Não era suposto ir. No entanto, não se falou de nada mais durante o dia.
Depois do almoço, comi um menu do bar da faculdade e fui estudar para a biblioteca. Por casualidade, encontrei uma amiga que não conseguiu transitar de ano e, desafiado por ela, concordei em ir assistir a uma outra palestra, poucas horas depois, subordinada ao tema "Criminalização da Homossexualidade no Uganda". Duas conferências no mesmo dia, com poucas horas de intervalo, abordando a homossexualidade, numa faculdade conservadora. Boa... Esta teve início às dezasseis. Estiveram presentes uma activista da Amnistia Internacional, um jurista e jornalista radicado em Moçambique e um professor-assistente de Direito Penal. Foi bastante interessante. Falou-se da realidade dos homossexuais em África, no geral. No final, pudemos colocar questões à bancada. Ao meu lado, esteve um colega rapaz que me surpreenderia. Mais atrás, uma coleguinha que presumia retrógrada, do pior, e afinal... As aparências enganam.
A situação da homossexualidade em África é muito precária. É ilegal em cerca de 34 países, incluindo Angola e Moçambique, por exemplo. A diferença é a de que nestes dois países, antigas colónias portuguesas, não há uma militância em perseguir gays e lésbicas. Todavia, a legislação está lá e não engana ninguém. É proibida. Num power point, a activista apresentou-nos slides muito esclarecedores. Alguns incluíam fotos e breves resumos sobre a vida de homossexuais, homens e mulheres, assassinados pelo continente africano. Deveras emocionante. É impossível não se ficar perturbado. No final, intervim e trouxe à colação o recrudescimento da intolerância na Rússia e as tradicionais violações sistemáticas dos direitos humanos, no que concerne à homossexualidade, no Médio Oriente e nos países islâmicos, independentemente de onde se encontram no globo.
Terminaria às dezoito, à mesma hora em que estava a começar o outro debate, desta vez sobre a "Co-adopção por Cônjuge ou Unido de facto do mesmo Sexo". Saímos em passo acelerado e chegámos a tempo de arranjar dois lugares bem à frente. Como previ, foi o caos, com uma nuance: o próprio psicólogo clínico estava contra o projecto da co-adopção. Em parcas palavras, foi uma conferência dos opositores. O que eu não sabia, e que não transmiti no último post, é que houve uma conferência, na semana passada, cujo painel era composto por pessoas favoráveis à co-adopção. Em vez de promoverem um único evento que reunisse as diferentes sensibilidades, não. Nessa, soube, participaram um activista da ILGA, Paulo Corte-Real, um juiz, Dr. António José Fialho, um deputado do PS, Pedro Delgado Alves, e ainda a Presidente Executiva do Instituto de Apoio à Criança, Dulce Rocha. Tive azar!...
Estaria na pior de todas. Por incrível que pareça, o padre foi o menos agressivo e extremista; o psicólogo, o pior. Perante centenas de pessoas (o anfiteatro comportará cerca de trezentas, fora as dezenas que estavam de pé), disse barbaridades como a das suas capacidades de converter homossexuais. Leram bem. Afirmou, peremptoriamente, que vários gays e lésbicas que, porventura, haviam casado com pessoas do mesmo sexo, o procuraram e que ele, humanamente, os conduziu à vida heterossexual, estando hoje essas pessoas casadas com cônjuges de outro sexo, constituindo família, com filhos, e sendo felizes. Não admira que tenha uma série de processos da Ordem dos Psicólogos! Não revelarei a identidade do senhor por uma questão de reserva. Procurem por um psicólogo que só diz disparates e facilmente chegarão ao nome...
Dois professores, conservadores, um dos quais, por quem nutro especial carinho, levou o seu preconceito ao limite, por entre aplausos efusivos de uma plateia maioritariamente católica e intolerante. Senti-me num lugar profundamente hostil.
