Tivemos o jantar de Natal pelo meio, bem como o Natal propriamente dito, e muito ficou por dizer em relação à semana fantástica que vivi com o meu amigo galego, o M., que esteve em Portugal de segunda a segunda (de dia 11 a dia 18). Foi uma semana muitíssimo bem aproveitada, e só não o foi mais porque tive de ir visitar a minha avó no hospital, que estava internada devido a uma fractura no fémur.
Na primeira publicação em que dei conta da sua vinda a Portugal, expus sucintamente o que fizemos na segunda e na terça (dias 11 e 12). Logo na quarta, dia 13, levei-o a Belém. É um bairro paradigmático da capital, pela história ligada aos nossos descobrimentos, e o M. também tinha muita curiosidade. Como já chegámos tarde, só passeámos pelo bairro, à beira-rio, mas ainda o pude levar ao Museu da Presidência. O M. é republicano, nacionalista. Sente um profundo desprezo por Espanha e pela monarquia dos Borbón. Saber mais sobre o nosso regime e o nosso sistema, semipresidencial, agradou-o muito.
Ainda entrámos na igreja dos Jerónimos. Esteve perto dos cenotáfios de Vasco da Gama e Camões. De seguida, fomos aos pastéis de Belém, quentinhos e deliciosos, fazendo todo o percurso de regresso a pé, a conversar, de Alcântara ao Cais do Sodré.
Na quinta, à partida iríamos a Sintra, mas fez-se tarde. Escolhemos, então, o Palácio de Queluz, uma jóia da arquitectura portuguesa do século XVIII, mandado edificar por Dom Pedro III. Percorremos todas as galerias e os imensos jardins, belíssimos.
O quarto em que nasceu e morreu Dom Pedro IV de Portugal / I do Brasil |
No dia seguinte, bem cedo, fomos, finalmente, à mágica vila de Sintra: um dia em cheio. Quem julgar que consegue visitar o Palácio da Pena numas poucas horas, desengane-se. Julgávamos que daria tempo para visitar o Palácio e a Regaleira, e só conseguimos ir ao palácio e passear pela vila. Apanhámos um dia cinzento, com muita névoa. Chuviscou, o que com a neblina tornou o passeio ainda mais especial. Indescritível.
O Palácio foi mandado erguer por Dom Fernando II, rei consorte
de Dona Maria II. Estilo romântico (século XIX)
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A entrada é cara, sim, mas compensa. O palácio é maravilhoso, por dentro e por fora, e os jardins, verdadeiros bosques, são encantadores. Perdemos o dia inteiro a desbravar cada torre, cada recôndito, cada vale. Ainda passeámos pela vila, passando, claro está, pelos tradicionais travesseiros da "Piriquita", passo a publicidade.
Já no sábado, no dia do jantar, fomos, da parte da manhã, ao Museu dos Coches, em Belém. À tarde e à noite, como se sabe, dedicámos o tempo ao evento. Tivemos sorte, porque o recinto antigo do museu, encerrado por anos, já abriu ao público, e ainda contém alguns exemplares.
Recinto novo. |
Domingo seria, tudo indicava, o dia em que o M. se despediria de Portugal, voltando à Galiza. Por um percalço no horário, acabou por adiar o vôo para o dia seguinte, permitindo-se a explorar um pouco mais de Lisboa. Uma vez que se tratou de algo inesperado, nesse dia só tivemos tempo de ir ao Museu de Arte Contemporânea da Gulbenkian.
Na segunda, por fim, tempo das despedidas. O M. partiu, com a promessa de que o visitarei, em breve, na Galiza. Será a minha vez de me deixar encantar por uma nação tão rural e mágica.
Foram dias fantásticos na companhia do M., um rapaz culto, interessante, médico respeitado. Os amigos do jantar puderam conhecê-lo e testemunhar o quão afável e educado é. Oito dias que guardarei na memória. Pessoas assim valem muito a pena.
Todas as fotos foram captadas pelo meu iPhone. São minhas e de minha autoria. Uso sob permissão.
Que semana magnifíca :) Leva-me contigo à Galiza, fico num quarto bem dos fundos na companhia de algum AIO
ResponderEliminarSó tenho dinheiro para um IBIS, e mesmo assim ;) mas com tanta foto de Nobreza
:) ahahahhahahahahahahah
Grande abraço amigo
Heheheh :)
EliminarGrande abraço, e cumprimentos do M. :P