Neste momento que lhes escrevo, do meu iPad e desde o sofá da minha sala, o cão restafela-se ao meu lado. Observo a árvore de Natal e toda a decoração do espaço, a que se junta a das restantes divisões. Caramba, este Natal esmerei-me. Gastámos imenso dinheiro em adornos e no serviço de Natal, um para a Consoada e outro para o Dia de Natal. Louças distintas para dias distintos. Será, tudo o indica, a melhor quadra de sempre. Já o está a ser, em rigor. Com brilho, requinte e um toque de doce meninice e fantasia.
Os doces, fá-los-emos nós. Já decidi os que iremos fazer (e comer). É bem provável que, depois, lhes passe fotos do resultado final. A priori, não inovaremos muito, excepto num doce tradicional galego, chamado bandullo. No demais, serão doces portugueses. Quanto às refeições, também decidi inovar. Nem tanto no Dia de Natal, com o tradicional anho, mas na véspera. Sim, comeremos bacalhau. Não o bacalhau com couves, não. Irei confeccionar um bacalhau mais elaborado, digamos assim, que mo merece o meu marido, a quadra e inclusive a envolvência. De que adianta decorar-se a casa a rigor, fazer os doces em vez de os comprar para depois apresentar-se um bacalhau deslavado com couves e batatas?
As luzes cintilam. O seu reflexo brilha nos papéis de embrulho dos vários presentes dispostos harmoniosamente ao pé da árvore. O cão olha para elas com indiferença, e eu orgulho-me de manter bem vivo o espírito de Natal em mim.
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