13 de dezembro de 2017

Dois turistas em Lisboa.


   Na segunda-feira, o meu amigo chegou do estrangeiro. Fui esperá-lo ao aeroporto. O vôo veio atrasado. Adiaram-no uma hora, de início, e atrasou durante a viagem em mais uns quarenta anos, até que, por fim, lá o avião aterrou. O meu amigo, o M., reservou um quarto num hotel muito bem situado, na baixa, e nem se sentia cansado. A ânsia de passear era tal que fomos só deixar a sua bagagem ao quarto e descemos de imediato. Andei com ele pelo Chiado, pelo Rossio. Mostrei-lhe o que ali há para ver, já de noite, claro, mas o que agora até se torna positivo pela iluminação natalícia que decora a cidade e pelas feirinhas de Natal. Entrámos na livraria Sá da Costa, mítica, e subimos ao segundo andar. Há uma pequena exposição de azulejos antigos, a par de uma loja que os vende, bem como a painéis e a outros artefactos. Ainda fomos ao Príncipe Real. Levei-o ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, em passagem.

    Já ontem, terça, e em virtude de ter ido à casa do meu pai, só nos encontrámos de tarde. Passeou sozinho, mas de dia, pela baixa, tirando inúmeras fotos. Juntei-me a ele pelas 16h, levando-o de seguida ao Parque das Nações, uma zona oriental sobre a qual ele tinha alguma curiosidade. Por lá jantámos. Fizemos todo aquele caminho junto ao Tejo. No regresso à baixa, passámos pela Santini e deliciámo-nos com os melhores gelados da capital (manga com amendoim é indescritível de bom!).

    Hoje, levá-lo-ei a Alcântara e a Belém. Faremos esse percurso. Quero ver se ainda conseguimos ir ao Castelo de São Jorge. Tudo depende do seu interesse. Queluz, Mafra e Sintra também pairam no ar. Vamos ver.

    O M. veio especialmente para estar comigo, para conhecer Lisboa e, claro está, para participar no jantar de Natal de sábado. Tudo combinado. Está expectante, e eu também, confesso.

    Lisboa é tão encantadora que até eu, que aqui nasci, me sinto um turista. Há tanto para explorar, para ver, ainda que em repetição. Uma semana intensa, para desfrutar em boa - e saudável - companhia. O M. é muito bom rapaz. Estou de tal modo cansado de gente com mau carácter - e este ano foi profícuo em desencantar algumas dessas personagens - que os dias têm passado com uma leveza extraordinária que há muito não sentia. As pessoas boas tornam-nos melhores. As más só fazem despertar más energias, péssimos sentimentos, e trazem inquietação. E, por hoje, respiro fundo, tranquilamente. 

10 comentários:

  1. Adoráveis estes encontros. Adoro ciceronear amigos aqui em BH.

    Beijão

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  2. É uma óptima fase, aproveita-a bem! Até sábado! ;)

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  3. É optimo seres turistas na nossa própria cidade :) bons passeios

    Abraço amigo

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  4. Olá, Mark.
    Vós turistas em Lisboa, eu fui turista pela Ásia nestas últimas semanas e só agora me liguei aqui e vi o teu comentário no meu canto acerca de um convite. De que se trata? (era sobre o jantar de Natal?)

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    Respostas
    1. Era, era um convite para o jantar. Já foi. :)

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    2. Desculpa, estive ausente do país...

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    3. Pois. :( Pode ser que venhas a Lisboa um destes dias.

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