20 de janeiro de 2024

Londres (IX).


   Novamente num circuito mais comercial, fomos, naquele oitavo dia, ao Madame Tussauds de Londres. Há vários espalhados pelo mundo. São museus de cera, nos quais se retratam personalidades do mundo da música, desporto, política, história. Não é um museu gratuito; pelo contrário, foi o mais caro de todos quantos paguei para ver em Londres. Se vale a pena? É um museu de bonecos de cera. Depende do interesse que cada um tenha neste tipo de actividades. É totalmente mainstream. Tem um comboio que faz um percurso pela história de Londres através do recurso a várias reconstituições históricas. Além disso, têm uma parte dedicada à saga Star Wars e uma outra a Jack, o Estripador e outros criminosos ingleses. Os bilhetes são muito caros, como referi, o que ainda assim não desmotiva as pessoas. São filas e mais filas. A bem dizer, a afluência é comum em todos os pontos turísticos de Londres.


David Bowie. De cera, claro


    Da parte da tarde, tive um encontro extremamente agradável com um amigo que já não via há uns bons anos. Proporcionou-se ele estar por Londres naqueles dias e combinámos ver-nos no Tate Modern, o museu de arte moderna de Londres. Apresentei-o ao M., que ficou com boa impressão do meu amigo. É um excelente rapazito.


Babel, 2001, de Cildo Meireles


O edifício do Tate Modern, às margens do Tamisa


     Não gosto particularmente de arte moderna. Em todo o caso, não quis ir a Londres sem passar pelo Tate Modern. Pareceu-me desperdiçar uma oportunidade, boa ou má. Não deixa de ser enriquecimento pessoal, e até me surpreendeu pela positiva. Gostei de uma escultura, se se pode chamar assim, de rádios. Uma alegoria à comunicação humana. Tanta informação e, não obstante, cada vez menos nos entendemos, tal como a bíblica Torre de Babel, episódio que nos conta que Deus, para impedir que os homens erguessem uma torre com a qual chegassem ao céu, os fez falar línguas diferentes para não se entenderem entre si. O Tate Modern é gratuito e dispensa a aquisição antecipada dos bilhetes. Entra-se e pronto.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

4 comentários:

  1. Confesso que tinha N curiosidade com museu "Madame Tussauds" foi o único que entrei porque tive um sabor agridoce. Algumas figuras de cera estavam muito bem feitas, e que parecem reais outras nem por isso (mera opinião minha). Anos mais tarde, fui ao museu de cera de Fátima, creio que já fechou por falta de adesão de pessoas e confesso e que sei que estou a comparar coisas distintas (as minhas desculpas desde já) mas se me desse a escolher entre voltar a um e a outro não teria a menor dúvida em qual escolheria...

    Arte Contemporânea não é fácil de avaliar, porque depende do nome do artista e das pessoas com dinheiro que dizem que é bom ou mau... Tens um vídeo numa escola em Espanha com crianças que pintam com as mães e depois tens ilustres que dariam 15 a 20 mil euros pelo desenho/quadro lolololol

    Temos de parar, tentar perceber o que o artista quis ou quer dizer e por vezes até temos uma outra interpretação (pouco importa se está certa ou errada, é a nossa visão/pensamento) que o artista nem tinha pensado e que até podemos dar um maior contributo à obra (uhau até parece que sou um especialista na coisa) hihihihihihhihihihihi

    Mas, haja amigos/ conhecidos com dinheiro que comprem e divulguem a peça de arte ehehehehehehehehehehehehe

    Abraço amigo

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    1. Francisco,

      Obrigado pelo teu comentário. A arte contemporânea realmente não é a minha praia. O museu de cera, digamos que não quis deixar de o visitar passando por Londres.

      Um abraço,
      Mark

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  2. Vi o Tussauds uma única vez (assim como o Grévin em Paris), mas só porque, em ambas as cidades, estava acompanhado de alunos, e eles faziam questão de fazerem a visita. Quando estive com alunos em Barcelona recusei peremptoriamente fazê-lo ... já chegava de "macacada" .... eles que fossem sozinhos, se o queriam tanto. No entanto não perdi a visita ao célebre bar "Bosc dels Encants" que está adjacente ao museu de cera de Barcelona, e que é de verdade um "encanto".
    Os museus considerei-os uma perda de tempo e de dinheiro. É coisa que não tem qualquer interesse e dispenso completamente. Eu nem pelas figuras do jet 7 reais me interesso, quanto mais por elas em cera!!!!! Brrrrrrrrr
    Quanto à arte contemporânea abordo-a de uma forma profissional (visto ter sido professor de história de arte durante tantos anos), mas não me move e não me emociona.
    Há artistas de quem gosto muito, como Paula Rego, Chagall, Klimt, Botero (sei que já estão todos mortos, sim!), mas isto não me dá o direito de dizer que a arte contemporânea me move. Simplesmente a acho fundamental para perceber o tempo em que vivemos, e compreender o que faz mover tanta gente, mas sou um pouco neutro nesta temática.
    Cumprimentos por um périplo bem delineado.
    Numa próxima deixe-se levar pela aventura, sei que faz medo numa terra e numa cidade estranhas, mas se o fizer com um risco calculado, e algum trabalho prévio, verá que não se arrepende
    Manel

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    1. Manel,

      O primeiro que me ocorre é: quem me dera ter tido um professor ou uma professora que me levasse ao estrangeiro. Lol Bem, talvez esteja a ser injusto: a minha professora de História do Secundário levou-nos a uma reconstituição histórica na fronteira com Espanha, uma reconstituição duma batalha qualquer no contexto das Guerras Napoleónicas.

      Ah, mas eu gostei de tudo quanto fiz em Londres (e ainda não terminaram os relatos). O deixar-me levar dá-me medo. Imagine que fico horas por ruas e ruelas sem interesse? Isso para o meu TOC seria terrível, embora as ruas e ruelas também não deixem de ser conhecer, “turistar”.

      Cumprimentos,
      Mark

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