28 de outubro de 2020

Miguel, um ano depois.

 

  O Miguel morreu perfaz um ano este mês. Na altura, publiquei aqui tudo o que me passava pela cabeça naquele momento. A incredulidade, disparatada até, uma vez que o Miguel estava gravemente doente havia muito tempo, deu lugar a um vazio enorme. O Miguel e eu já não éramos amigos como o fomos anos atrás, como na ocasião tive oportunidade de dizer, mas a sua partida foi quase como um confronto com a minha própria finitude. Afinal, não somos muito mais do que aquilo.

  Somos todos iguais em dignidade e direitos, contudo, há pessoas que fazem cá mais falta do que outras. O Miguel, julgo eu, era uma dessas pessoas. Era um homem atencioso, erudito, letrado. Morreu alguém das letras, da cultura, e é sempre de lamentar quando tal sucede.

  Nem eu e provavelmente nem o Miguel poderíamos imaginar que a sua morte me marcaria como marcou, e a verdade é que marcou. Um ano decorrido, evoco de novo o Miguel, a sua lembrança em mim, e sinto novamente o mesmo vazio, a mesma incredulidade. É realmente verdade que ele já cá não está?

   Querendo-o, poderão ler o seu blogue aqui.

2 comentários:

  1. Meus pêsames. Que você passe por esse momento bem.

    Bom fim de semana!


    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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    1. Já tem um ano, e não se pode dizer que fôssemos íntimos. A verdade é que me recordo muito dele, sim.

      Obrigado.

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