24 de julho de 2024

O fanatismo LGBT (e sei lá mais que letras).


   É um tema controverso entre a chamada dita “comunidade”. A bem dizer, nunca me senti parte de nenhuma comunidade. Quando era miúdo, era gozado, ridicularizado, humilhado, e estava isolado. Não havia mais ninguém. Se os havia, estavam escondidos no armário. Em Portugal, isso das comunidade LGBT surgiu mais tarde. O primeiro festival de cinema, ainda chamado “gay e lésbico”, é de 1997. Após o 25 de Abril, alguns tentaram a emancipação. Teve de vir um general à televisão dizer que a Revolução não se fizera para homossexuais e prostitutas.

    Éramos homossexuais e bissexuais. Gays e lésbicas. Homens que gostavam de homens, mulheres que gostavam de mulheres e aqueles que gostavam de tudo. O que vem à rede é peixe. E foi assim durante anos. Fomos conquistando, a duras penas, o respeito da sociedade; adquirimos direitos. Foi um período feliz. 

     Entretanto, perdeu-se o norte. Eu já não sei o que há. Vejo cada coisa, cada aberração, que meu Deus, eu não me identifico com aquilo. Creio que há problemas do foro psiquiátrico que estão a ser institucionalizados como algo normal. Passámos das orientações sexuais para as identidades de género, e hoje já há gente que diz não ter género, não se identificar com nada. Eu sei lá. Palavra de honra, perdi-me nas nomenclaturas.

     Fui um maricas. Passei a ser um gay. Sou um homem que gosta de homens. Nada mais do que isso. E não me revejo neste fanatismo LGBT+ (o + é importante…) que nos levará a retroceder em respeito e, quiçá, direitos. As pessoas estão fartas de tanto circo. Eu também.

6 comentários:

  1. Sabe que, a partir de certa idade, como é o meu caso, aprende-se a não ligar e utilizar a máxima de "Viver e deixar viver".
    Não presto qualquer atenção a estas situações que surgem na sociedade.
    Tal como o Mark, continuo a pensar em mim como um homem de gosta de homens, e que se sente bem na sua pele nesse papel.
    Tudo o resto passa-me ao lado.
    Tive alunos/as que queriam ser chamados disto e daquilo, e sempre lhes fiz a vontade. Se o rapaz queria ser chamado de Tatiana, porque não, se a rapariga ia ser um Kevin, porque não. Se alguém não queria que utilizasse o artigo definido, preferia um com menos definição, pois muito bem, desde que isso agradasse à pessoa e lhe permitisse cumprir o objetivo que eu tinha traçado, e que nada tinha a ver com aquele problema de identidade de género.
    Não gosto de contrariar as pessoas quando isso não é importante para os objetivos mais genéricos e fundamentais, que estão acima de toda essa problemática.
    Hierarquizar os objetivos e cumpri-los é mais importante do que entrar em questiúnculas que nada interessam, ou pelo menos, a mim não, e que, ainda por cima, me fazem perder o meu precioso tempo.
    Creio mesmo que nem sequer entendo essas nuances muito bem. Limito-me a aceitá-las desde que não interfiram comigo nem com a minha identidade como homem que gosta de homens. E continuo a ter a minha vida sexual ativa e cheia de prazer (ter prazer descomprometido na nossa vida é algo que se aprende ao logo do tempo), na qual não permito qualquer interferência de terceiros.
    É que me custou muito durante a minha vida ser assertivo neste campo. Tive de enfrentar toda a minha família, e, por vezes, a família da pessoa com quem partilhava a vida, e, cumulativamente, com algumas pessoas que me estavam próximas, até mesmo pessoas no meu emprego.
    Tive de assumir a minha situação perante a sociedade, e isso não era fácil quando era jovem, ou mesmo já homem feito.
    Em suma Mark, "viver e deixar viver" e "Carpe diem". A vida não é tão longa assim, e vale a pena ser bem vivida!!!
    Cumprimentos

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    1. Certo. Se podemos evitar problemas, evitê-los-emos. A mim não me importa nada tratar alguém por um pronome neutro ou lá que raio seja isso. A mim, não prejudica; se à outra pessoa a faz feliz, albarde-se o burro à vontade do dono.

      Viver e deixar viver, claro, mas mesmo assim não deixo de ficar pasmo com a quantidade de transtornos que começamos a aceitar como normais. Há dias soube que há uns anormais que gostam de se fazer passar por cães, com o dono. Passeiam-se de coleira, mascarados de cães. E há exibicionismo nas ditas paradas gay, enfim. É todo um circo de aberrações que, não é que me incomode; surpreende-me, e surpreende-me ainda mais que aceitemos tudo porque, lá está, hoje em dia tudo tem de ser aceitado, sob pena de sermos acusados de intolerantes e preconceituosos.

      Cumprimentos,
      Mark

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  2. Olá.
    Concordo plenamente com suas palavras, ainda mais vindo de um homossexual (ainda se usa este termo??). De fato a coisa ficou tão paranoica, tão "diversificada" que já vi gente que se identifica como um tigre, e não quer mais ser chamado de "humano". Talvez seja preciso cunhar uma expressão tipo "tigrefóbicos"!
    De fato, tem muita coisa que é da alçada da psiquiatria se impondo ( o termo é esse, e por isso discordo: impondo) à sociedade como algo natural, bonito e que tem que ser aceito por todos. Ops, desculpe o escorregão: por todEs...

    Gostei do texto então estou seguindo seu blog. Abraços

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    1. Olá. Muito obrigado! É, o mundo está ficando louco.

      Um abraço,
      Mark

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  3. Já não há cu que aguente tanta letra
    Bom fim de semana
    Abraço

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    1. Ahahahahah, o que ri com esse comentário.

      Um abraço,
      Mark

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