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24 de janeiro de 2024

Londres (XI).


   Para encerrar esta leva de publicações sobre Londres, queria antes de mais dizer que adorei a cidade. Londres não se conhece em dez dias. Torna-se necessário (para quem prefere não ir à aventura) fazer um plano, e algo sempre fica de fora. Sofro de TOC, não é novidade, e isso leva-me a ser muito organizado. Vejo-me incapaz de viajar sem um plano de locais a visitar e respectivos bilhetes comprados. Ir às cegas não é para mim. Não conseguiria. Acho que seria tomado por uma crise nervosa qualquer. 

   Quando elaborei o plano, sabia que não conseguiríamos visitar todos os monumentos e locais da cidade. Procurámos fazer o imprescindível, e houve outro tanto imprescindível que não fizemos. Por um lado é bom, porque nos obriga a regressar. Conforta-me saber que, uma vez mais, cumprimos com o plano. O que levámos (e vai escrito e imprimido mesmo), foi feito.

   Além disso, eu distingo o turismo de Verão do turismo cultural. Eu, no Verão, gosto de ir para a praia. Procuro não me comprometer com nada cultural. É para o bronze, é para o bronze. É forma de falar, porque do que eu gosto mesmo é de nadar e contemplar o mar. Isso não significa que, por exemplo, no primeiro ano em que fui para a Gran Canaria não tenha reservado um dia para conhecer Las Palmas, uma das capitais do arquipélago (a outra é Santa Cruz de Tenerife). Já no Inverno, quando geralmente temos mais duas semanas, escolho um destino qualquer para enriquecimento pessoal, e não dou descanso. É a dar-lhe todos os dias, sem parar. Não há cá tempo para dormir muito.

    Londres era uma das cidades que tinha mesmo de conhecer. Mesmo, mesmo. É multicultural, enorme, com um metro que funciona lindamente. Os ingleses são educados, receptivos. Senti-me incrivelmente seguro para uma cidade tão grande e tão densamente povoada. Foi muito bom.

21 de janeiro de 2024

Londres (X).


   Este monumento do qual lhes falarei em seguida, a St. Paul Cathedral, surgiu da necessidade de completar mais uma manhã em Londres, e é altamente recomendável. É absolutamente divina. Catedral, divino. Bastante apropriado. A sua cúpula é bastante distintiva, e a glória que foi ganhando entre os britânicos, a Catedral, levou-a a ser palco de grandes eventos pela positiva, como o casamento do então Príncipe de Gales, hoje Rei de Inglaterra, Carlos, com Diana Spencer, e pela negativa, os funerais, designadamente, de Winston Churchill e Margaret Thatcher.


Extraordinária cúpula 

O famoso púlpito em que discursou Martin Luther King


   A Catedral de São Paulo é lindíssima. O coro, o transepto, a cúpula (desde dentro, impressionante), as criptas e, inclusivamente, o pináculo, onde se pode subir. Através de umas escadinhas de ferro em caracol, empinadas, que amedrontam, podemos ascender ao ponto mais elevado da estrutura, cujas vistas sobre Londres são maravilhosas. O M. não o quis fazer. Tem vertigens. Num primeiro momento, também me neguei, por medo daquelas escadas tão íngremes; depois, revesti-me de coragem e lá fui eu. Àquela altitude, fazia um frio enorme, que me levou a trazer de volta uma constipação valente…


Pormenores


O relógio visto desde o topo


     À tarde, fomos à Tower Bridge. A ponte da torre é uma das várias pontes que unem os dois lados do rio, no entanto, é a mais conhecida. Naturalmente, já a conhecêramos por fora num dos inúmeros passeios que fizemos à beira-rio. Neste dia, fomos ao seu interior. Conhecemos os detalhes da sua construção, e pudemos desfrutar (eu, que o M. teve medo) de uma vistas fantásticas, não só desde as janelas como também de uns vidros fortemente revestidos, no chão, que nos permitem observar o movimento peatonal e automobilístico na ponte. Eu tivera uma experiência semelhante, pisando um vidro, na Ponte 25 de Abril. Subi ao elevador da ponte e andei sobre um vidro resistente. 


