Este domingo, como se espera, também resolvi sair de casa, ainda que as nuvens ameaçassem acinzentar-me o dia. Deixemo-nos de rodeios: querem saber aonde fui. Pois bem, a escolha recaiu no Panteão Nacional, de manhã, e no Museu Nacional de Arqueologia, à tarde. Lados opostos da cidade. O primeiro, no Campo de Santa Clara; o segundo, em Belém.
Não conhecia o panteão, ou melhor, a Igreja de Santa Engrácia, que partilha o estatuto de panteão com o Mosteiro da Batalha e o Mosteiro dos Jerónimos, com este último desde há pouco tempo. A Igreja de Santa Engrácia, pelos quinhentos anos que mediaram o início e o fim da sua construção, entrou para a cultura popular através da famosa expressão "as obras de Santa Engrácia", ou seja, quando se demora muito tempo a terminar o que se começou. A sua mentora, a infanta Dona Maria (1521 - 1577), filha de Dom Manuel I, não poderia imaginar que a igreja teria de esperar por Oliveira Salazar para ver concluídos os trabalhos.
A igreja é imponente, e o interior não desilude de modo algum. Visitei os túmulos e os cenotáfios - o adro polémico que causou, e compreensivelmente, tanto burburinho pelos jantares. Subi as íngremes escadinhas até aos pisos superiores, que têm várias varandinhas. Ao cimo, como se sabe, temos a cúpula e o magnífico terraço, cuja vista é deliciosa. Pelo meio, encontramos ainda uma salinha com maquetes do monumento, pedras tumulares e fragmentos da igreja primitiva.
Já perto da cúpula, temos acesso ao terraço. A vista sobre Lisboa é deslumbrante.
Pela tarde, mas antes das 14h, fui ao museu de arqueologia, que estava em falta. É extraordinário. Embora tivesse conhecimento da riqueza do nosso solo no que respeita a registos arqueológicos, não julguei que o espólio fosse tão significativo.
O museu está dividido em salas. Em duas delas, não nos permitem tirar fotos de todo, nem sem flash. A sala do Egipto é a minha favorita, e justamente uma dessas.
Na primeira foto, temos a sala que fica imediatamente à nossa esquerda, no sentido da porta principal. É dedicada às idades do bronze e do ferro, com painéis interactivos, e também aos artefactos romanos e árabes, peninsulares. Na segunda foto, temos a ala romana. A escultura retrata Apolo, deus da beleza romano. Visitem-no, porque é interessantíssimo.
Tive ainda tempo, concluindo, para passear pelos jardins de Belém, que são sempre agradáveis. Deparei-me com esta feirinha. Vendiam de tudo.
E foi assim que se passou mais um domingo. O blogue não tem conhecido mais do que estes relatos, porque, a bem dizer, os passeios que tenho dado vêm ocupando os meus pensamentos, a par das leituras. Já tenho, nesse sentido, planos para o domingo que vem, que vocês saberão no devido momento.
Todas as fotos foram captadas com o meu iPhone. São minhas e de minha autoria. Uso sob permissão.
Uhmmmm estou a gostar desta tua nova faceta amigo :)
ResponderEliminarGrande abraço amigo
Não é nova. Falava era pouco disso. Este ano, decidi pôr-me a conhecer o que não conhecia.
Eliminarum abraço, amigo.
Que inveja de vocês que podem desfrutar permanentemente de toda esta riqueza cultural ...
ResponderEliminarOra, o Brasil também terá a sua riqueza!! :)
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