30 de maio de 2018

How to talk to girls at parties.


   Ambientado nos 70s, psicodélico, na Londres de peace & love, em meio da cena «punk», após a morte do «blues». Trata-se de uma estória quase extra-sensorial, envolvendo um rapaz irreverente, como todos os jovens com alguma consciência política, e uma alienígena que anda no planeta em passagem, pertencendo a uma colónia de seres que bem poderiam ter saído de um vídeo de Lady Gaga, com práticas antropofágicas e adoptando comportamentos que nós seríamos levados a considerar como "disfuncionais", no mínimo.

   Gostei do inusitado, e gostei também da forma como abordaram aquela relação que se estabeleceu entre Zan e o jovem anarco-comunista. A páginas tantas, é como se estivéssemos a viver um intenso sonho provocado pelo abuso de substâncias ilícitas. Tudo escapa à nossa realidade, à nossa lógica, à nossa intuição. A exploração de mundos desconhecidos não é uma novidade no cinema, mas, aqui, é retratada de modo original. Nicole Kidman dá o toque que falta, de elegância, numa interpretação bastante boa da sua parte. Creio que o objectivo de nos deixar destroçados falhou, mas conseguiram terminar o filme com um final, vá, sweet, que nos saca um sorriso de satisfação.

    Saliente-se que o filme é baseado na obra de banda-desenhada de Neil Gaiman.

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