3 de maio de 2024

Venda do apartamento.


    Depois das mudanças, colocámos o apartamento à venda. Ali não fui feliz. Contei-no por aqui, e custa-me fazer propaganda a algo que não gosto. Mais, custa-me mentir. Como poderei escrever coisas nos anúncios como “vende-se fantástico apartamento, soalheiro, luminoso, sossegado” se seria tudo uma enorme mentira? É… isto tem um nome: escrúpulos. Os meus não me deixam fazer propaganda desonesta. Em todo o caso, tenho de vendê-lo. Nem tanto pelo dinheiro, que não necessito, senão porque, uma vez que não fui feliz ali, não é algo que queira manter como meu. Haveria a opção de arrendá-lo, contudo, sendo um tema que creio já ter abordado no blogue, em Espanha há um fenómeno social muito comum chamado okupas - que só agora começa a ter dimensão social em Portugal, timidamente-. Arrendar um apartamento é um risco: ao risco habitual de que nos estraguem tudo, ao não lhes pertencer, acresce o de deixarem de pagar a renda, e depois é um cabo dos trabalhos para os despejar. Se têm filhos pequenos então…

    Entretanto, hoje mostrei, pela primeira vez, o apartamento a um casal de hipotéticos compradores. Não lhes vi muito interesse. Eu tão-pouco consegui dissimular a minha falta de encanto com o apartamento, e tentei, tentei. Provavelmente sentiram o que eu senti desde o primeiro dia: que não seria feliz aqui, e não fui. O motivo que nos levou a ficar com ele é conhecido, e se não é, conto-o agora: o meu marido começava a trabalhar numa sexta-feira aqui, ninguém nos quis arrendar um apartamento devido ao facto de termos um cão, logo, não nos restou outro remédio que comprar um apartamento à pressa, sem poder escolher devidamente. Não foi a compra de uma vida, isto é, não foi excessivamente caro, mas convém, como dizem os espanhóis, quitármelo de encima.

2 comentários:

  1. Um dia de cada vez e tudo se resolverá
    Abraço amigo

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    1. Tem mesmo de ser um dia de cada vez, no meio de tanta confusão.

      Um abraço,
      Mark

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