A Tower Bridge

A alguns pode-lhes dar medo, como ao meu marido


     Faltou acrescentar que quer a Catedral de São Paulo, quer a Torre da Ponte são monumentos de visita paga.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

20 de janeiro de 2024

Londres (IX).


   Novamente num circuito mais comercial, fomos, naquele oitavo dia, ao Madame Tussauds de Londres. Há vários espalhados pelo mundo. São museus de cera, nos quais se retratam personalidades do mundo da música, desporto, política, história. Não é um museu gratuito; pelo contrário, foi o mais caro de todos quantos paguei para ver em Londres. Se vale a pena? É um museu de bonecos de cera. Depende do interesse que cada um tenha neste tipo de actividades. É totalmente mainstream. Tem um comboio que faz um percurso pela história de Londres através do recurso a várias reconstituições históricas. Além disso, têm uma parte dedicada à saga Star Wars e uma outra a Jack, o Estripador e outros criminosos ingleses. Os bilhetes são muito caros, como referi, o que ainda assim não desmotiva as pessoas. São filas e mais filas. A bem dizer, a afluência é comum em todos os pontos turísticos de Londres.


David Bowie. De cera, claro


    Da parte da tarde, tive um encontro extremamente agradável com um amigo que já não via há uns bons anos. Proporcionou-se ele estar por Londres naqueles dias e combinámos ver-nos no Tate Modern, o museu de arte moderna de Londres. Apresentei-o ao M., que ficou com boa impressão do meu amigo. É um excelente rapazito.


Babel, 2001, de Cildo Meireles


O edifício do Tate Modern, às margens do Tamisa


     Não gosto particularmente de arte moderna. Em todo o caso, não quis ir a Londres sem passar pelo Tate Modern. Pareceu-me desperdiçar uma oportunidade, boa ou má. Não deixa de ser enriquecimento pessoal, e até me surpreendeu pela positiva. Gostei de uma escultura, se se pode chamar assim, de rádios. Uma alegoria à comunicação humana. Tanta informação e, não obstante, cada vez menos nos entendemos, tal como a bíblica Torre de Babel, episódio que nos conta que Deus, para impedir que os homens erguessem uma torre com a qual chegassem ao céu, os fez falar línguas diferentes para não se entenderem entre si. O Tate Modern é gratuito e dispensa a aquisição antecipada dos bilhetes. Entra-se e pronto.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

19 de janeiro de 2024

Londres (VIII).


   Sabem o filme Notting Hill? Eu conhecia-o de nome. Vi-o já depois de regressar a Espanha. Se não o viram, é um melodrama. Não sei se valerá muito a pena. Isto porque o sétimo dia levou-nos ao famoso bairro de Notting Hill onde foi rodado o filme com Julia Roberts e Hugh Grant. O bairro é bonito, naturalmente, embora seja um percurso mais comercial.


Tem o seu encanto


    O que mais me chateia no meio de tudo, e compreendo que seja comum nas grandes metrópoles como Londres, são as hordas de fotografeiros. Eu chamo-os assim, de forma despectiva, porque realmente são do pior que há. Não se consegue fazer nada tranquilamente, em interiores ou exteriores. Eu também fotografo, se bem que o faço mais para relato do périplo do que propriamente para gozo pessoal.


A livraria onde as personagens de Roberts e Grant se conhecem


   Notting Hill tem aquelas casinhas coloridas simpáticas, e um mercado de antiguidades na avenida principal que aglomera muita gente, e nós, salvo erro, fomos num sábado - o dobro das pessoas.


Notting Hill também é conhecido pelos seus mercados de rua


     Como seria de se esperar, é o filme que atrai toda aquela gente ao bairro. A mim, de certa forma, atraiu-me a atracção que suscita, por dizer assim.


