Esta semana levantou-se uma enorme polémica relativamente ao vídeo realizado por Maitê Proença, vídeo esse que satiriza Portugal, e que já tem mais de dois anos. Bom, a verdade é que desde que foi colocado na internet tem suscitado ondas de críticas que atingiram todo o país. Eu também assisti ao vídeo e confesso que concordo, em parte, com aquilo que foi dito, nomeadamente a incompetência dos portugueses e a sua incúria. A parte mais infeliz foi a polémica cuspidela na fonte do claustro do Mosteiro dos Jerónimos, ex-libris de Lisboa e símbolo dos Descobrimentos e identidade nacionais. Não foi de bom tom a atitude de Maitê, mesmo tendo a ideia de imitar a queda de água da fonte; ela deveria de saber que tal atitude poderia causar incómodo nos portugueses e originar falsas interpretações. É evidente que mais do que menosprezar os portugueses, a actriz pretendeu satirizar e brincar com aquilo que lhe pareceu mais óbvio: o estereótipo do português burro e ignorante. A mim não me atingiu minimamente; não gostei da cuspidela, mas de resto acho muito bem que haja sátira e humor em Portugal e sobre os portugueses. Este país, para além de todos os defeitos que tem, é demasiadamente negro e escuro. Sempre gostei da Maitê e do seu trabalho como actriz (jamais me esquecerei da Verinha da novela Da Cor do Pecado) e continuarei a gostar. Não será um vídeo patético que irá diminuir o seu valor enquanto actriz e escritora. Pelo contrário, a atitude de muitos portugueses que defenderam o seu patriotismo ofendendo a Maitê, revela uma enorme falta de respeito e de humor também.
17 de outubro de 2009
10 de outubro de 2009
Amália
Dia 6 deste mês fez 10 anos sobre a morte de Amália Rodrigues. Apesar de ser muito pequeno ainda, lembro-me perfeitamente que estava na carrinha do colégio, a caminho de casa, quando ouvi a empregada dizer: - " Morreu a Amália! ". E aquela expressão era como se tivesse partido alguém da família, alguém muito próximo. Quando cheguei a casa já os noticiários relatavam a morte da diva do Fado e sentia-se no ar um sentimento estranho de orfandade. Eu também fui absorvido por esse sentimento de tal forma que visualizo perfeitamente esse dia na minha cabeça.
Aprendi a gostar de Amália com a mãe, sempre fã dos fados, especialmente de Povo Que Lavas no Rio e Estranha Forma de Vida. E, apesar de não ser o estilo musical mais popular na minha faixa etária, a verdade é que gosto dos fados de Amália devido a terem uma portugalidade estranha, tão estranha quanto o Sebastianismo ou o velho do Restelo. Mas é esta estranheza que dá a identidade a um povo, a umas gerações.
Amália representou mais do que Portugal durante o Estado Novo; era a menina invejada, a dama inalcançável. Salazarista ou não, do seu talento ninguém pode duvidar. Encantou palcos em Portugal e no mundo com a sua voz única e os seus maneirismos inimitáveis.
O verdadeiro dom dos intérpretes musicais é precisamente esse: morrer fisicamente, mas não na memória e nos ouvidos do povo.
Pré-universitário
Dedico pouco tempo e espaço deste blog aos estudos, mas hoje resolvi escrever. Neste momento sou um rapaz pré-universitário que está no 12º ano e com a enorme responsabilidade de manter a média algo elevada (16,8) que me permitirá (ou não) entrar em Direito. O ano lectivo começou bem, sem incidentes. As minhas melhores amigas saíram, o que me desanimou um pouco, mas a vida continua. As professoras (são só senhoras) já as conhecia dos anos anteriores, o que é óptimo porque já me conhecem também, bem como às minhas características pessoais. Por enquanto estou a adorar as matérias e estou bastante entusiasmado, o que se torna essencial para manter o equilíbrio. Tenho alguns colegas novos, o que dá algum dinamismo às aulas.
Espero continuar a ser um bom aluno. Sempre o fui, espero continuar para bem da minha média.
Já me causou dissabores, mas a vida é mesmo assim. xD
PS: Espero que gostem deste meu registo mais informal. =)
4 de outubro de 2009
Aaliyah
Provavelmente não a conhecem, mas esta menina muito bonita e talentosa já não está entre nós desde Agosto de 2001, data em que morreu num trágico acidente de aviação com apenas 22 anos. Era uma cantora de R&B americana que estava a dar os seus primeiros passos no mundo da música. O destino não permitiu saber mais sobre ela.
Aaliyah (1979 - 2001).
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