Mais do que nunca, o meu lado ligado às artes teatrais e cinematográficas tem estado em evidência. Na realidade, embora grande parte dos meus programas não seja partilhada por desinteresse alheio, remetendo-me para uma solidão forçada, não deixo de estar onde quero. Estando só, há um lado depressivo que desponta, pelo que procuro evitar passar grandes períodos na minha companhia, mormente se os que me rodeiam estiverem em amena cavaqueira.
O meu amigo (que já me pediu em namoro, mas isso agora não interessa nada, nas palavras da apresentadora...) desafia-me e eu, claro está, cedo. É uma oportunidade. Nesse sentido, estivemos juntos na peça "Amor e Informação", no Teatro Aberto. O elenco é conhecido. Ainda não sei se recomendo. Monótona não é, dadas as cenas em formato zapping. A peça é composta por uma sequência de pequenos trechos nos quais os actores se revezam em mil e uma personagens. Vários sentimentos se misturam. É longa, talvez demasiado para o meu espírito inquieto. Em todo o caso, fica a dica.
À saída, corremos à chuva. Nada romântico, portanto.
Este sábado, a escolha incidiu sobre o filme "Olhos Grandes", do Tim Burton, inspirado na história verídica de uma pintora estadunidense cuja autoria das obras foi fraudulentamente atribuída ao seu hediondo marido. E versa sobre esse quotidiano familiar e artístico, pejado de mentiras e engodos, na senda dos dramas que tanto aprecio (fujo de ficções como um rato de um gato). Recomendo a quem gosta deste tipo de filme. Vê-se bastante bem (se for de cabeça no ombro, melhor ainda, cof, cof, cof...).
E agora o que todos querem, não é mesmo? Em que pés isto anda... Bom, pediu-me em namoro, como referi acima, e eu disse que precisava de um tempo. Como bem se sabe, não acredito no amor, o que não me leva a duvidar do sucesso de algumas relações, atente-se. Só que àquilo a que chamam amor, eu dou outro nome. Enfim, remeto aos meus textos sobre o assunto.
Passar de mãos em mãos não é ideia que queira importar para a minha existenciazinha neste planeta. Daí que careça, ainda, de saber se é a tal pessoa que quero para estar perto de mim, colmatando as necessidades, que todos temos, de estima, atenção, carinho e companhia. Estamos em processo de conhecimento mútuo.
Sendo o risco grande, a cautela terá de ser maior.
Não me pareces nada seres pessoa para andar de mão em mão, não me pareces nada uma teres uma existenciazinha. Não me pareces nada que não acredites no amor. Um abraço grande.
ResponderEliminarPor não querer andar em experimentos é que pretendo acertar em cheio. E temo. Muito. Temo envolver-me e enganar-me. Ele está ciente disso. :)
Eliminarum grande abraço, Eolo.
Percebo o acertar em cheio num grande amor querendo evitar pequenos desamores. Mas lá diz o ditado popular, "quem não arrisca, não petisca". Se sentires que queres, o coração manda. Não vais conseguir controlar se vais sofrer ou não por dependeres de terceiros e o preço da solidão não se justifica.
EliminarÉ, deve ser assim. Sou inexperiente nestes campos, porém com uma certeza: terá de ser alguém que me estime. E com isto não quero dizer que mereço ser melhor tratado do que A ou B. Sei, todavia, que mereço um rapazito decente. :)
EliminarMereces quem te ame e quem te respeite e que te estimule a todos os níveis (não estou a ser ordinário). Já é muita coisa.
EliminarOh, muito obrigado, Eolo. É.. Ficar só não é bom. E envelhecendo torna-se pior. Falta muito, é verdade, mas consigo antever...
EliminarFiquei contente por saber.
ResponderEliminarNamoro? Aceita*, claro.
Namoro é... experimentar, dar, receber, trocar.
E só poderás saber se é 'a tal pessoa' se aceitares.
Um abracinho amigo.
P.
*tu é que sabes :)
Ainda está a correr o prazo para o vencimento da obrigação. :)
Eliminarum abraço, P.
Imaginas o meu sorriso quando li a tua resposta? Prazos :))) Só em direito...
EliminarFoi de orelha a orelha.
O rapaz vai insistir. Tenho a certeza.
E tu vais resistir?
'Carpe Diem'
Abraço amigo.
P.
Ele respeita-me. Veremos onde tudo isto me leva. É difícil resistir quando somos bem tratados.
Eliminarum abraço.
teatro recomenda-se, se bem que nos últimos tempos não tenha assistido a peças.
ResponderEliminarnão penses muito, deixa andar. pelas tuas palavras, parece-me um rapaz de boa têmpera. até esteve contigo no velório. não só nos bons momentos, mas também nos maus é que vemos o quão os amigos são importantes. amor, amizade, qualquer-coisa-que-toca-fundo... deixa-te levar. é bom :)
bjs.
