Não no dia 3, como o esperado, mas no domingo, fui à Feira do Livro de Lisboa. Como referi aquando da minha última publicação, tenho por hábito reservar um dia para percorrer as barraquinhas da feira. Para além das compras propriamente ditas, é um passeio agradável. A zona da cidade é uma das minhas predilectas. Recordo-me de descer a Avenida (da Liberdade) com o pai, aguardando pela mãe nos Restauradores. Tornaríamos a subi-la, para assentarmos, por fim, num restaurante muito simpático, de comida chinesa, hoje transformado em cadeia de fast food internacional.
Escolhi um mau dia, nem tanto por distracção. Precisava sair, caminhar um pouco. O ruído das pessoas não me incomoda, ou melhor, nem sempre. Estar no meio de uma multidão conforta-me, como se fosse, que o sou, mais um entre muitos. Tem as suas desvantagens, entre as quais não poder pesquisar com tempo e paciência. Estaria, sem exagero, mais de um milhar de cidadãos nas "ruas" improvisadas. A Feira tornou-se um verdadeiro pólo dinamizador da cidade: além dos livros, há espaços interactivos, de actividades lúdicas e até sectores direccionados à alimentação. Nada foi esquecido.
Dada a confusão, não trouxe tantos livros quantos gostaria. Devo dizer que as minhas compras, sejam elas quais forem, são ponderadas. Procuro dar prioridade à razão face à emoção. E a compra que se seguiria justificava, também ela, algum cuidado nos excessos. Nesse sentido, trouxe apenas dois livros: um de Ortega y Gasset e uma biografia de Mouzinho da Silveira. Uma vez que o meu Surface já pedia a substituição, dei uma passagem fugaz no ECI e adquiri outro. Este Surface conjuga o melhor de um tablet e ainda faz as vezes de um PC. Foi dispendioso, sim, talvez demasiado para o que é. Será um ponto desfavorável à Microsoft, mas não sou grande amigo da Apple. Gosto da apresentação e das funcionalidades do Windows, e a minha máquina já traz o 10.
Aproximamo-nos a passos largos da silly season. Os temas tornar-se-ão mais leves, salpicados pontualmente com alguma actualidade que exigirá maior atenção. Esta publicação não deixa de ser um prenúncio do que aí virá, conquanto pretenda dar a cobertura necessária ao Campeonato da Europa de 2016, cuja primeira partida realizar-se-á na sexta-feira. Todos com a selecção, claro, sem fanatismos.
Por partes: Adoro as Feiras de Livros, por aqui sempre vou à Bienal de Belo Horizonte e à de SãoPaulo [felizmente elas são em anos desencontrados, o que me permite estar anualmente em feiras do gênero].
ResponderEliminarMultidões: Cosmopolita como sou, gosto deste borborinho das grandes cidades. Aprecio, e muito, o silêncio mas na rua o alarido me agrada.
Comida chinesa assim como a japonesa não me apetecem. Lá do lado oriental do planeta só gosto [e como gosto] da culinária árabe.
Parabéns pelas aquisições e ótimo uso de todas elas.
No mais, é enviar-lhe um abraço fraterno ...
A Feira do Livro de Lisboa é um verdadeiro evento! Ganhou uma notoriedade ímpar.
EliminarNão sou um grande fã de comida oriental, aliás, de nada que venha do Oriente. Entre comida chinesa e japonesa, ainda prefiro a chinesa. :)
um abraço fraterno, amigo Paulo.
Sou viciado em adquirir livros. Aqui em São Paulo tem uma feira que une a razão a emoção oferecendo livros com 50% de descontos no mínimo. Aliás, já estou ansioso para que chegue dezembro novamente.
ResponderEliminarPor cá, pelo que soube, há uma "happy hour", que contempla livros com até 50 % de desconto.
