6 de novembro de 2020

As eleições estadunidenses.

 

   Os EUA configuram aquele país que não me cai nas boas-graças. Não aprecio nada que por lá haja. Consumo grande parte da sua cultura, como a maioria, mantendo, porém, uma postura crítica e distante. Desagrada-me a sua política externa, que se mantém a mesma desde praticamente o final da II Guerra Mundial; tão-pouco me agradam os costumes, que em determinados aspectos considero dignos de uma nação incivilizada. Vai do porte de armas, livre e consagrado como direito na constituição, à pena de morte, à brutalidade policial, às taxas extraordinariamente elevadas de criminalidade. Os EUA são o país com mais psicopatas. Explica muito.

   Compreendendo que qualquer assunto que diga respeito àquele país suscite enorme curiosidade, para mais umas eleições presidenciais, acompanhei este acto eleitoral com uma enorme indiferença. Creio que só ontem tomei conhecimento do nome do adversário de Donald Trump. Vi-o num comício qualquer, e não gostei da cara do indivíduo. Os estadunidenses têm um fenótipo peculiar.

   Independentemente de quem ganhe a corrida à Casa Branca, presumo que seja mais uma questão de estilo pessoal do que de verdadeiras linhas orientadoras, pelo menos quanto à política externa, que é essa que me preocupa. O que se passa dentro daquelas fronteiras, sendo sincero, não me interessa minimamente. Os EUA estão comprometidos com a hegemonia política, bélica, cultural, etc, de que dispõem. Há interesses que vão além das intenções manifestadas. Um desses interesses é indiscutivelmente o da indústria armamentista. Os EUA, como superpotência militar, fomentam conflitos. Fazem a guerra. Quando não a fazem, fomentam-na. Se nos detivermos somente nesta matéria, Trump foi menos interventivo do que Obama, por exemplo, ou (Bill) Clinton, dois presidentes do Partido Democrata. Prefiro, até nas relações pessoais, uma pessoa francamente rude, agressiva, do que uma de quem não saiba bem com o que contar. Biden, neste caso. Trump, no seu egocentrismo desmesurado, revelou-se um isolacionista, e meio a contra-gosto manteve a frente na Síria. Ele olha demasiadas vezes para o seu próprio umbigo, o que é bom, muito bom. Agora, naturalmente, pela sua personalidade, atrai muita gente que o detesta, sobretudo entre gente avessa ao conservadorismo: gays, socialistas, ambientalistas e por aí. Como eu prefiro contar com o que já conheço, e o apocalipse que vaticinavam com a sua eleição não se confirmou, não me desagradaria uma vitória da sua parte, que à data de hoje (6 de Novembro, pelas 19h20), parece cada vez mais difícil.


1 comentário:

  1. Parabéns pela coragem de apresentar sua visão sobre os EUA.

    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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