Para encerrar esta leva de publicações sobre Londres, queria antes de mais dizer que adorei a cidade. Londres não se conhece em dez dias. Torna-se necessário (para quem prefere não ir à aventura) fazer um plano, e algo sempre fica de fora. Sofro de TOC, não é novidade, e isso leva-me a ser muito organizado. Vejo-me incapaz de viajar sem um plano de locais a visitar e respectivos bilhetes comprados. Ir às cegas não é para mim. Não conseguiria. Acho que seria tomado por uma crise nervosa qualquer.
Quando elaborei o plano, sabia que não conseguiríamos visitar todos os monumentos e locais da cidade. Procurámos fazer o imprescindível, e houve outro tanto imprescindível que não fizemos. Por um lado é bom, porque nos obriga a regressar. Conforta-me saber que, uma vez mais, cumprimos com o plano. O que levámos (e vai escrito e imprimido mesmo), foi feito.
Além disso, eu distingo o turismo de Verão do turismo cultural. Eu, no Verão, gosto de ir para a praia. Procuro não me comprometer com nada cultural. É para o bronze, é para o bronze. É forma de falar, porque do que eu gosto mesmo é de nadar e contemplar o mar. Isso não significa que, por exemplo, no primeiro ano em que fui para a Gran Canaria não tenha reservado um dia para conhecer Las Palmas, uma das capitais do arquipélago (a outra é Santa Cruz de Tenerife). Já no Inverno, quando geralmente temos mais duas semanas, escolho um destino qualquer para enriquecimento pessoal, e não dou descanso. É a dar-lhe todos os dias, sem parar. Não há cá tempo para dormir muito.
Londres era uma das cidades que tinha mesmo de conhecer. Mesmo, mesmo. É multicultural, enorme, com um metro que funciona lindamente. Os ingleses são educados, receptivos. Senti-me incrivelmente seguro para uma cidade tão grande e tão densamente povoada. Foi muito bom.