Dois meses e vários dias fora de Portugal. O primeiro aniversário no estrangeiro. Habitam em mim sentimentos mistos, de alegria e tristeza, nostalgia e saudade, não do país ou do seu povo, senão da minha mãe.
Ela sabe que eu estou bem e eu também sei que ela se encontra bem. Entretanto, não deixa de ser a primeira vez que passo este dia longe dela. Gostava de lhe poder dar um beijo, de a abraçar. Na impossibilidade de o fazer, telefonamo-nos várias vezes, como de resto fazemos diariamente, hoje talvez com mais frequência.
Tenho a casa decorada, tenho doces, tenho presentes, tenho o Diesel (que também está de parabéns hoje - no veterinário, foi este o dia que escolhi para figurar como o seu dia de nascimento) e quem mora comigo, mas falta-me a minha mãe. Falta-me sempre aquele pedacinho para que me sinta feliz. Há sempre algo a atormentar-me. Uma raiva por saber que a minha mãe está com aquele homem, e estará, a menos que ele se evapore. Com esta epidemia, desejei a sua morte. Desejei-a tanto, e nem sequer me consigo envergonhar disso. Por outro lado, dou por mim a pensar que a sua vinda para cá acarretaria trazer todo um passado que quero esquecer. É bem provável que estejamos melhor assim, ela lá e eu cá, até para que a nossa relação mãe-filho melhore, que já estava desgastada.
É tudo.
Abraço de Parabéns, dia feliz
ResponderEliminarQuero enviar-lhe os parabéns pelo seu aniversário. Tente estar de bem com a vida ao mesmo tempo que deve investir no seu futuro.
ResponderEliminarBoa semanas
Manel
Que pena que ela não está perto de você. Gostei muito dos balões e dos biscoitos.
ResponderEliminarBom fim de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Parabéns! e que encontres a tua paz.
ResponderEliminarParabéns atrasados, Mark!
ResponderEliminarAs famílias são sempre complicadas... tens de ter calma e paciência. No fim,tudo terá um sentido qualquer :)