No final, quando o moderador deu a palavra ao público, várias pessoas quiseram interpelar a tribuna. Uma psicóloga disse que o próximo passo não seria o da adopção por casais homossexuais, mas a legalização da pedofilia, confundindo as realidades absolutamente distintas. Aplaudiram-na. Entrei em choque. Juristas, pessoas de diversas áreas entre centenas que ali estavam. Como é possível que não raciocinem? A maioria dos pedófilos, que têm uma parafilia (a homossexualidade é uma orientação sexual minoritária), é heterossexual. Felizmente, dois rapazes usaram da palavra. Um deles, que eu conheço, é heterossexual e defensor da co-adopção. Confrontado com o que disseram, do ambiente sadio para uma criança entre um pai, homem, e uma mãe, mulher, contou que foi criado só pela mãe e indagou se, por esse facto, a sua família seria anormal na perspectiva do psicólogo. Arrancou alguns aplausos.
A maior das surpresas estaria por vir. O tal colega, que estivera ao meu lado na palestra anterior, fez um discurso emotivo. Perante trezentas e muitas pessoas, assumiu-se como homossexual. Colegas, professores, membros da Associação de Estudantes, pais e mães, um repórter que gravava. Entre frases que soluçavam e custavam a sair, perguntou se o achavam "anormal", em clara ironia, argumentando a favor das crianças felizes, que as há, que moram com casais homossexuais (isto em resposta ao psicólogo, que dissera, anteriormente, que os estudos mais credíveis dão conta de uma propensão a problemas mentais, depressões, suicídios, etc, em crianças que coabitam com casais do mesmo sexo). Demorou poucos minutos e recebeu algumas ovações entusiásticas. Também o aplaudi. Dever-me-ia ter levantado, como alguns. Não o fiz.
Passava das vinte. Pedi licença à minha colega, de forma a que ela se levantasse, e saí. Vim todo o caminho, de metro, a pensar no que o meu colega acabara de fazer. A sua coragem. Não falo de uma sala circunscrita a dez pessoas: estavam centenas e uma câmara de filmar. Chegando a casa, abri o facebook e fui procurá-lo. Antes de falar, como todos, disse o seu nome, que supus o primeiro. Coloquei na pesquisa e, graças a amigos em comum, depressa apareceu. Enviei-lhe uma mensagem a dar-lhe os parabéns. Respondeu-me horas depois. É uma simpatia. Admiro-o. Deveria ter esperado pelo fim para falar com ele, cumprimentando-o. Temi a sua reacção.
Não defendo que se fale de detalhes tão pessoais e íntimos. Eu não o faria. Ele fê-lo porque sentiu que tinha esse dever, que tinha de dar a voz ao presenciar ataques tão infames como aqueles que se fizeram ali. Quis mostrar àquele bando, religioso, fanático, que não tinha medo. No fundo, representou-me a mim e a todos, a muitos de vós que lêem isto. Sente-se leve. Adjectivo seu.
Obrigado, D.
Terminaria às dezoito, à mesma hora em que estava a começar o outro debate, desta vez sobre a "Co-adopção por Cônjuge ou Unido de facto do mesmo Sexo". Saímos em passo acelerado e chegámos a tempo de arranjar dois lugares bem à frente. Como previ, foi o caos, com uma nuance: o próprio psicólogo clínico estava contra o projecto da co-adopção. Em parcas palavras, foi uma conferência dos opositores. O que eu não sabia, e que não transmiti no último post, é que houve uma conferência, na semana passada, cujo painel era composto por pessoas favoráveis à co-adopção. Em vez de promoverem um único evento que reunisse as diferentes sensibilidades, não. Nessa, soube, participaram um activista da ILGA, Paulo Corte-Real, um juiz, Dr. António José Fialho, um deputado do PS, Pedro Delgado Alves, e ainda a Presidente Executiva do Instituto de Apoio à Criança, Dulce Rocha. Tive azar!...
Estaria na pior de todas. Por incrível que pareça, o padre foi o menos agressivo e extremista; o psicólogo, o pior. Perante centenas de pessoas (o anfiteatro comportará cerca de trezentas, fora as dezenas que estavam de pé), disse barbaridades como a das suas capacidades de converter homossexuais. Leram bem. Afirmou, peremptoriamente, que vários gays e lésbicas que, porventura, haviam casado com pessoas do mesmo sexo, o procuraram e que ele, humanamente, os conduziu à vida heterossexual, estando hoje essas pessoas casadas com cônjuges de outro sexo, constituindo família, com filhos, e sendo felizes. Não admira que tenha uma série de processos da Ordem dos Psicólogos! Não revelarei a identidade do senhor por uma questão de reserva. Procurem por um psicólogo que só diz disparates e facilmente chegarão ao nome...
