29 de julho de 2023

As eleições espanholas.


  No domingo passado, aqui em Espanha realizaram-se as elecciones generales, que em Portugal equivalem às eleições legislativas. Sei, porque assino o jornal Público e vou lendo vários outros jornais portugueses online, que o acto eleitoral foi acompanhado exaustivamente no nosso país. É habitual; os portugueses interessam-se por política internacional, e sendo Espanha um país vizinho e amigo, mais ainda.

    Eu participei eleitoralmente. Adquiri a cidadania espanhola em 2021. Estas foram as primeiras legislativas após a minha vinda para o país, e coincidiu que já tivesse adquirido a nacionalidade. Votei nos nacionalistas galegos, o BNG, um partido com pouca expressão a nível nacional, e inclusive na Galiza. Manteve o deputado que elegera anteriormente.

    Os resultados contrariaram todas as expectativas e sondagens. O PP de Alberto Feijóo não conseguiu a maioria absoluta, e nem com o apoio do VOX, de extrema-direita, consegue os 176 deputados necessários para consegui-la. Esperava-se um desastre para o PSOE de Sánchez, após 4 anos de dura governação (com uma pandemia e a guerra da Ucrânia), todavia, os socialistas não se saíram mal. É verdade que não necessitam apenas do Sumar (a quarta força política que saiu do escrutínio popular), estando também nas mãos dos nacionalistas catalães, incluindo do Junts, o partido de Puigdemont, que pode vir aqui a desempenhar um papel decisivo.

   Adivinha-se um impasse. A governabilidade do país vê-se custosa à esquerda e à direita. As alianças são difíceis e pouco prováveis, dum lado e do outro, e já são muitos os que vaticinam novas eleições para o final do ano…

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