20 de junho de 2019

Feira do Livro - Lisboa 2019


   Ir à Feira do Livro já é, quanto a mim, um ritual. Faço-o não apenas pelos descontos - mas também -, bem como pela atmosfera envolvente. A Feira é, realmente, um evento que ajuda a promover a boa imagem da cidade, e torna aquela quinzena mais divertida. Há mais um spot para visitar e passar um bocado agravável. É assim que encaro uma ideia que surgiu há quase 90 anos.

   Este ano, e em virtude de andar assoberbado em avaliações, houve várias idas curtas à Feira do Livro, sempre à noite, ou quase sempre, quando saía da faculdade, exausto de tanto ler o manual de Contencioso Administrativo. Ainda conseguia arranjar um tempinho para a Hora H ou para o Livro do Dia.

   Bati o meu recorde de livros comprados: 9 (+ 1 de oferta) = 10. Há quem compre mais, muitos mais, todavia, em relação ao recorde do ano passado (6) e aos volumes adquiridos noutras edições, excedi-me, e não penso sequer em se demoro muito ou não a lê-los. Um livro é sempre um bom investimento, e não caduca, não passa de moda. Não é como uma roupa. Tarde ou cedo, irei pegar neles. Depois, os descontos em sede de feira são bastante apelativos. Vale realmente a pena. Podendo comprar mais barato, ninguém escolhe fazê-lo mais caro.


   O meu primeiro dia coincidiu com o segundo de feira, dia 30. Fui com um amigo brasileiro, que esteve cá em turismo, e que teve a simpatia de me oferecer esta pequena obra, que desconhecia, assim como o autor: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.


   Só lá tornaria no dia 6, porque entretanto interpôs-se um exame pelo meio, no dia 5. Comprei três clássicos - eu e a fúria pelos clássicos - que ainda não tinha, e todos já adaptados para o cinema (filmes que ainda não vi, a propósito): O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde A Morte em Veneza, de Thomas Mann, e Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway.


   No dia 11, teve lugar o meu terceiro dia de feira. Afastei-me dos clássicos para me dedicar aos Nobel: Crónica de uma morte anunciada, do enorme Gabriel García Marquez; Já então a raposa era o caçador, de Herta Muller e Travessuras da Menina Má, de Mario Vargas Llosa.


   No dia seguinte, 12, voltei à Feira para adquirir Terra Sonâmbula, de Mia Couto, e A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera. No dia 13, último para mim, A Jangada de Pedra, de José Saramago.







   Três autores de língua portuguesa, sendo que um português, um moçambicano e um brasileiro. Clássicos e laureados com o maior galardão da literatura. Não se fala em números, mas compensou-me bastante. Gastei, ainda assim, umas dezenas de euros.

   Finalizando o período de exames, que se revela caótico, tenciono começar a desbastar os livros que comprei, não sem antes terminar alguns que deixei a meio, ao ter (re)começado os estudos. Deixo-lhes as fotos.

   E vocês, foram à Feira?

6 comentários:

  1. Tempos que não vou a um feira de livros. São Paulo tem uma ótima mas este ano não pude ir ... Que pena ...

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  2. Boa tarde Mark
    agradecendo o Corpo de Deus, fiquei um dia em casa num "dolce far niente", o que não é nada comum nos dias que correm.
    Consegui ver um ou outro filme que estava em lista de espera e, o pior, foi resolver-me a dar alguma (pouca, que a tarefa é gigantesca) limpeza à casa, o que é detestável fazer, mas igualmente necessário, que não tenho qualquer ajuda cá por casa a não ser eu + eu próprio.
    Não fui à Feira este ano, tinha pensado em ir, mas interpôs-se a preguiça e ... fiquei novamente num "dolce far niente" ... este último bocado anda a fazer-se um tudo nada recorrente, mas que é bom, lá isso é!
    Mas quando vou e, acabo inevitavelmente por comprar, invade-me a angústia de pensar ... onde vou colocar mais livros?
    As prateleiras, ainda que de grossa, maciça e nobre madeira, já começam a ficar repletas, com livros na vertical, outros na horizontal, outros em dupla fila e já não sei mais o que inventar para os guardar. As prateleiras do Alentejo estão ainda pior, que o espaço não estica ... até já construí ali um mezzanino, resta-me o chão, mas mesmo esse também já vai sendo ocupado, sobretudo por baixo das mesas e aos cantos.
    Os livros são invasivos e, dos que existem, ainda não consegui ler nem uma pequena parte, que o tempo, como o espaço, não costuma ser elástico.
    Tenho que pensar duas vezes antes de me dedicar à compra de livros.
    Talvez se começar a dar o que não me interessa tanto, mas dá muito trabalho, e sobretudo pena, pois muita coisa está carregada de memória.
    Bem, alguma coisa se fará ...
    Um bom final de semana, que já se aproxima.
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      Os livros têm esse inconveniente de se ir acumulando e acumulando. Eu já não tenho sítio para os pôr. Invadiram-me a secretária, uma pequena prateleira por cima da cama, a mesinha de cabeceira. Estão por todo o lado. E, depois, são uma acumulação de pó. Temos de estar sempre a limpá-los.

      Para a minha idade, já tenho uma "colecção" apreciável, e não li metade.

      Cumprimentos. :)

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