3 de julho de 2011

Amar.


Não sei explicar o que sinto por ti. Talvez as palavras se revelem insípidas quando os sentimentos não conseguem ser expressos numa qualquer folha ou ecrã de computador.
É uma vontade de querer estar perto, a dor da partida, a ânsia com a chegada, a vontade inexplicável de te sentir junto a mim. Há quem descreva como as doces borboletas que se agitam fortuitamente na nossa barriga. Eu sinto uma trepidação como se as mesmas doces borboletas se evadissem por todo o meu ser.
É aquele dia de sol que não tem fim, são aqueles pequenos momentos que tornam o dia mais cinzento no melhor. É a cor do crepúsculo que se torna mais bela, o verde da relva que brilha molhado e fresco ansiando pelos nossos corpos rebolando suavemente sobre a doce textura de uma pradaria.
É querer viver do calor dos teus abraços, da ternura dos teus achegos quando me deixasse dormir no conforto do teu colo. É querer-te por completo e não apenas pela metade. É aprender a amar na plenitude os teus defeitos, transformando uma repulsiva cicatriz numa característica do teu corpo. É cegar perante o que outrora nos pareceria óbvio.
É mais do que tudo o que poderia dizer.
Amar não se escreve.
Amar sente-se.

9 comentários:

  1. Se o sentes e não lho consegues dizer, o melhor seria arranjares um estratagema para ele descobrir o teu blog (acidentalmente,claro... ) ;)

    ResponderEliminar
  2. Tão belo...parece tirado das páginas de Florbela Espanca.

    ResponderEliminar
  3. Oh, deuses, isto está mesmo de se louvar. E como eu me identifico com o texto! Desejo-te boa sorte com o rapaz que te desperta tal sentimento ;)

    Cheers! =D

    ResponderEliminar
  4. Massa seu blog e esse post. Curti muito ele :)
    Abraço

    ResponderEliminar
  5. Bonito =)
    Feliz por estares bem ;)
    Abr

    ResponderEliminar