13 de julho de 2021

Euro 2020, a final, e férias.


    Na minha opinião, as equipas mais estáveis ao longo do torneiro, exceptuando a Dinamarca, eliminada pela Inglaterra nas meias-finais, foram a própria Inglaterra e a Itália. A Itália ganhou todos os jogos, não deixando por isso de sofrer alguns percalços ao longo do seu caminho até à final, o mesmo que se dizer da Inglaterra.

   Esta edição do Euro 2020 teve a particularidade de ser disputada em várias cidades europeias. Por acaso do destino, ou não, a Inglaterra jogou sempre em casa, em Wembley. Somente nos quartos-de-final defrontou a Ucrânia em Roma, goleando-a, a propósito. Sabemos que, nestes torneios, os factores jogar no país de origem e com público favorável nos estádios podem ajudar ao desempenho das selecções ou equipas que têm essa sorte do seu lado. A Inglaterra, à semelhança de Portugal em 2004 e da França em 2016, começou a padecer de um excesso de confiança que a prejudicou. Houve, além disso, um certo desdém e desrespeito dos adeptos ingleses, já de si pouco conhecidos pela moderação, pelos seus adversários, primeiro assobiando a Dinamarca durante a apresentação do hino e de seguida propagando mensagens que davam como garantido a ida da taça para Londres. Apesar do efeito aparentemente galvanizador, há a outra face da moeda: a responsabilidade acrescida. A Inglaterra ficou como que obrigada a ganhar, por um conjunto de circunstâncias que a beneficiavam, ao passo que a Itália, que nas duas últimas grandes competições nem se conseguiu apurar, ainda que tivesse perdido ontem, seguramente que os adeptos reconheceriam o esforço da squadra azzurra de passar da surpreendente ausência das fases finais dos campeonatos da Europa e do mundo para uma disputa do título. O saldo seria sempre positivo. 

    Após a derrota de Portugal e de Espanha, passei a torcer pela Dinamarca, uma selecção que foi colhendo o carinho de aficionados de todos os cantos da Europa também pelo trágico episódio com um dos seus atletas logo no jogo de estreia frente à Finlândia. Não considero que a derrota com os ingleses tenha sido justa, se se pode falar de justiça num desporto, em todo o caso, chegar às meias-finais e morder os calcanhares de selecções teoricamente mais fortes evidencia uma excelente participação dos dinamarqueses.

     Já em 2022, teremos o Campeonato do Mundo de Futebol, no Qatar, para nos animar o Verão. Eu sigo de férias, por quinze dias, rumando a um local a mais de 2.000 quilómetros de distância de onde me encontro. Até ao meu regresso.

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