Dois professores, conservadores, um dos quais, por quem nutro especial carinho, levou o seu preconceito ao limite, por entre aplausos efusivos de uma plateia maioritariamente católica e intolerante. Senti-me num lugar profundamente hostil.
No final, quando o moderador deu a palavra ao público, várias pessoas quiseram interpelar a tribuna. Uma psicóloga disse que o próximo passo não seria o da adopção por casais homossexuais, mas a legalização da pedofilia, confundindo as realidades absolutamente distintas. Aplaudiram-na. Entrei em choque. Juristas, pessoas de diversas áreas entre centenas que ali estavam. Como é possível que não raciocinem? A maioria dos pedófilos, que têm uma parafilia (a homossexualidade é uma orientação sexual minoritária), é heterossexual. Felizmente, dois rapazes usaram da palavra. Um deles, que eu conheço, é heterossexual e defensor da co-adopção. Confrontado com o que disseram, do ambiente sadio para uma criança entre um pai, homem, e uma mãe, mulher, contou que foi criado só pela mãe e indagou se, por esse facto, a sua família seria anormal na perspectiva do psicólogo. Arrancou alguns aplausos.
A maior das surpresas estaria por vir. O tal colega, que estivera ao meu lado na palestra anterior, fez um discurso emotivo. Perante trezentas e muitas pessoas, assumiu-se como homossexual. Colegas, professores, membros da Associação de Estudantes, pais e mães, um repórter que gravava. Entre frases que soluçavam e custavam a sair, perguntou se o achavam "anormal", em clara ironia, argumentando a favor das crianças felizes, que as há, que moram com casais homossexuais (isto em resposta ao psicólogo, que dissera, anteriormente, que os estudos mais credíveis dão conta de uma propensão a problemas mentais, depressões, suicídios, etc, em crianças que coabitam com casais do mesmo sexo). Demorou poucos minutos e recebeu algumas ovações entusiásticas. Também o aplaudi. Dever-me-ia ter levantado, como alguns. Não o fiz.
Passava das vinte. Pedi licença à minha colega, de forma a que ela se levantasse, e saí. Vim todo o caminho, de metro, a pensar no que o meu colega acabara de fazer. A sua coragem. Não falo de uma sala circunscrita a dez pessoas: estavam centenas e uma câmara de filmar. Chegando a casa, abri o facebook e fui procurá-lo. Antes de falar, como todos, disse o seu nome, que supus o primeiro. Coloquei na pesquisa e, graças a amigos em comum, depressa apareceu. Enviei-lhe uma mensagem a dar-lhe os parabéns. Respondeu-me horas depois. É uma simpatia. Admiro-o. Deveria ter esperado pelo fim para falar com ele, cumprimentando-o. Temi a sua reacção.
Não defendo que se fale de detalhes tão pessoais e íntimos. Eu não o faria. Ele fê-lo porque sentiu que tinha esse dever, que tinha de dar a voz ao presenciar ataques tão infames como aqueles que se fizeram ali. Quis mostrar àquele bando, religioso, fanático, que não tinha medo. No fundo, representou-me a mim e a todos, a muitos de vós que lêem isto. Sente-se leve. Adjectivo seu.
Obrigado, D.
Grande esse rapaz!
ResponderEliminarSim. É do norte do país. Homem do norte. Corajoso. Admiro-o imenso!
EliminarNossa quanto atraso! Não sabia que aí ainda tinha gente assim, retrógrada e preconceituosa.. Bobo aqui! Parabéns pro seu colega e pra você també, afinal o aplaudiu e procurou ele no fb pra deixar umas palavras. Esse psicólogo pode falar essas coisas de cura gay e tudo mais? Tem muito disso aqui mas eu nunca pensei que aí também.
ResponderEliminarAbraços Mark!
Aqui, como em todo o lado, há de tudo.
EliminarTecnicamente, ele não pode. À luz do que disse, creio que deveria ser expulso da Ordem dos Psicólogos. É demasiado grave.
um abraço, Ty.
Bem, que murro imenso no estômago dessa gente toda. E muito bem dado, in my humble opinion.
ResponderEliminarSinto-me sempre muito pequenino ante pessoas como esse rapaz.
Abraço, querido Mark. :-)
Foi surpreendente. Ele teve imensa coragem.
