26 de setembro de 2011

Sonhos que sonhei, onde estão?

Poderia, indubitavelmente, negligenciar a falta do calor. Não há, não existe ou simplesmente não vem. Por que não relativizamos a realidade de modo a que ela nos pareça (ou pareça, efetivamente) menos cruel? Escrevo contra mim próprio, contudo guardo em mim uma lupa que amplia os males. Acho que é genético. Não se trata, todavia, de uma ampliação qualquer; a lupa apenas aumenta o que já de si é substancialmente grande.



Realmente, há coisas intemporais, como intemporal é a nostalgia de algo que não existiu e vive em mim. Nostalgia do vazio.
Agora que os dias decrescem e as noites aumentam, o sol desce na sua trajetória até ao hemisfério sul. Continua quente, porém menos, até se dissipar todo o seu calor na neblina invernal. Paralelismos da Natureza e da minha natureza, nem sempre em uníssono, embora se complementem inevitavelmente.

Intemporal também é esta música, magistralmente interpretada pela grande Simone de Oliveira.

4 comentários:

  1. Talvez esteja na altura ou de lutares pelos sonhos que tens ou de arranjar novos sonhos.

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  2. "Nostalgia do Vazio" - como não é "minha" esta expressão? Mark, Mark, Mark... és tão novo para falar do vazio. Por favor, não o queiras conhecer. Segue a sugestão do Francisco (please!)

    Bons sonhos e um sorriso

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  3. Continuas um pouco na mesma onda...
    Desencanto?
    Concordo com o Paulo - és demasiado novo para isso.
    Se tens um "problema mal resolvido", enfrenta-o de vez, vai para a cabeça do touro, e eu sei que és forte suficiente para aguentar a "pega"...

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  4. Adoro-a.
    E lembra-me sempre o dia que corri para uma esplanada, no final de uma tarde soalheira de Inverno, para me encontrar com um ex...

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