Sim, de facto. Bom rapaz, é. Não o sendo, nem seria seu amigo. Tem sido uma presença importante. No entanto, preciso das minhas certezas. Não posso me entregar assim. Mas entendo o que dizes. Nestas coisas a razão nem sempre funciona como queremos.
Eliminarum beijinho.
Impossível escapares incólume a azares e más escolhas na vida.
ResponderEliminarSó te resta experimentar e descobrir :)
Pois é, a redoma de vidro provida pelos pais não dura sempre.
EliminarAcho que é a primeira vez que comento o teu blog, e o que me levou a fazê - lo foram umas certas palavras que aqui escreveste. Não as vou repetir, pois não é necessário. Aceitar namorar com uma pessoa não deve de ser um passatempo mas não é um contrato para o resto da vida. :-)
ResponderEliminarOlá, No Limite do Oceano. :)
EliminarNo meu caso, e ainda bem que falas em contratos, seria. Tirando o "peso dramático" de «para o resto da vida», até porque não há contratos ad aeternum. Não estamos para sempre vinculados a nada. No que diz respeito a relacionamentos, quanto a mim falo, gostaria de acertar. Preciso muito de estabilidade e todos os terrenos pantanosos assustam-me. :)
Se te sentes bem, experimenta, sem pensar muito antes, porque correr à chuva é tão bom quando se está apaixonado...
ResponderEliminarE até era chuva miudinha. :)
EliminarNamoro com teatro?! Estás muito à frente, anos de luz de muita gente
ResponderEliminarFiquei contente por saber das novidades ;)
Verdade! Se não deixares acontecer, nunca o saberás ;)
Grande Abraço amigo Mark(ito) ;D
Com teatro, com cinema... Temos nos revezado. :)
Eliminarum grande abraço, Francisco.
Ai, mas são progressos...
ResponderEliminarPela primeira vez falas na palavra "namoro", que ainda não foi aceite, mas pode vir a ser...
Muito bem!!!
:)
EliminarGostei: "Sendo o risco grande, a cautela terá de ser maior".
ResponderEliminarSe ele gostar mesmo de ti, vai saber esperar. Como a Terra para dar bons frutos precisa de ser tratada e adubada... Assim são as relações humanas.
Segue a tua intuição.
Abraço
Tens toda a razão. Passaram uns dias desde que escrevi este texto e houve algumas evoluções. Não tão positivas assim. Acho que era fogo demais para um pavio tão curto. Vivendo e aprendendo. :)
Eliminarum grande abraço, João Eduardo.
Querido Mar, a vida é feita para ser vivida. Se estamos cá agora, amanhã podemos não estar. Isto não quer dizer que tenhamos de viver a 1000%, mas creio que tu compreendes o que eu pretendo dizer. Por vezes temos de dar passos em falso. Por vezes temos de cair. É verdade. Eu sei que custa, eu sei que dói. Mas faz parte do processo do crescimento interior. Só assim poderemos amadurecer e ganhar experiência. Como tu disseste já e muito bem, tu não podes viver numa redoma de vidro por todo o sempre. Isso seria uma utopia. Não quer isto dizer que tens obrigatoriamente de "namorar" com alguém - quer dizer tão simplesmente que deves manter-te com o coração aberto para essa eventualidade. Não é uma fatalidade. É uma benção. Quando somos amados, acarinhados, é tão bom! Tu próprio sabes disso agora. ^^
ResponderEliminarLi que estes dias a coisa parece não ter evoluído positivamente. Fases boas e menos boas existem em todo o tipo de relações, bem como o criar de expectativas. Dar Tempo ao Tempo e saberem viver os momentos que passam juntos pode ser a melhor solução, enquanto se conhecem. Acima de tudo meu fofinho, não tenhas medo. Tu mereces ser feliz. E eu estou feliz por te ver feliz. Saudades tuas. ^^
Beijinho e abraço :3
Obrigado pelo apoio, João. És um querido.
Eliminarum abraço e um beijinho. *
espero que tenhas dito que sim :)
ResponderEliminarOlá, Miguel.
EliminarNem que "sim", nem que "não". :)
Ter tempo para se conhecerem é uma ótima saída! Boa sorte, espero que dê tudo certo! :)
ResponderEliminarAbraço!
Nem por isso, amigo Eros. As coisas não correram muito bem. Continuamos a falar, mas quebrou-se aquele entusiasmo que ainda havia aquando da publicação deste texto. E nem tive culpa.
Eliminarum grande abraço.
Acho que "processo de conhecimento mútuo" diz tudo. Abração Mark.
ResponderEliminarCreio que já findou esse processo, Namorado. E do que concluí, não gostei.
Eliminargrande abraço!