21 de julho de 2025

A caça ao mouro.


   As pessoas -os autóctones- estão cansadas dos imigrantes e da criminalidade que lhes está associada. Recentemente, um grupo deles deu uma valente sova num idoso. Naturalmente, as pessoas da terra -Torre Pacheco, em Múrcia, Espanha- saíram às ruas a pedir justiça. Foram dias de muita agitação e distúrbios. Uma verdadeira batalha campal. Para a comunicação social tendenciosa e wokista, foi uma campanha da “extrema-direita”, daquilo a que eles chamam extrema-direita; na verdade, foi uma revolta da população de Torre Pacheco, extenuada pela violência e pela falta de resposta das autoridades.

   Estamos quase todos, no fundo, a um passo de pegar em armas e sair às ruas. Somos atacados na nossa dignidade por gente que vem, sabe-se lá de onde, provocar o caos e a desordem. Gradualmente, chegam, implantam-se, reproduzem-se como coelhos, e um dia seremos uma minoria na Europa. É já uma realidade. Pelo menos aqui em Espanha, ver mulheres de lenço na cabeça tornou-se de tal forma vulgar que ninguém se espanta. Portugal vai pelo mesmo caminho, afinal, se não são marroquinos, são paquistaneses, africanos, latino-americanos, ou seja, uma amálgama de raças que vai deixar bem pouco da nossa cultura.

   Situações como aquela ocorrida em Torre Pacheco tornar-se-ão cada vez mais comuns. Chegaremos às rebeliões armadas. Não quero ficar conhecido como o profeta da desgraça, mas realmente não é preciso ser-se dotado de capacidades paranormais para se adivinhar o que nos espera. E não é bom.


5 de julho de 2025

Diogo Jota & André Silva.


    Diogo Jota era um nome conhecido de todos nós. Internacional português, figura incontornável da Selecção Nacional e do Liverpool, vivia o auge da sua carreira desportiva, um daqueles raros momentos em que o talento, o esforço e a oportunidade se encontram e brilham. Casado há apenas duas semanas, vivia também o melhor período da sua vida pessoal, ao lado da mulher com quem teve três filhos, todos eles pequenos: um menino de quatro anos, outro de dois, e uma bebé de apenas oito meses. Agora, essa mulher fica sozinha, com a responsabilidade de criar os seus filhos e a dor insuportável de uma perda sem nome. Porque perder o amor da nossa vida assim, de repente, é algo para o qual ninguém está preparado. Eram namorados desde adolescentes.

   André Silva, o irmão, jogava no Penafiel. Menos conhecido, mas com igual paixão pelo futebol. Também ele via a vida pela frente, também ele com sonhos, com família, com planos. E agora também ele parte, tragicamente, ao lado do irmão com quem partilhou a infância, o sangue, os afectos e, tristemente, a morte.




   Os pais de Diogo e André ficam sem filhos. Tinham apenas aqueles dois. Imaginar essa dor é impossível. É uma ferida que não cicatriza, uma ausência que grita, um silêncio que vai acompanhar o resto dos seus dias. Nada pode preparar uma mãe ou um pai para sepultar os dois filhos ao mesmo tempo.

  Estamos perante uma perda imensa. Uma família destruída. Um país em choque. Uma estrada que leva duas vidas que ainda tinham tanto por viver. E nós, que cá ficamos, tentamos encontrar sentido numa tragédia que não faz sentido nenhum. Ironia das ironias, os dois irmãos perderam a vida numa localidade que não fica assim tão longe de onde eu moro: Sanabria, aqui ao lado, na província de Zamora. Conheço a auto-estrada onde se deu o fatídico acidente. Passo por lá várias vezes.

   Que Diogo e André descansem em paz. E que os seus nomes fiquem para sempre ligados não apenas ao talento que mostraram em campo, mas à beleza da sua ligação fraterna e à brutalidade da injustiça que os levou.