21 de fevereiro de 2023

Uma igreja (pouco) católica.


  Nunca como agora dois mil anos de história se viram tão ameaçados. As pessoas cansaram-se do controlo sobre as suas vidas, sexualidade, e finalmente dos crimes da instituição, os crimes sexuais, que todos conhecíamos de ouvir falar, e que se juntam aos crimes de maus-tratos e outros que tais. É que aqueles homens (e mulheres) que fazem a igreja podem (e são) ser tão maus como quaisquer outros. Durante demasiado tempo abusaram da sua posição de poder, de influência junto do poder político, da sociedade. Neste momento já não gozam desse poder; não podem silenciar os que os denunciam, travar as investigações, os processos criminais. Ainda bem que assim é. 

    É-me difícil encontrar um lado positivo na existência da Igreja. Sem querer trazer à colação o tema “Deus”, essa entidade é tão pessoal que não vejo a necessidade de haver intermediários na relação humanidade-entidade criadora, existindo. Como no tempo em que não nos permitiam ler a Bíblia -ler, em geral, pois tinham o monopólio do conhecimento-, e tudo quanto sabíamos, sabíamo-lo filtrado. Esse tempo terminou, o que lhe sucedeu também, e antevejo uma mudança social (e religiosa) significativa, que este escândalo não despoletou, tendo vindo ajudar a concretizar.  

2 comentários:

  1. De facto, a Igreja está a ferro e fogo
    Apesar de ser Católico não sinto a necessidade de falar com um padre, o mesmo já não posso dizer em relação ao templo/igreja
    Gosto de as visitar e ter ali um momento para mim
    Abraço amigo

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    1. Tal e qual. Como a arte sacra. Gosto de arte sacra (agora enjoei um bocadinho) e não sou religioso. E também gosto da paz das igrejas.

      Um abraço.

      Mark

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