Aguardando por um afago na madrugada, olhando insistentemente para o relógio-despertador antigo, visível pelo luar. Os ponteiros correspondem à ansiedade e movimentam-se com pesar. Discernir entre o amor e a dependência não é fácil, apesar disso, exige-se que os sentidos mantenham o alerta. Quem diria que aqui terminaria mais um dia, quente, contrariando a norma?
Observando de longe, olhar baixo, vontade que impele e força a cabeça a erguer-se de novo. Impossível encontrar uma palavra que defina com exactidão o que se sente.
De certa forma, aconteceu. A incredulidade precedeu as sensações outrora boas, ocas, que ficam, quando os minutos se extinguem e ele vai. Aprendera a viver degustando as migalhas que alguns deixaram para trás. Com elas, alimentou-se um coração sedento de amar, conformado, vive assim.
Irónico como a chuva que cai depois de um anúncio formal do céu límpido, o encontro dos corpos que se repelem, investidos pela vergonha e pelo asco, o prazer inebria.
A verdade, clara, diante de ambos, enjeitada. A coragem que cai perante um sussurro, exalado, palavras que se dizem ao desbarato.
A esperança que vive de sobras, deixá-la fraquejar por entre o desejo e o sonho.
Enquanto houver noite, a janela manter-se-á aberta. A peça ainda não terminou.
De certa forma, aconteceu. A incredulidade precedeu as sensações outrora boas, ocas, que ficam, quando os minutos se extinguem e ele vai. Aprendera a viver degustando as migalhas que alguns deixaram para trás. Com elas, alimentou-se um coração sedento de amar, conformado, vive assim.
Irónico como a chuva que cai depois de um anúncio formal do céu límpido, o encontro dos corpos que se repelem, investidos pela vergonha e pelo asco, o prazer inebria.
A verdade, clara, diante de ambos, enjeitada. A coragem que cai perante um sussurro, exalado, palavras que se dizem ao desbarato.
A esperança que vive de sobras, deixá-la fraquejar por entre o desejo e o sonho.
Enquanto houver noite, a janela manter-se-á aberta. A peça ainda não terminou.
Será alguma analogia?! Adorei este teu texto
ResponderEliminar:3
Um pouco de ambos. Na verdade, alguém que vive numa ilusão, bastando-lhe pouco.
EliminarObrigado. :3
tb eu, a música é maravilhosa e é uma bela, embora triste, história de amor esta que escreveste.
ResponderEliminarbjs, Mark, e um bom ano de 2013.
Obrigado, querida!
EliminarNão conhecia a música até há algum tempo. Descobri-a num álbum da mãe, antigo. Uma colectânea. Parece que foi um sucesso no início dos 90.
Votos de um excelente 2013 para ti e beijinho :3
A peça só terminará, quando quisermos. Porque as migalhas não irão servir para sempre. Tudo o que é ilusório acaba. Mais tarde ou mais cedo.
ResponderEliminarPor a peça não ter terminado é que se mantém a esperança. Ela, que vive de pouco...
Eliminar:3
Sintonia perfeita entre a música que escolheu e sua história. Gostei muito, saiba disso!
ResponderEliminarAbraços
Obrigado! :)
Eliminarabraço :3
Bom Ano, beijinho x
ResponderEliminarFeliz ano de 2013! Beijinho.
EliminarEssa música é linda! e você refletiu bem o que ela quer dizer através dos seus escritos. Parabéns!
ResponderEliminarSe cuida,Mark! :)
Obrigado! :3
Eliminarabraço.