22 de janeiro de 2022

Férias.


   Não serão muito longas, mas darão para que o M. possa descansar uns dias e conhecer lugares novos, e eu também, que sou do campo agora, mas feliz. Embora tenha lido por aí opiniões bastante preconceituosas e inclusive ofensivas sobre o campo e as suas gentes, viver aqui é bestial. O sossego, a tranquilidade, o carinho das pessoas, a ausência de stress, de poluição... Sou lisboeta, e admito que a transição demorou, no entanto, hoje em dia estou plenamente integrado e já comentei com o M. que, um dia que daqui nos ausentemos, não quererei ficar longe do campo. A meio termo entre o rural e a cidade. Aqui, inclusive, e são esses os nossos planos, podemos ter uma quinta com animais, árvores de fruto, roseiras... Não é por acaso que vários estudos indicam que há uma tendência crescente para que as pessoas deixem as cidades, onde a qualidade de vida diminui dia após dia, e escolham o campo. Alguém de bom senso trocaria uma propriedade no campo por um apartamento minúsculo na periferia ou na cidade?

  De igual modo, tenho lido comentários sobre mim que roçam quase a injúria e a difamação. Surpreendem-me vindos de pessoas com quem mantive uma relação de amizade por anos. Atrás de um computador, há quem julgue que tudo pode, e sobreponha ao respeito que o outro merece, quando mais não seja em honra de bons momentos que se viveram, a liberdade que não tem de ofender.

   Entretanto, como me tem vindo a ser dito por gente próxima, no meu momento actual, em que nunca me senti tão bem e realizado, deixar que comentários que tudo quando visam é perturbar-me o consigam seria no mínimo irresponsável. Não posso perder tempo e energias com isso, daí que tenha decidido, definitivamente, enterrar todos os machados de guerra. Quanto a mim, está feito. Não poderei retomar qualquer tipo de relação com quem me procurou destratar tanto, em todo o caso, passo uma borracha, como se diz, e sigo em frente.

    Até ao meu regresso!

6 comentários:

  1. Olha Mark, eu não sei o que se passou, mas acho que não deves ter demasiada importância às coisas que se passam nestes meios. As pessoas aqui acham-se heróis e heroínas. Eu procuro dar um uso racional e limitado às redes sociais, até para bem da minha saúde mental. :D

    Boas férias!

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    1. Da minha parte, está tudo encerrado. Devo dizer que até sinto um certo nojo de mim próprio, como se tivesse saído de uma poça de lama, depois dos acontecimentos dos últimos dias. Nem me reconheci. Nem pareci eu. Acabou, acabou, pelo dano que me fez a mim.

      Obrigado!

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  2. Acho que não há necessidade de certas posturas, porque apenas desgasta as partes envolvidas. A vida é mais que a blogosfera (felizmente). Portanto há que ficar com as partes boas e valorizá-las :)

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    1. Eu fico sempre com as boas memórias. :) Vivi momentos engraçados com alguns deles.

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  3. Este tempo que está a ter poderá ser um tesouro para cimentar as suas relações em Espanha e criar o seu nicho. Goze-o com todo o prazer que disso possa usufruir. Faça a diferença e marque a sua posição como um luso em Espanha. Gosto imenso desse país, onde viajo amiúde, mas o qual vive de certa forma de costas para Portugal. A sua intervenção, junto com a de muitas outras, pode fazer a diferença e alterar os padrões a que nos condenou a nossa história comum.
    Continue e "carpe diem"
    Manel

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    1. Olá, Manuel

      Sim, Portugal e Espanha têm estado de costas devido ao passado comum, nem sempre pacífico, mas pouco a pouco ambos os povos vêem que já não há necessidade de manter os velhos ressentimentos.

      O meu canal surgiu despretensiosamente. Não sei o que resultará dali. Gravo vídeos por prazer, para comunicar, para explorar uma faceta que creio que tenho.

      Obrigado pelo seu apoio!

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