Faço aqui uma paragem nas minhas publicações sobre Paris (que ainda não terminaram) para lhes falar da escapadinha que fiz com o meu marido neste fim-de-semana passado. Fomos até Bragança, cidade que não conhecia. Eu conheço muito pouco do Norte de Portugal. Ao ser de Lisboa, o norte sempre foi uma região relativamente longe para mim. Não ter família no norte tão-pouco ajudou. Das raras vezes que saía de Lisboa, ia em direcção ao Alentejo (onde sim tenho família) ou ao Algarve.
O Castelo de Bragança |
Agora estou colado ao norte, sobretudo a Trás-os-Montes, porque vivo na Galiza. Bragança está a 130 quilómetros, sensivelmente. Ter começado a conduzir, em Abril do ano passado, mudou radicalmente a minha vida. Antes, quando o meu marido tinha dias livres, ou ficávamos por casa ou estávamos dependentes de transportes públicos, que aqui, ao ser uma zona rural, são escassos. Acabávamos por praticamente não fazer nada, excepto nas férias. Agora não. Para que tenham uma ideia, o M. fez o sábado até às 15h. Fui buscá-lo ao trabalho. Seguimos para Bragança. Às 17h e pouco estávamos lá. Ainda passeámos à luz do dia. Dormimos na cidade. No domingo, levantámo-nos cedo, passeámos mais, fomos aos museus que queríamos, a uma livraria, almoçámos e regressámos. Às 18h estávamos em casa. Uma maravilha.
A principal praça da cidade |
Sobre Bragança. Gostei da cidade. Surpreendeu-me ver tantos pretos. Não contava com isso numa cidade do interior transmontano. Senti-me no Senegal. À parte disso, a cidade necessita de um maior investimento na reabilitação da sua zona histórica. Tem imensos edifícios em ruínas e risco de desmoronamento. Está mal cuidada.
Um careto |
O castelo é bonito. Segue a lógica de muitos castelos portugueses, em cujo interior há casinhas e comércio. Além da zona histórica, de museus eu recomendo (muito!) o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, o Centro Sefardita e o Museu Ibérico da Máscara e do Traje. Entretanto, quisemos trazer uma máscara dos caretos para casa. No museu da máscara não aceitavam pagamentos com cartão. Entrámos no posto de turismo e recomendaram-nos um pequeno espaço que, além de servir bebidas e pastéis tradicionais, poderia ter artigos à venda. Assim foi. Chama-se “Marron Oficina da Castanha”, e é um lugar dedicado a produtos artesanais e à castanha. Sim, o fruto. Vendem tudo à base da castanha: patés, doces, até cerveja de castanha. Além disso, tinham uma máscara lindíssima à venda, livros sobre a cultura transmontana e outros itens.
Estas escapadinhas são deliciosas.
Sem comentários:
Enviar um comentário