7 de setembro de 2011

O Dia da Independência


Há imenso tempo que não dedico um ensaio ou até mesmo um simples texto à minha adorada História, ciência que tanto amo e pela qual tanto sofri ao ter de optar entre si e aquela que se veio a verificar como a minha escolha.
Comemora-se, a 7 de setembro, a independência do nosso irmão mais velho, o Brasil, expressão que uso com todo o carinho para designar o nobre povo brasileiro. Não falarei dos fatores históricos que culminariam na independência do Brasil - o que até seria interessante - mas pretendo abordar as relações bilaterais entre os dois países na atualidade.

É com um enorme prazer e regozijo que vejo o aprofundamento progressivo dos laços históricos, culturais, linguísticos e até económicos entre os dois países irmãos. Durante muito tempo - demasiado até - Portugal apenas se centrou na Europa, sobretudo após a Revolução de Abril, esquecendo-se de que tem todo um património cultural espalhado pelos cinco continentes. Também o Brasil começou, finalmente, a entender que o futuro será feito através do estudo do passado e as feridas, por fim, cicatrizaram. Hoje, vejo Portugal e o Brasil empenhados a estreitarem relações, apoiando-se mutuamente. Empresas brasileiras investirão num futuro próximo em Portugal e o nosso país será, com certeza, um forte aliado para o Brasil no que concerne às relações Brasil / União Europeia.

Pessoalmente, como já o disse no blogue, tenho uma relação de grande proximidade com o Brasil. O pai nasceu em Moçambique e com a inevitabilidade da independência das províncias ultramarinas, que se veio a verificar em 1974 (Guiné-Bissau) e 1975 (restantes PALOP e Timor), toda a família paterna refugiou-se no Brasil, onde o pai viveu alguns anos da sua juventude e início da vida adulta. Por todos estes motivos, e pese embora o facto de ainda não ter tido o prazer de conhecer o Brasil, sempre vi fotografias, li escritos e ouvi histórias desses anos em que a minha família viveu lá. A primeira esposa do pai era brasileira e tenho um meio-irmão luso-brasileiro. No fundo, também eu me sinto um pouco "brasileiro", com todo o carinho e respeito que isso implica.
Ao Brasil, e mais concretamente ao povo irmão, calorosos cumprimentos e saudações pelos 189 anos de independência.


Na imagem: O Grito do Ipiranga por D. Pedro IV de Portugal / I do Brasil (7 de setembro de 1822)



5 comentários:

  1. Mark muito obrigado por suas palavras. De fato nosso país caminha no bom sentido, mas ainda haverá muito por fazer pra melhorar significativamente a qualidade de vida dos brasileiros. Eu sempre apoiei uma eventual ajuda do Brasil a Portugal por que temos laços históricos muito fortes mesmo que muitos dos dois lados do oceano não aceitem. Ouço na televisão da crise econômica aí na Europa e lamento muito por vocês que considero também como irmãos, afinal meus antepassados são de Portugal e Itália.
    Abraço e valeu por seu carinho :)

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  2. Mais uma bela lição de História.
    Obrigado.

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  3. Nem me debati sobre os fatores históricos que conduziram à independência do Brasil. Foquei-me mais na atualidade. Mas seria interessante fazer esse exercício. :)

    Abraço, amigo.

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