17 de junho de 2017

Feira do Livro.


    Na passada quinta-feira, dirigi-me uma vez mais à Feira do Livro. Ano após ano, sempre que posso acabo por passar por lá. Quando estudava, os descontos da Almedina e da Coimbra Editora eram bastante apelativos. Adquiria livros caríssimos com descontos de encher a vista. Nos anos mais recentes, e deixando o Direito de lado, fui percebendo que os alfarrabistas valiam a pena, enquanto que as grandes editoras praticavam preços exorbitantes para um conceito de feira. Soube - é verdade, foi uma novidade para mim - da dita happy hour, a determinados dias da semana e a um horário específico - com livros a cinquenta por cento de desconto imediato, com o senão de obrigatoriamente a primeira edição remontar a um período superior a dezoito meses. Bom, nenhum problema de maior por aí.

    Cheguei pelas nove e pouco, após ter subido a Avenida, bebi um café e pus-me a vasculhar. Pouco demorei. Muni-me logo de uma obra de Haruki Murakami, tão afamado e de quem nunca li nada, e de um romance histórico de Miguel Real. O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo e A Guerra dos Mascates. Quis comprar algo que envolvesse História, sendo ficção. Ambientado, digamos. Creio que terei feito boas compras. Ainda não lhes peguei. Pretendo começar pelo livro de Miguel Real, porque deposito maiores expectativas na obra de Murakami. E os livros vêm a calhar, uma vez que terminei há dias um dos clássicos de Saramago, que deixei a meio, algures por Fevereiro, por puro e assumido tédio. Venho fazendo uma colecção de livros, que se lêem numa tarde, e portanto tenho tido a mente ocupada.

     Sou muito metódico nos custos. Uns chamam-me forreta. Aceito a crítica, mas não corresponde à verdade. Simplesmente sei poupar e gosto de o fazer. Custa-me, digo-o frontalmente, gastar dinheiro na alimentação e em transportes. Em livros, no cinema, no teatro, numa exposição, em tecnologia que me faça falta e por aí, considero um bom investimento e dou o esforço por merecido. Contudo, divirto-me com conta, peso e medida. Tenho saído várias vezes, jantado fora de casa inúmeras, e não choramingo. Sei, entretanto, o meu limite. Hoje mesmo, para concluir, fui à Mouraria, petisquei, assisti ao bailarico e consegui divertir-me. Tenho um amigo a trabalhar por lá neste período das festas. Foi giríssimo. Só lamento que, por motivos logísticos, não tenha podido adiantar-me para lá da meia-noite - noitadas, como havia dito, não se repetirão de ânimo leve.

8 comentários:

  1. Andas muito saído :)

    Tudo é um bom investimento desde que tenhas prazer em fazê-lo

    Por isso há quem pague mil euros por um fato, e outros paguem os mesmo mil euros por um jantar :)

    Tudo depende daquilo que queiras levar contigo um dia :)

    Não estou a criticar em nada as tuas opções, somos amigos e temos pontos de vistas bem diferentes mas muito interessantes ao mesmo tempo :)

    Grande abraço amigo

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    1. Lá isso é verdade. Quanto a mim, não me dá prazer algum pagar dois euros por um refrigerante. É um roubo.

      Heheh, não podemos ser todos iguais. :)

      um abraço grande, amigo.

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  2. Não sou sovina ou mão de vaca [como se diz por aqui], gasto no que eu gosto de gastar mas claro que tenho meus limites de bom senso.
    Vez ou outra cometo abusos e aí sim ... fico a matutar comigo ... rs

    Beijão

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    1. Aqui também usamos o termo "sovina". :)

      Este ano tenho abusado...

      um beijo, amigo.

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  3. Concordo contigo e com o Paulo. Tenho noção dos gastos, do que posso gastar embora por vezes me permita alguma "excentricidade". [risos]
    Gastar dinheiro em Cultura, em determinadas viagens e em actividades/formações para abrir os meus horizontes pessoais - é onde dou a minha preferência.

    Abraço e bom domingo! :)

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    1. Exacto. Gastar naquilo que nos enriquece.

      um abraço e um bom domingo, amigo. :)

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  4. Olhe Mark veja lá a coincidência é mesmo este (A Guerra dos Mascates) o livro que tenho cá em casa ainda para ler.
    A ver se depois trocamos de impressões após lermos a obra. :)

    Em relação ao termo "forreta", a sua aplicação tem mais a ver com o contexto ... quando se retira o contexto retira-se o cerne da questão mas aceito que pontos de vista diversificados são mesmo isso... o que não invalida que possam enriquecer a nossa visão sobre uma multiplicidade de aspectos.

    Beijinhos e bom fim de semana Mark ;)

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