bastante. :D

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    6. Meninos, estou de olho em vós. Just sayin'!

      :D :D :D

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    7. Ine não te chamo fofinho porque és mau para mim LOL

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  11. Não obstante as vidas perdidas e a destruição que tomou conta de Kiev e outras cidades ucranianas, este conflito vem mais uma vez reacender os fantasmas do passado, do pós 2ª GM. Há uma Rússia prepotente e que nunca digeriu bem a separação dos seus estados, e por outro lado uma Alemanha e Estados Unidos com as bandeiras da democracia bem desfraldadas. Custa-me ver o papel secundário que a União Europeia desempenha em todo o processo, apesar de ter estado na génese recente deste conflito.

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