Aproveitando a gratuitidade das sextas-feiras à noite, ontem fui a Alcântara, ao Museu do Oriente. Não conhecia o museu, inserido na Fundação Oriente, que perfaz trinta anos neste mesmo ano, em 2018. O museu é interessantíssimo, dividido em vários pisos, com um espólio assinalável que vai atravessando a presença portuguesa na Índia, na China, no Japão, em Timor, nas Coreias, na Birmânia, em Macau (aqui individualizando do restante território da RPC), por aí.
Frequentemente lembramo-nos da nossa presença nas Américas e em África, esquecendo o que o Oriente representou para nós durante séculos, quer na busca por riquezas, quer na evangelização daquelas civilizações milenares. As trocas, comerciais e culturais, enriqueceram-nos mutuamente, e o museu é um testemunho disso. Só tenho a lamentar, não obstante ter por lá estado mais de duas horas, não ter visto tudo com mais calma. Não deixem de visitar a mini-exposição, no piso -1, sobre a primeira gramática portuguesa e o início da colonização do Brasil - João de Barros, historiador e autor da nossa primeira gramática. No piso 2, terão uma exposição sobre a ópera chinesa, um encanto. Nos pisos intermédios, a colecção permanente. No piso térreo, uma exposição de José de Guimarães, da colecção Kwok On. Deixo-vos algumas fotos.
Todas as fotos foram captadas com o meu iPhone. São minhas e de minha autoria. Uso sob permissão.
Todas as fotos foram captadas com o meu iPhone. São minhas e de minha autoria. Uso sob permissão.
Nunca lá fui, shame on me :(
ResponderEliminarAbraço e cuidado com o "Hugo" ehehehehehehehhehe
Se nem a "Giselle" me abalou, muito menos o "Hugo, hehe.
Eliminarum abraço, amigo.
Creio que não lhe terá escapado uma das mais interessantes coleções expostas no museu, como as peças de arte oriental provenientes do nosso antigo presidente, Manuel Teixeira Gomes - figura da nossa história que muito admiro, devo salientar.
ResponderEliminarAs caixas de rapé, os "Inro" e os "Netsuke" correspondem a uma das mais notáveis coleções que existem na Europa (é considerada a segunda mais importante).
Talvez até já conheça, mas sobre os Netsuke deixo-lhe aqui a referência de uma leitura que muito me impressionou, pois refere-se à ascensão e queda de uma ilustre família judia do centro da Europa, os Ephrussi, relato descrito por um dos descendentes, Edmund de Waal: "A Lebre dos Olhos de Âmbar".
Bom domingo
Manel
Sim, atentei nelas. A ver se lá volto nesta sexta, talvez, porque já cheguei tarde e queria ter visto tudo com mais atenção.
EliminarMuito obrigado pela sugestão. Não conhecia. O Manel não o saberá, mas só agora o Oriente começa a despertar-me alguma atenção. Os museus têm ajudado.
Perdão pela demora em aceitar o comentário. Uma excelente semana!