16 de novembro de 2024

Recados.


    Não me recordo exactamente de quem o disse, se foi o Namorado ou quem foi, que a blogosfera se transformara numa plataforma de indirectas. Talvez seja positivo, tendo em conta o estado actual em que se encontra. Ao menos ganha algum sentido, ainda que não seja aparentemente o melhor. Revitaliza-a.

    Vou começando a ter alguma idade. Aprendi que, quando as pessoas enfiam o barrete, é porque se sentem incomodadas, e que no fundo o fazem numa tentativa de refutar o que foi dito. Vou ser menos palavroso: assumem que é verdade o que sobre elas foi dito e tentam negá-lo. Naturalmente que isso se aplicará a mim também quando me enviam indirectas. Hombre, como diriam os espanhóis, há que fazer a defesa da honra, ou não?

     No meu caso, há pouca defesa da honra para fazer. Quando as pessoas expõem as suas vidas num blogue, têm de ter a capacidade para aceitar todo o tipo de observações, caso contrário, não se expõem. Custou-me, mas aprendi a fazê-lo. E às vezes até concordo com o que foi dito. Chamaram-me mau e amargurado. O mau, eu próprio o assumo (há quem o negue e diga que tenho um lado bom); o amargurado, sim, claro, mas não é por isso que vou deixar de ter opinião seja sobre o que for, e essa opinião não tem de ser positiva. Eu diria que a minha característica mais distintiva é a sinceridade. 

    Ultrapassei um luto doloroso de três grandes perdas em pouco mais de um ano, e não venho constantemente falar da minha mãe, do meu pai, da minha avó -há quem ande há décadas a fazer o luto do pai; a psicoterapia parece que não ajudou-. A propósito, os meus pais tiveram uma relação de muito amor enquanto durou, e foi com carinho, amor e cuidado que me criaram. Mas, enfim, de amores que duram o que duram há quem saiba mais do que eu por aqui.

     Não tenho paciência sim, e isso assumo, com gente convencida. Para divas da meia-idade que atrás de tudo quanto escrevem está, aí sim, um profundo complexo de inferioridade (o tal "aspecto"). Eu divirto-me ao lê-las, e às vezes, mea culpa, escapa uma farpa. Depois, claro, há o retorno, o fogo inimigo, mas tudo isto me diverte. A sério. Diverte-me imenso. Obrigado.

4 comentários:

  1. Ahahahahahahhahaha (risos e muitos)
    De, facto quando me dei a conhecer, muitos e muitas pensam que estou a enviar indirectas ou farpas mas muitas vezes nada disso... Como dizia alguém e bem. Atirar uma farpa, são mil que enfiaram a carapuça, outras mil que ficaram ofendidas e a pessoa em questão nem a leu lolololololol

    Mas é como tu dizes, reavitaliza a bloguesfera ehehehehehehhehehe

    Há muita gente com o umbigo maior que o SOL e tem a mania que o mundo gira em torno delas...

    Amei este post

    Grande abraço amigo

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    1. Já estou como tu dizes: “a p*ta és tu e eles é que têm o proveito”.

      Além de serem p*tas -e o problema é deles-, acham-se lindos, fantásticos, que têm corpos maravilhosos. Tudo para ocultar a enorme fragilidade da sua auto-estima. E esse em concreto, que até conheço pessoalmente, não é nada de especial, Deus m'a livre.

      Eu, por exemplo, sou muitíssimo bem realizado com o meu corpo, a minha cara, as minhas capacidades. Só queria ser mais magro pela roupa que deixa de me servir. Ehehe

      Um abraço,
      Mark

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  2. Bom, como diz o povo quem diz o que quer, ouve o que não quer, não é assim? AHAHAHA Ou ainda, quem vai à guerra vai e leva :P

    Independentemente de tudo, essas "farpas" existem, e são reais. Às vezes o melhor é ignorar, e passar por cima, e por vezes é difícil ignorar e respondemos porque enfiamos mesmo a carapuça. Ação, gera reação.

    Mas cada um sabe de si, e gere a coisa como quer. E sabe.

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    1. Eu enfio a carapuça quando sei que é para mim. As pessoas também não são nada discretas, ahah.

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