Os meus pais eram portistas. Ferrenhos. A minha mãe por influência do meu pai. Nenhum nasceu no norte.
Eu cresci sob a enorme influência do Futebol Clube do Porto. Foi o único clube do qual fui sócio, em pequeno, e o único equipamento que vesti. Em adulto, fiz-me do Sporting, todavia, o carinho pelo FCP existe e mantém-se, pelas recordações de infância e pelos meus pais.
Pinto da Costa foi apresentado aos meus pais através de um dirigente desportivo da nossa família. Eu não tive oportunidade de o conhecer. Admirava-o pela ironia, pelo atrevimento em lutar contra o centralismo lisboeta, e também pela devoção ao Porto, clube e cidade. O clube, tinha sete títulos de campeão nacional quando Pinto da Costa chegou à Presidência, em 1982. Hoje tem 30. Com Pinto da Costa, em 1987, o Porto ganhou todos os títulos internacionais. A essa taça dos campeões europeus somar-se-ia outra, em 2004; duas taças intercontinentais e mais um sem-número de troféus nacionais e internacionais. A par de dirigente desportivo, Pinto da Costa encabeçou também uma resistência nortenha ao centralismo de Lisboa, muito embora não tenha jamais enveredado numa carreira política.
Presto-lhe aqui a minha homenagem, que seria também a dos meus queridos pais.
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