21 de junho de 2018

Campeonato do Mundo de 2018 (parte II).


  O Campeonato do Mundo começou há uma semana. Tenho-me dedicado a ver os jogos, todos, que se sucedem a uma velocidade de três por dia. Rouba-me tempo para outras actividades, é certo, mas diz-se, vulgarmente, que «quem corre por gosto não cansa». É por aí.
  Não, não pensem que fico trancado em casa. Hmm, mais ou menos. Instalei a app da NOS TV no meu Surface, o que me permite assistir aos jogos fora de casa. Evidentemente que apenas está disponível para clientes NOS que também, no caso dos jogos, sejam assinantes da Sport TV.
  Recuando no tempo, acompanho estes torneios desde 2004. A febre do Euro 2004 contagiou-me a ponto de, desde então, sempre que possível, ver os jogos, anotar os resultados, escrever acerca. Para isso, tenho por hábito adquirir revistas especializadas, com detalhes sobre cada selecção participante, os jogos, os estádios, a história das competições. Gostos.

   Este Mundial, até então, e já vamos no início dos jogos da segunda jornada da fase de grupos, tem sido atípico. Selecções favoritas vêm empatando ou perdendo (Argentina, Alemanha, Brasil), outras com desempenhos aquém do esperado (Portugal, Espanha, França) e ainda há algumas surpresas (Senegal, Rússia, Islândia). É provável que tudo se equilibre mais para a frente e que o favoritismo se confirme, todavia, nos dias que correm, o nível competitivo é muito grande; esbate-se, cada vez mais, o fosso entre grandes selecções e selecções ditas fracas. Os jogos de Portugal com Marrocos e de Espanha com o Irão, hoje, assim o atestam. Equipas que defendem bem, que sabem fechar as suas linhas, procurando surpreender os adversários em lances de bola parada, os livres directos e similares. Assim, aos poucos, com confiança e muita vontade de vencer, podem chegar longe. Marrocos ficou-se pelo caminho, mas há outros exemplos na luta pela próxima fase de qualificação, os oitavos-de-final. 

   Portugal tem feito um percurso a que já nos habituou. Empates, jogos que se ganham à tangente. Ainda é cedo, bem sei, e a experiência ensinou-me a dar o benefício da dúvida - em 2016, nada dava pela selecção. Não praticamos um futebol bonito, a que dê gosto assistir. Aliás, o futebol está cada vez mais técnico, roubando o factor imprevisibilidade, que sempre vai tendo. Quando os jogadores entram em campo, já sabem bem para o que vão. E não, contrariamente ao que muitos pensam, não são "onze homens atrás de uma bola". É um desporto com elevada complexidade técnica. Os jogadores têm posições bem definidas em campo. Não há essa anarquia que muitos julgam haver por desconhecimento ou má vontade. Contudo, e pese embora  as jogadas estejam estudadas quase milimetricamente, o encanto poderá advir de um rasgo de criatividade de um talento maior - vide Cristiano Ronaldo - que nos abrilhanta os olhos. Já leva quatro golos em duas partidas. Se Portugal não joga bonito, este jogador é os seus pés, o seu cérebro, o seu concretizador. Não há futebol, a nível de selecção, na equipa principal, sem Cristiano Ronaldo.

   Falta-nos ainda um jogo, na fase de grupos, para provar que somos capazes de fazer melhor. E há os oitavos-de-final. Defrontaremos o Uruguai ou a Rússia. O grupo A já está fechado no que respeita a quem segue e a quem terá de esperar pelo próximo Mundial. Arábia Saudita e Egipto estão fora. Têm, todos, de cumprir ainda com os jogos de calendário que encerram os grupos. Ingratos, para quem já sabe que fica por ali. Regras são regras.

   Se me perguntarem por favoritos, não sei se, com os dados que tenho, vos conseguirei dizer. Há sempre os clássicos à vitória Como disse acima, a vontade de vencer não raras vezes faz milagres. Não me admiraria nada que viéssemos a ter um campeão do mundo inesperado. Seria até interessante. Até lá chegar, terá de passar por muitos desafios, e à medida em que a competição vai avançando, o confronto entre os melhores vai-se dando. Todos ficarão pelo caminho, excepto um. Saberemos quem no dia 15 do próximo mês.

4 comentários:

  1. Serão Portugal, Argentina, Alemanha e França ... rs

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    1. Veremos. A ver vamos! Hehe

      um abraço, querido.

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  2. Portugal ontem a jogar, meteu dó lololololo França, Croácia, England e Alemanha são as minhas favoritas este ano España tambien :P

    Abraço amigo

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    1. Tudo favoritas, e acrescenta-lhe a Croácia. :)

      um abraço, amigo.

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