O pai seguia em frente, envergando umas calças de bombazine de cor azul e uma camisa em padrões xadrez. Atrás, a mãe, de tez branca e loura, cabelos que me reportaram para a minha própria mãe, embora fossem mais curtos. Na mão, segurava a cadeirinha do seu bebé. Este, apoiado no braço solto, observava o mundo atentamente, descobrindo tudo em seu redor. Murmurava palavras imperceptíveis, os sons típicos numa criança de tão tenra idade.
Sentaram-se numa mesa dos fundos e escolheram o menu. Cuidadosamente, a mãe desfez pequenos pedaços de batata cozida e carne, dando-os de seguida ao bebé. O pai, guardião da sua família, mantinha a postura erecta de líder, preocupado e consciente do seu papel, zelando pelos seus. A empregada aproximou-se timidamente. Interagiu com o menino, brincando, tentando enganá-lo ao simular que comia um pouco de cenoura. Inteligente, o pequeno não tirou o olhar da mão da moça, intuindo que ela não a comera. A mãe, divertida, beliscava suavemente o rosto do filho enquanto contemplava a cena. Assim ficaram. O pequeno revolvia o prato da mãe que terminara de comer, lançando bagos de arroz e ervilhas pela mesa. De frente, o pai recolhia-os com a mão, repreendendo-o num tom suave, pouco convincente. Arriscaria tudo ao afirmar que são uma família feliz. O que as palavras fingem, os olhares não conseguem dissimular.
O bebé disse "papá!", de repente. Pela alegria visível no rosto do senhor, poderia ser a primeira vez que o pronunciava. Trocou breves ilações com a esposa, as quais não pude perceber. O entusiasmo reinava.
Saíram pouco tempo depois, ostentando o orgulho pela família que construíram, acenando aos donos do restaurante e à moça que os servira tão atenciosamente.
Preencheram-me o dia. Sorri.
O bebé disse "papá!", de repente. Pela alegria visível no rosto do senhor, poderia ser a primeira vez que o pronunciava. Trocou breves ilações com a esposa, as quais não pude perceber. O entusiasmo reinava.
Saíram pouco tempo depois, ostentando o orgulho pela família que construíram, acenando aos donos do restaurante e à moça que os servira tão atenciosamente.
Preencheram-me o dia. Sorri.
Bela história. Também eu sorri(:
ResponderEliminarPassou-se hoje, num restaurante perto de onde moro. (: Uma família adorável!
EliminarE o teu relato teve em mim o mesmo efeito :) Gostei muito! Parece tudo tão perfeito :)
ResponderEliminarHá muito tempo que sinto um apelo no sentido de ser pai. Bem sei que é cedo para este despertar do relógio biológico, mas quis estar no lugar do senhor e escutar aquele "papá" para mim. :)
EliminarAi ai Mark... tu não és deste tempo.
ResponderEliminar;)
Pelo contrário, continuo a acreditar que possam existir famílias felizes. ^^
EliminarAdorei a história Mark **
ResponderEliminarObrigado! :) É uma história real. :)
Eliminaroh obrigado Mark . Ah , eu gosto de ler coisas reais :D.
ResponderEliminarAwww que fofo! ^^
ResponderEliminarE para tornar esse momento ainda mais especial...
http://virgulasdodestino.blogspot.pt/2013/02/liebster-award-01.html
Parabéns! ;)
Hughie :3
Obrigado! :)
Eliminarabraço.
Se os olhares não enganam, são certamente uma família feliz. São momentos para apreciar em slow motion :-)
ResponderEliminarAbraço
Certamente são felizes. A cumplicidade entre ambos - e com o bebé - era evidente. :)
Eliminarabraço.
A História é muito bonita. Você sabe como ninguém escrever uma história do cotidiano tão banal em algo com cor, com vividez.
ResponderEliminarParabéns!
Obrigado, Citizen. :)
Eliminarpassa pelo meu blogue, tens uma surpresa :)
ResponderEliminarOk. :)
EliminarÉ sempre bom ver um pai babado lolololol
ResponderEliminarHistória gira :)
Abraço :3
Babadíssimo! :D
Eliminarabraço.
É o retrato de uma família feliz, sem dúvida...
ResponderEliminarHá pessoas que nasceram para ser pais, têm esse condão e isso é lindo de se ver. Parece tudo tão simples, tão fácil e tão harmonioso. :)
Abraço.
Eu acho que daria um bom pai. Sinto esse apelo, como referi mais acima. Um filho preenche-nos os dias. :)
Eliminarabraço.
o momento em que o filho diz a primeira palavra é inolvidável. a tua escrita é tão palpável que é como se eu estivesse lá, a almoçar ao teu lado e a observar, também, a cena.
ResponderEliminarum dia, serás um pai maravilhoso :)
bjs.
Não sei se terá sido a primeira palavra, mas o senhor ficou tão entusiasmado que até olhou em redor. :)
EliminarPermite-me esta imodéstia: também acho que serei. :D
beijinho.
Mark, tenho algo para ti no meu blog. :)
ResponderEliminarhttp://oblogdojaime.blogspot.pt/2013/02/liebster-blog-award.html
Vou ver, obrigado. :)
EliminarA mim causou-mw, e lamento dizê-lo, um pouquinho de inveja; sempre desejei ter um filho, mas não se pode apanhar o céu com as duas mãos.
ResponderEliminarAs circunstâncias da vida não te permitiram ser pai. Certamente darias um excelente progenitor. :)
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