Perante a impossibilidade de lhes poder mostrar melhor a sede do poder britânico, fica uma foto da entrada (já dentro do palácio de Westminster)


  À tarde, regressámos a Westminster, desta feita para ver o parlamento britânico por dentro. Entradas pagas. Fotografias proibidas, excepto nas antecâmaras. Compreende-se. Por razões de Estado, não querem que fotos das câmaras dos Comuns e dos Lordes pululem pelas redes. Retira dignidade ao órgão. Os portugueses, nisso, são menos susceptíveis, e cada um fotografa o que quer em São Bento. Eu agradeci, porque finalmente pude desfrutar dum espaço sem que alguém se atravessasse diante de mim para conseguir um melhor ângulo…


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

18 de janeiro de 2024

Londres (VII).


  Depois de alguns dias no exterior, no sexto dia em Londres decidimos voltar aos museus, e, claro, faltava conhecer um dos mais famosos, a National Gallery. Eu, devo dizer, fiquei desapontado. Senti-me defraudado. Em termos de qualidade, fica muito aquém do Museu do Prado, em Madrid, que também conheço, e, pelo que me consta, do Louvre.


Matrimonio Arnolfini, 1434, Jan van Eyck, óleo sobre tabla (é um dos quadros mais famosos de toda a galeria)


   E mesmo estando um pouco cansado (Deus me perdoe!) de arte sacra, a parte do museu que mais me seduziu foi exactamente o piso dedicado à pintura religiosa bizantina.


The Madonna of Humility, Lippo di Dalmasio, circa 1390


  A National Gallery, ao ser outro museu gratuito, está repleto de gente. Eu aconselhá-los-ia a, mesmo assim, adquirir o bilhete pela internet. Eu fi-lo e pude evitar a longa fila que contornava a Trafalgar Square. Bem a propósito, convém que o façam em todos os museus gratuitos. Ainda que o sejam, em alguns exigem a aquisição antecipada de bilhete.


Foto panorâmica a um dos recintos 


 Perfeito para um dia de chuva (e os dias molhados são comuníssimos na capital inglesa), a Galeria Nacional levar-lhes-á todo um dia para ver com calma. Desfrutem da fantástica cafetaria, de preços exorbitantes, já se sabe, mas um dia não são dias.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso son permissão.

17 de janeiro de 2024

Londres (VI).


   Greenwich foi o nosso destino no quinto dia. Pela primeira vez, afastámo-nos ligeiramente da cidade. A localidade não dista muito de Londres. Uns 7km sensivelmente. Apanhámos uma linha de metro de superfície muito eficiente - aliás, o metro em Londres é caótico devido à afluência, mas funciona muitíssimo bem. Muito diferente do de Lisboa, portanto.


O barco-museu Cutty Sark


  Em Greenwich, quisemos ir, naturalmente, ao Real Observatório para ver o meridiano. O meridiano de Greenwich é o mais famoso, uma vez que delimita os fusos horários, e o português é regido por ele, embora a linha imaginária não passe em território português. É uma linha que cruza o planeta de forma vertical, uma de muitas. Contudo, a par do meridiano, há o barco Cutty Sark, que também se pode visitar. Sucintamente, foi um barco que fez a rota do chá entre a Inglaterra e a China. Hoje está transformado em barco-museu.


O local no solo onde está assinalado o meridiano


    Poderão, de igual modo, passar pelo Old Royal Naval College e pelo Museu da Marinha. Nós entrámos neste último de forma muito fugaz.


O Old Royal Naval College



Este relógio foi recolhido do Titanic, e supõe-se que marca a hora do naufrágio


     Da parte da tarde, e de volta a Londres, fizemos o percurso pelos bairros de Mayfair e Belgravia, ou seja, andámos a pé. São bairros famosos por neles residirem personalidades importantes, bem assim como pelas embaixadas estrangeiras que se situam por lá. Uma vez que estávamos na época natalícia, foi bastante agradável ver as belas decorações de Natal de Mayfair e Belgravia.