Eliminarum abraço, dear Ine.
Os meus parabéns ao rapaz :)
ResponderEliminarAbraço amigo
Merecidos, sim.
Eliminarum abraço, Francisco.
Arrepiei-me! Um dia, quero ter essa coragem!
ResponderEliminarEu fiquei estupefacto... Quando o vi pedir a palavra, senti que defenderia o projecto do PS; o que não esperava é que revelasse tanto da sua vida. E... ninguém diria que ele é gay.
Eliminaras aparências iludem caro Mark, já devias sabê-lo :)
Eliminarr. obrigado pelo apoio e sim, é o que tenho tentado fazer ^^
sim, um rapaz de coragem. eu não sei se teria coragem de fazer isso. talvez, em outras ocasiões, se estivesse em causa o futuro de filhos, sim, aí, ou seja, no limite.
ResponderEliminaro que me espanta é que pessoas devidamente cultas, que estudaram anos a fio se tornem tão retrógradas, homofóbicas, preconceituosas. acima de tudo, há estudos que afirmam o contrário do que esse psicólogo falou. quanto ao padre, já o sabemos, não há muito mais a dizer quando está a ICAR no meio.
boa semana.
bjs.
Eu não teria coragem. Ele expôs-se, quanto a mim, desnecessariamente. Contei à mãe e ela tem a mesma opinião. No entanto, não o consigo criticar. Teve uma atitude verdadeiramente admirável.
EliminarDo pior! Nem te passa pela cabeça o que ouvi naquela maldita conferência. Tanta asneira, discursos incendiados pelo ódio e preconceito, um filme de terror (do terror que desgosto...).
O padre, surpreendentemente, disse que não tinha nada contra a homossexualidade e não notei ódio nas suas palavras. Já se sabe, defendeu os "valores cristãos", falou do Papa Francisco, enfim, creio que dentro do espírito católico até apregoou as palavras de Cristo. Senti até compaixão nas suas palavras. O psicólogo, no comments. :x
uma boa semana para ti e um beijinho.
Mark, é preciso sempre alguém que dê a cara, e se exponha, para a mudança se efetivar.
ResponderEliminarEnquanto a homossexualidade não tiver rosto, ela não existe, ou é, por ignorância (desconhecimento), demoníaca.
Eu já fiz o mesmo.
Há 5 anos atrás, um rapaz muito novo fez algo semelhante, no programa da Júlia Pinheiro. Admirei-o imenso e procurei-o na blogosfera. Encontrei-o e ficámos grandes amigos. Passei o meu último aniversário em Lisboa com ele.
Fizeste bem em mostrar-lhe força.
É importante.
Tens toda a razão, daí compreender a sua decisão. Ele representou-nos a todos.
EliminarTenho ideia disso, ou melhor, desse rapaz que falou da sua homossexualidade num programa de televisão. É um acto de enorme coragem. Acredito que se sintam leves depois de o revelarem. Deve trazer paz interior.
Sim, mostrei. Quis mostrar-lhe que estou do lado dele.
Miss U.
https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/relataorio_de_evidaancia_cientaifica_psicolaogica_sobre_as_relaa_aoes_familiares_e_o_desenvolvimento_infantil_nas_famailias.pdf
ResponderEliminaristo deu discussão cá em casa.
K., assim que tenha tempo irei ler. Pelo pouco que vi, parece-me um estudo favorável à co-adopção por cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo / adopção por casais do mesmo sexo.
EliminarAté estes estudos o psicólogo teve coragem de rebater. Invocou uma série de argumentos que, na sua base, tinham um espesso manto de preconceito. Dá-me vontade de escrever o nome da criatura. Esse homem, assim mandasse eu, não mais daria consultas de psicologia.
Ao caro anónimo, simpático (e digo-o sem ironia), que me me fez um alerta:
ResponderEliminarObrigado! De facto, por incúria, talvez, citei um nome muito próximo do original. Contudo, uma simples busca no Google, com os dados que enuncio, facilmente levaria ao mesmo resultado [ e se calhar até foi o que fizeste ;) ].
Haja alguém que saiba o nome da criatura (psicólogo). LOL
Por fim, obrigado pelo alerta. Entendo-o como um conselho amigável.
um abraço. :)
Claro que o rapaz foi corajoso, mas perante o chorrilho de asneiras que estava a ouvir a coragem ficou-lhe facilitada pela revolta.
