Que um médico conceituado da nossa praça diga que a homossexualidade é uma doença passível de ser curada não me espanta; é uma opinião infundada fruto da ignorância, da homofobia incrustada e do desrespeito pelas outras pessoas. O que me espanta verdadeiramente é que o Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos defenda as tomadas de posição de alguns médicos que acreditam que podem e devem "curar" a homossexualidade dos seus doentes, principalmente se estes lhes pedirem ajuda. No entanto, a posição oficial do Colégio é a de que a homossexualidade não é uma doença, admitindo sim curas pontuais, se solicitadas. Isto para além de totalmente irracional é reprovável a todos os sentidos. Mais, é ilegal. A homossexualidade não foi, não é e nem nunca será uma doença, porque efectivamente não o é. A homofobia sim, é uma doença de preconceito que pode conduzir à morte. A Associação Americana de Psiquiatria retirou o então "homossexualismo" da lista de doenças no início da década de 70, seguida da OMS duas décadas mais tarde. Neste contexto, repudio e lamento completamente todas estas tomadas de posição.
A todos os meus leitores um Feliz Natal!!!
A todos os meus leitores um Feliz Natal!!!
É incrível como a homossexualidade é "um bicho de 7 cabeças" para tanta gente e motivo de tanta preocupação pela comunidade dita "heterossexual"(confesso que acho isso uma profunda ironia).
ResponderEliminarDe acordo com aquilo que eu sei sobre o assunto, todo o ser humano nasce bissexual. Depois, graças às circunstâncias da vida e a uma série de outros factores (biológicos, ambientais, etc.), há quem "evolua" para outros estágios - heterossexual ou homossexual. Existem no entanto, pessoas que não se conseguem "definir" a vida toda.
Eu sou da opinião que o ser humano é um ser multifacetado, até mesmo neste campo tão intimo como é o da nossa própria sexualidade.
Poucas serão as pessoas (na minha modesta opinião!) que serão homo, hetero ou bissexuais a vida toda.
Existe uma grande diferença entre "ser" homossexual e "estar" homossexual.
Acredito que muitas pessoas assumem-se e mais tarde, por comodismo, por medo ou por outro motivo qualquer, nunca exploram a sua sexualidade de forma mais aprofundada.
No entanto, se um conceituado médico vier para a praça pública comentar isto, seria "sacrificado" e acusado de mil e uma coisas.
A sociedade do nosso país está a mudar, aos poucos, mas ainda não consegue aceitar que a maior parte das coisas (senão mesmo todas!), não são só preto ou branco. Existem muitas outras cores...