Uma das ruas 


A Catedral de Westminster 


   Deambulando pelas suas ruelas, deparámo-nos com uma igreja jesuíta -católica, portanto- muito interessante. Entrámos, um pouco depois, na Catedral de Westminster, que não deve ser confundida com a Abadia (de que vos falei ontem). A Catedral de Westminster é um templo católico, o maior de Londres.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

15 de janeiro de 2024

Londres (V).


    Quarto dia na capital inglesa. À primeira hora da manhã, fomos ver, por fora, o Palácio de Westminster, com o famoso Big Ben, que na realidade se chama Elizabeth Tower. É talvez um dos maiores ex libris de Londres.


É tão lindo o Palácio de Westminster 


   Como nada sucede por acaso, o que nos levou a Westminster naquele dia foi a Abadia, que visitámos por dentro e cuja entrada é paga. Diminui ligeiramente a afluência, no entanto, sendo um dos monumentos mais cobiçados, também tem bastantes turistas. A Abadia de Westminster é a maior do estilo, anglicana, e lá poderão encontrar vários dos túmulos dos mais conhecidos monarcas ingleses, nomeadamente de Maria e Elizabeth Tudor, últimas monarcas da dinastia, as desavindas irmãs em vida por questões religiosas que, por fim, repousam lado a lado. Por mais uns euros, temos um áudio-guia que nos vai acompanhando ao longo do trajecto, e somos nós que controlamos a “velocidade” da visita.


A Abadia de Westminster 


Túmulo de Elizabeth I


    À tarde, fomos à não menos famosa Torre de Londres. A Torre de Londres (que na verdade é um complexo de torres) ficou conhecida pelo seu lado macabro de prisão política. Henrique VIII, e não foi o único, para ali enviou Ana Bolena e todos quantos quis fazer desaparecer, ele que foi o mais absoluto de todos os monarcas ingleses. A Torre leva bastante tempo a ver (será melhor que reservem uma tarde), porque realmente tem muitas câmaras. Alberga, além disso, as jóias da coroa britânica (sim, as coroas e as jóias que os vemos ostentar nas cerimónias mais importantes). É paga, igualmente. As fotos às jóias estão proibidas.


Ana Bolena, executada em 1536
 

A Torre Branca


    Por curiosidade, conseguimos ver o render da guarda durante a visita. Foi extremamente curioso. Nunca antes tinha visto. Simbolicamente, numa parte do terreno, assinalam-se os nomes dos mais célebres prisioneiros executados, cuja foto reproduzo acima.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

13 de janeiro de 2024

Londres (IV).


   O nosso terceiro dia em Londres foi dedicado, pela primeira vez, a explorar verdadeiramente algo da cidade. De manhã, começámos por voltar ao Hyde Park para ver o memorial à Princesa Diana, que contudo estava fechado. Aquilo tem um mecanismo de água, uma fonte, que estava em obras. Contudo, no chão, há um género de sinais, ou placas, que nos avisam da proximidade ao memorial. O memorial não foi o único motivo que nos levou até lá. Quisemos visitar o parque de dia, afinal, é um dos mais emblemáticos da cidade.


Ao longo do parque vamos vendo vários destas placas 


O Hyde Park


   Pouco depois, fomos a Camden Town. Este é um dos bairros mais famosos de Londres, conhecido pelos seus mercados de rua e também por ter sido o bairro de Amy Winehouse. A cantora frequentava-o, trabalhou em bares da zona e, já famosa, continuava a frequentá-los. Não raras vezes a viam por lá, pagando inclusive a conta a alguns clientes. Aliás, é comum ver-se gente famosa em Camden.


