23 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal!

Não estou com ar de crítica, mas adoro o consumismo natalício e a sua tão própria hipocrisia de época. Meados de Dezembro, e é ver pessoas que se odeiam todo o ano a desejar os votos sinceros de um feliz Natal e próspero Ano Novo. Quantos portugueses não saberão o significado de "próspero"? Vizinhos que não se podem ver, familiares em disputa...
Mas o que eu mais gosto é o tão famoso espírito de solidariedade com as Leopoldinas e Popotas. Esquecer-se-ão de que as criancinhas passam fome e privações também de Janeiro a Novembro? E depois os apresentadores de televisão, os choros, as visitas a instituições... Bendito Dezembro!
Mas não é tudo, as parolas luzinhas de Natal nas varandas sujas muitas vezes, os pais-natal a subirem os murinhos, paredes...
Os desejos sinceros de um óptimo ano novo, as promessas de paz e alegria, e claro está!!!, a missinha do Galo e mensagem de Natal do Cardeal Patriarca de Lisboa em horário nobre! A laicidade de Portugal no seu esplendor máximo. Em termos de maldade e hipocrisia, ninguém bate a Igreja Católica Apostólica Romana.
Na hora de distribuir os presentes, as invejas vêm a lume, com os pensamentos maldosos de que o primo recebeu uma "prenda maior" ou "mais cara".
Chegou Janeiro, tudo volta a ser o que era... Próximo período de Paz e Amor só no Natal seguinte....
É um retrato negro do Natal? Ou será mesmo assim?

1 comentário:

  1. Infelizmente.
    A minha família, em que há pessoas que nem se falam, distribui alegremente presentes e compara-se quem teve mais o quê. ARGHH!
    As luzes de Natal nas varandas são para mostrar, acho eu, porque numa aldeia perto da minha é a competição de quem consegue ter mais luzinhas.
    Em relação à Igreja Católica que é feita pelas pessoas revela-se como hipócrita porque há pessoas que estão na missa com aquele ar de devota com a mão no coração e tudo, mas cá fora comentam as indumentárias daquelas pessoas.

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