EliminarEu gosto do Windows 10, tive de o (re)instalar pois da primeira vez que fiz a atualização tive alguns problemas a nível de som e rato mas tirando isso não tenho razão de queixa.
ResponderEliminarTambém gosto. Tenho-o no PC. No Surface antigo, como não dava para actualizar, já estava um pouco ultrapassado. Não foi apenas isso que me levou a adquirir este. A capa teclado dava problemas ao digitar.
EliminarUma falha minha, ainda não fui à feira do Livro :(
ResponderEliminarVer se ainda dou lá um saltinho neste fim de semana prolongado :)
Abraço amigo
Ainda vais a tempo, se bem que presumo que apanharás com a enchente final. :)
Eliminarum abraço, amigo.
Já fui À Feira do Livro. Normalmente corro tudo, mais ou menos superficialmente, e depois volto para trás e compro o que quero.
ResponderEliminarEste ano levei o namorado atrelado, e ele estava um bocado impaciente, por isso não demorei tanto. E não gastei os 80€ que costumo gastar... lol
Eu também gastei bem menos, talvez porque pela primeira vez em anos não comprei um único livro de Direito. Cheguei a "largar" quase 80 € só por um livro... :)
EliminarA quantidade de pessoas não me permitiu deter-me em cada barraquita por muito tempo, o que se revelou de extrema utilidade, já que acabei por gastar muito dinheiro nesse dia.
Mark tive que comprar livros no site da wook porque o €€€ que tinha no vale iria expirar, daí que a feira do livro para mim foi mais virtual lol.
ResponderEliminarFizeste muito bem. :)
EliminarEu prefiro a Apple, em todos os sentidos. É mais dispensiosa, mas pronto, são gostos!
ResponderEliminarQuanto à Feira, espero pela do Porto, que deve ser em breve! ^^
Olha que não, João. O meu Surface + a capa teclado ficaram-me bem mais caros do que se tivesse comprado um iPad. É um produto Microsoft. Não gosto mesmo do iOS. Gostos. :) Aliás, o que me motiva não é preço, mas a minha preferência pessoal.
EliminarNão fazia ideia de que há uma Feira do Livro no Porto.
Mark,
ResponderEliminarSou um leitor compulsivo. Estou sempre com um livro na mão. Leio de tudo um pouco, sem grandes preocupações com estilos literários ou autores, embora tenha os meus preferidos. Devido a esse ecletismo, leio muita porcaria e descubro muita coisa boa.
Recentemente li “trem noturno para Lisboa”, de Peter Bieri. Conforme avançava na leitura, lembrava muito de você. Recomendo a leitura pelo que o livro é, pelos personagens principais e pelo conteúdo histórico que irão lhe instigar (período Salazar). O filme que derivou do livro é uma porcaria, não se fie nele para excluir a leitura!
Também recomendo “ilusões pesadas” de Sacha Sperling, um jovem escritor Frances. Acho que você irá se identificar com o personagem principal no que diz respeito à sensação de “desencontro” pela qual está passando ultimamente (eu realmente acompanho o seu blog!!!). O estilo e o tema me fizeram lembrar muito do “apanhador no campo de centeio”, de J.D. Salinger.
Por fim, recomendo um livro maravilhoso que me fez tocou e me fez refletir imensamente: “dois garotos se beijando”, de David Levithan. Os outros livros dele não valem a pena!
Boa leitura. Abraços,
Marcelo B. Pires
Olá, Marcelo. Como tem passado?
EliminarBom, eu retomei recentemente as minhas leituras não-jurídicas. De momento, leio "A Rebelião das Massas", de Ortega y Gasset, um livro que adquiri na minha recente passagem pela Feira do Livro de Lisboa.
Jamais excluo um livro por assistir a um filme. Aliás, provavelmente já o terei revelado pelo blogue, eu não sou um particular fã de cinema. É o meu calcanhar de Aquiles.
Obrigado pelas sugestões. :)
um abraço grande!