Estátua dedicada a Amy Winehouse 


Os mercados de Camden Town


    À tarde, fomos passear pela zona de Trafalgar Square, St. James Palace, Buckingham Palace, enfim, conhecer os imprescindíveis. Naturalmente não entrámos no Palácio de Buckingham. As visitas dão-se no Verão, salvo erro duas vezes, ou seja, o palácio não está aberto todo o ano, embora o Rei continue a não viver lá (deveria, ao ser a residência oficial do monarca, porém, Carlos e Camila ainda não se mudaram; vivem na residência do Príncipe de Gales).


Palácio de St. James



Palácio de Buckingham


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

12 de janeiro de 2024

Londres (III).


  O segundo dia em Londres foi muito especial. Fomos a um museu que queria realmente conhecer, o British Museum. O Museu Britânico, sucintamente, é o museu das peças furtadas. Os britânicos tiveram, como se sabe, imensas colónias, domínios e protectorados. O Museu Britânico está composto por peças de todo o mundo, com especial enfoque na Antiguidade Clássica e no Antigo Egipto. A Grécia reivindica, há muitos anos, a devolução de tudo quanto lhe foi subtraído, e acreditem que foi muito. Templos inteiros. É natural que esses países pretendam recuperar o seu património histórico e cultural.

  Convém, entretanto, dizer que é um museu enorme, e que como tal está dotado de um espólio vastíssimo de várias civilizações. Seria redutor pensar-se que apenas tem peças do Egipto e da Grécia. Só para que fique claro.


Estátua de Ramsés II


  A colecção do Antigo Egipto é a mais apetecível e aquela à que mais gente conflui. É difícil, em determinados momentos, caminhar por entre tantas pessoas. Uma vez mais, é um museu gratuito e, além do mais, um dos melhores do mundo na sua especialidade. É outro imperdível, e este é-o realmente. 


Monumento à Nereida (410-400 a. C.)


  À noite, demos um passeio pela cidade para ver as luzes de Natal. Andámos por Piccadilly Circus, Oxford Street e outras ruas. Demos uma volta também pelo Hyde Park, embora não nos tenhamos demorado. Em nenhum dia nos deitámos tarde, uma vez que todos foram bem preenchidos, com lugares onde estar a horas determinadas, e isso exigia que nos levantássemos cedo.


O Hyde Park, à noite 


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

11 de janeiro de 2024

Londres (II).


   O nosso primeiro dia em Londres reservámo-lo para visitar o Natural History Museum, que é o mesmo que se dizer o Museu de História Natural. Uma das vantagens de Londres, que é uma cidade absurdamente cara, é a gratuitidade de quase todos os seus museus, ou pelo menos daqueles que têm maior visibilidade, por isso, ir a Londres sem conhecer o Museu de História Natural, quanto a mim, é uma palermice. Naturalmente que cada um faz o que quer. Eu tenho um grande amigo que não gosta assumidamente de museus e cultura, e que viaja muito, sendo que aproveita as viagens para ir aos parque de diversões. Já conhece todos, até aqueles de escorregas gigantes no Dubai. Cada um faz o que quer.


O esqueleto completo de baleia azul


   Eu não sou um grande fã de história natural, mas, lá está, é talvez um dos melhores museus de história natural do mundo, e quanto a mim é imperdível. É enorme e está à pinha. É praticamente impossível ver tudo com a calma que um museu merece, isto é, apreciar devidamente e ler. Faz-se o que se pode dadas as circunstâncias.


Um exemplar de dodó


   Gostei particularmente dos ossos de dinossauros e, no hall de entrada, do esqueleto completo de baleia azul, o maior animal de sempre -entre os actuais e os extintos- que passou pelo planeta, e não está extinta, felizmente. De igual forma, tenho uma certa predilecção pelos animais extintos, e há uns exemplares do famoso dodó, a ave das Maurícias extinta há apenas uns poucos séculos.


Esqueleto de mamute


     Depois, à tarde, demos um passeio pela cidade; fomos à famosa Tower Bridge, mas falar-lhes-ei melhor da ponte da torre e da cidade noutra ocasião.


