Nada como a tempestade para nos fazer sentir pequenos. Metaforicamente. O desconforto interior, os anseios de vaidade. De que discurso superior vale? Dura realidade. O trilhar em direcção ao vazio, observando quem vem e vai em percursos rotineiros, certeiros, verdadeiros. Quem sou, para onde vou, como estou. Quem me quis, quem me diz o que fiz.
Mamã, conforta que o mundo é mau. Ela sabe. A manhã dói, a dor maior, que a tarde traz o sol que aquece a pele, negrume corrói. Perdi-me de mim, dos sonhos que não vivi, feitos de cetim, da cor de carmim. Que aroma a alecrim!
Se um dia cá voltasse, reescreveria as linhas do tempo. Dir-lhes-ia o momento, construiria cada fragmento, contornaria o mal por dentro. Sair-me-ia bem em tudo quanto fizesse, assim o quisesse. Alegria que nunca aparece.
Sorriria todos os dias, se Mo permitirias. Correria pelo prado, oh meu triste fado!, que ser inacabado.
Se um dia cá voltasse, reescreveria as linhas do tempo. Dir-lhes-ia o momento, construiria cada fragmento, contornaria o mal por dentro. Sair-me-ia bem em tudo quanto fizesse, assim o quisesse. Alegria que nunca aparece.
Sorriria todos os dias, se Mo permitirias. Correria pelo prado, oh meu triste fado!, que ser inacabado.
E a ilusão dissipou-se no ar. Acordem-me quando ela voltar.
Bem, que texto tão profundo e tão poético! ^^
ResponderEliminarPor mais que nos custe, viver em ilusões só nos faz mal. é preferível acordamos para a dura realidade e seguirmos em frente, do que vivermos num paraíso ilusório. Dói, mas à medida que avançamos, a dor vai diminuindo até desaparecer completamente. Ou pelo menos até deixar de ter a importância que tinha inicialmente.
Um grande e forte abraço, meu querido. Já sabes que se precisares de alguma, coisa, eu estou sempre à distância de um monitor, telm, etc.
Digamos que não há nada que faça esquecer o quão de trágico tem a vida. É tão... injusto.
Eliminarum abraço, Mikel, e um beijinho para a senhora tua avó.
Obrigado!
Que beleza ... puro lirismo com grande profundidade e sabedoria ...
ResponderEliminarObrigado, Paulo.
EliminarAmei o texto! :)
ResponderEliminarObrigado, Sam.
EliminarGostei. Bem bonito seu texto. Poético. Não conhecia esse seu lado :)
ResponderEliminarAbraços!
Como diria Nietzsche: «É preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança.»
EliminarFicou como ficou.
Obrigado, Ty. abraço!
Não sabia que tinhas dotes de poeta, Mark. Que agradável surpresa, que belo texto!
ResponderEliminarDote algum. Os poetas sentir-se-iam ofendidos. :) Mas muito obrigado, Goody.
EliminarAdorei o texto! E com o português com "sotaque" de Portugal, se assim posso dizer, ficou melhor ainda... Rs
ResponderEliminarAbraço!
Obrigado, Egos.
Eliminarum abraço. :)
Mark eu gosto da neblina, não apenas porque é fresca e dá lugar a um outro "estado" mas porque é apenas uma fase, pois ninguém vive totalmente sob o efeito dela :D
ResponderEliminarSerá que não? :)
EliminarGostei muito deste teu texto :) e escreveste versos giros... Estás a ficar poeta :)
ResponderEliminarGrande abraço amigo
Obrigado, amigo.
Eliminarum abraço grande. :)