ResponderEliminarGaranto-te que se eu soubesse "a priori" que teria lugar uma conferência pública de tal cariz, eu estaria presente e não preciso de coragem, pois a idade já me calejou o suficiente para admitir publicamente a minha forma de estar na vida em todas as questões, incluindo é óbvio, a sexual, para intervir e argumentar talvez não com factos jurídicos e de douta sapiência, mas com a realidade que tenho assistido ao longo da minha vida.
Eu sou considerado uma "boa pessoa", mas atenção, pois são essas "boas pessoas" que, quando se consideram insultadas nos princípios mais básicos da convivência social e na liberdade de pensar e agir conforme a sua consciência, são essas as que explodem com mais fragor.
Sim, ele disse que tudo aquilo que ouvira o revoltou ainda mais.
EliminarOh, eu soube em cima da hora. No dia anterior. E decidi não estar presente. No dia da conferência, desafiado pela dita colega, fui. Já sabia o que esperar dali. Ultrapassou as minhas expectativas no que diz respeito ao preconceito que demonstraram. Nunca pensei que fossem tão longe.
Até eu fiquei com vontade de conhecer o rapaz! Grande atitude e enorme coragem. Infelizmente para desmascarar estas falácias, que estes "especialistas" defendem temos que dar o "corpo às balas" e não há muitas pessoas disponíveis para tal acto. Heróico, sem dúvida. Percebo o teu lado Mark, mas entendo também o dele. Quis demonstrar que somos todos "normais" e não é a orientação sexual que define uma pessoa, mas as suas atitudes e os seus valores. Pena é, que ainda se questione isso hoje em dia. Mas também não tenho dúvidas que esse painel considera que o lugar da "mulher, é na cozinha" e que os "negros deviam continuar a ser escravos".
ResponderEliminarAh, sim, sim, sim. São machistas e no fundo, lá bem no fundo, defendem a família nos moldes tradicionais: a mulher como dona de casa e o marido como o "cabeça de casal", chefe de família. O negro como inferior... Disso não duvido. Só que é inaceitável que o defendam publicamente. Daí as máscaras de abertura. Em relação à homossexualidade ainda vai sendo permitido. Infelizmente, mais vai.
EliminarEu ainda gostaria que alguém me explicasse o que faz confusão na cabeça dessas pessoas. Há tanta coisa que se poderia dizer...enfim...uma vénia ao teu colega, é preciso ter uma fibra e uma coragem muito especial...não aja dúvidas. ^^
ResponderEliminar:3
O D. foi um rapaz de muita coragem. Um Homem!
Eliminar:)
Excelente.
ResponderEliminarDo nada e do todo, surge aquilo que não esperamos.
Foi bonito da tua parte o gesto. São atitudes dessas, que nos fazem ainda mais ter força, para lutar de pleno direito pelas causas "menores" que afetam transversalmente a sociedade.
Abraço
Oh, o meu gesto não foi nada quando comparado com o do D. O mínimo que eu podia fazer, visto que me representou também, digamos, era manifestar-lhe o meu apreço e o meu apoio.
Eliminarum abraço. :)
Estes debates e os argumentos das pessoas que são contra a co-adopção deixam-me sempre com a pergunta: serei o único a achar que aqueles argumentos são ridículos, facilmente desmontáveis e sem sentido algum a não ser o preconceito?
ResponderEliminaré pena que haja gente tão limitada! E do teu texto surgiu-me uma dúvida. Como é que um psicólogo com esse tipo de pensamento ainda têm licença para exercer? Faz-me confusão... a sério que faz!
Exactamente! É o que eu digo: estes pontos de vista têm por base o preconceito, queiram ou não admiti-lo.
EliminarInterrogas-te bem. Também não faço ideia como é que aquela criatura ainda dá consultas de psicologia. A Ordem dos Psicólogos anda a dormir!
Preconceitos tão acesos só podem provir de pessoas que seguras não estão da sua própria orientação sexual. Sim, esses são os machos durante o dia mas que à noite se transformam. Esses são aqueles que, caso engravidem a amante, logo a obrigam a abortar. E tanto mais há a dizer...
ResponderEliminarExacto.
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