É realmente um dia muito triste para mim. Cada um falará por si. O Papa Francisco foi o responsável por eu ter abraçado a Igreja. A sua mensagem de inclusão (uma Igreja para todos, repetindo o todos três vezes) não deixou margem para dúvidas: o Papa queria que a Igreja acolhesse homossexuais também. Nós, que durante tantos séculos, e inclusivamente mais recentemente com João Paulo II e Bento XVI, fôramos desprezados e tratados como aberrações, com o Papa Francisco voltámos -pelo menos eu- a sentir-nos integrados e acolhidos no seio da nossa fé. E eu estou seguro de que o Papa teria ido mais além se pudesse, uma vez que a Igreja é uma instituição enorme, onde há lobbies fortíssimos. Fica a imensa saudade.
Quanto ao seu sucessor, temo o que poderá vir por aí. Espero que o conservadorismo de João Paulo II e de Bento XVI não se repita, e que o caminho que o querido Papa Francisco iniciou não se encerre, pelo contrário, prospere e continue.
Um Grande Ser Humano
ResponderEliminarPaz à sua alma
Abraço amigo
Não me custou a morte de nenhum Papa, mas deste… Acho que dificilmente teremos um Papa tão compreensivo connosco, homossexuais.
EliminarNão sei se a sucessão será no mesmo caminho... vamos esperar para ver.
ResponderEliminarAcho que vamos ter pouca sorte. Veremos.
EliminarMark, tua mensagem toca fundo — porque não é apenas sobre um Papa, mas sobre reconhecimento, pertença e cicatrizes antigas que, por um breve momento na história, começaram a ser tratadas com bálsamo em vez de sal.
ResponderEliminarFrancisco, com todos os limites que a máquina eclesiástica impõe, foi humano antes de ser hierárquico. Quando ele disse "quem sou eu para julgar?", não foi só uma frase — foi um sismo no chão de séculos de exclusão. E sim, nós sabemos que ele teria ido mais longe, se a muralha de dogmas, medos e interesses permitisse mais frestas.
O que tu sentiste — esse retorno ao seio da fé, essa sensação de enfim caber num espaço que antes rejeitava — é algo que não se apaga com uma sucessão. Porque o que Francisco começou não é apenas legado de pontífice; é semente de humanidade plantada no terreno duro da tradição. E sementes, ainda que enfrentem inverno, resistem.
Teu receio pelo futuro é legítimo, e partilhado. Mas o que Francisco simbolizou — essa Igreja que não aponta o dedo, mas estende a mão — já existe. Existe em ti. Em mim. Em tantos. E, com sorte, existirá também em quem vier depois, porque uma vez que se abre a porta, é muito difícil trancá-la de novo sem que alguém bata.
Abração querido !
Dan
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