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

10 de janeiro de 2024

Londres (I).


   Como o prometido é devido, fiquei, em 2024, de ir publicando periodicamente a minha jornada em Londres. A escolha sobre Londres surgiu por algumas razões: de ordem prática, temos vôo directamente de Vigo; de ordem sentimental, a minha mãe esteve lá e contou-me maravilhas da cidade. 


No aeroporto de Vigo, mas não, este infelizmente não foi o meu vôo. Teria de esperar muito…


    Levantámo-nos bem cedo e fomos daqui da vila até Vigo, de comboio directo, tendo de fazer, contudo, uma paragem em Ourense para mudar de comboio. Já em Vigo, seguimos para o aeroporto, de táxi. Esperámos 8 horas, mais ou menos, no aeroporto. Nunca antes me acontecera algo semelhante. O vôo, salvo erro, estava marcado para as 15h e algo. Começaram por adiá-lo para as 17h e tal. Quando se aproximava a hora, voltavam a adiar mais uma hora, e assim sucessivamente até às onze da noite (23h). Iam-nos dando vales de comida. Eu já desesperava com medo de que nos cancelassem o vôo. A explicação oficial era a de que a pista em Stansted estava cheia de gelo e era perigoso descolar e aterrar. A determinado momento dei a viagem por perdida. O problema, além de um dia perdido, é que eu sou super organizado. Compro os bilhetes dos museus, reservo os tours, faço tudo antecipadamente. Se nos tivessem cancelado o vôo para o dia seguinte, além de um dia de férias perdido, perderia ainda todo o plano para o primeiro dia na capital inglesa.

   Pois perto das 23h, lá chegou o avião. Vibrei de alegria. Chegámos tardíssimo a Londres, era uma e tal da manhã. Havíamos jantado no avião, entretanto. Do mal o menos, apenas perdi o dinheiro dos bilhetes que comprara para o trajecto entre o aeroporto de Stansted e o centro da cidade. O que eu queria era chegar a Londres. Devidamente instalados no hotel, dormimos umas 5h, entusiasmados, então, para o começo das férias…


14 de dezembro de 2023

Londres.


    O M. tirou as tão desejadas férias, segunda quinzena do ano, porém, muito antes disso já eu começara a conjecturar a nossa próxima viagem, e a escolha recaiu em Londres. Não houve nenhum motivo em particular. Talvez a proximidade ao aeroporto de Vigo. Não me apetecia nada ter de ir até Madrid e, dali, apanhar um avião.

    Adorei Londres. É realmente uma grande metrópole. Os ingleses são atenciosos. Como todas as cidades globais, tem muitíssimo que ver, e dez dias (o tempo que estivemos lá) não é suficiente para se ver tudo. Assim mesmo, chegámos com um plano ambicioso e cumprimo-lo escrupulosamente. Vimos os principais museus (British Museum, Natural History Museum, Tate Modern, National Gallery), depois o Madame Tussauds (um clássico). De monumentos, vimos e entrámos dentro da Abadia de Westminster, do Palácio de Westminster (estivemos nas Câmaras dos Lordes, Comuns etc), Catedral de São Paulo, Torre de Londres, Catedral de Westminster e Tower Bridge. Passeámo-nos pelos bairros típicos de Mayfair, Belgravia, Camden Town, Notting Hill, e ainda demos uma escapadinha até Greenwich, onde estivemos no Real Observatório (sim, o do Meridiano). Não parámos, e ficaram coisas por ver, que não estavam no plano, contudo.


Pouco choveu, e no dia do Palácio de Westminster até tivemos direito a sol


    Não é preciso dizer que recomendo. É imprescindível conhecer Londres. É uma cidade que, pese embora o tamanho, funciona - e aquele metro? Maravilhoso! Chega a todas as partes, e sempre a chegar e a partir.