Tenho visto os debates das presidenciais, poucos em directo, a maioria com delay. Estou indeciso entre dois candidatos. Os debates não ajudam nada. Na maior parte dos casos, sobretudo quando metem o Ventura, aquilo baixa demasiado o nível, e atenção que eu acho que o Ventura tem razão em tudo o que diz.
Estes debates, de que gosto, são bons para se conhecerem as ideias de cada um, ainda que depois façam tudo o contrário do que apregoaram, mas isso também não é novidade em nenhum acto eleitoral. Modo geral, são todos muito fraquinhos como candidatos. Nunca os tivemos tão maus, digo eu, numas presidenciais. Fala-se de tudo menos do que realmente importa: competências do Presidente da República, stricto sensu, e o que pode e deve fazer consoante os diversos cenários.
Eu acho que não faz sentido haver tantas candidaturas, é absurdo. Compreende-se que cada partido queira apresentar o seu candidato, e eles sabem -como BE, PCP, Livre- que não vão ganhar, porém, o objectivo é outro: é aferir a popularidade do partido junto do eleitorado. Não me parece bem. Utilizam uma eleição importante com interesses partidários.
Sejamos sinceros, de todos os que se apresentam, só passarão à segunda volta -porque parece que vai haver uma segunda volta, algo inédito desde 1986- Marques Mendes, André Ventura e Gouveia e Melo. Talvez, mas menos provável, Cotrim de Figueiredo e António José Seguro. Sinceramente, estas cinco candidaturas bastavam. As outras são manobras de diversão, como referi acima. Depois, já se imagina, juntam-se uns para apoiar determinado candidato. Foi assim em 1986, quando o PCP engoliu o sapo de apoiar Mário Soares para que não ganhasse Freitas do Amaral, e quase de certeza, quarenta anos depois, Freitas do Amaral teria sido um melhor chefe de Estado do que o dinossauro socialista.
Quanto a mim, tenho gostado dos episódios da novela, quando mais não seja têm-me animado os serões.
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