Já fiz, anteriormente, balanços pessoais da minha experiência na blogosfera. Igualmente, falei do estado actual, medíocre, desta plataforma. Sucumbiu, como outras, ao Facebook, Twitter, e por aí fora (agora há umas que nem sei para que servem). Este post será diferente. Falarei da blogosfera fora da blogosfera.
Para alguns, a blogosfera transformou-se em algo que extravasou o meio virtual. Conhecemo-nos. Recordo-me do meu primeiro dia -que foi o primeiro também para alguns, e não o foi para outros-. Algures em Maio de 2013. Num jantar promovido por determinado blogger, conheci vários. Desde aí, os encontros sucederam-se, até meados de 2017, quando percebi que foi tudo um erro. Houve pessoas que gostei de conhecer, efectivamente, mas a maioria não valeu a pena. Não direi “desilusão”, porque só um idiota espera algo melhor, nestes meios, do que aquilo a que está acostumado lá fora. O mais correcto será utilizar a expressão que usei acima: não valeu a pena. Temos de aturar tanto lixo no dia-a-dia, sem que tenhamos a possibilidade de escolha; para quê sujeitarmo-nos nós mesmos, sem necessidade, a lidar com mais porcaria? Foi o que eu eu fiz.
E fi-lo porque nunca me escondi atrás dum pseudónimo. Havia muitos blogues de pessoas que usavam o anonimato para se libertarem de medos, frustrações, armários. Não era o meu caso, isto é, dar-me a conhecer não iria restringir de forma alguma a minha liberdade de continuar a dizer o que penso e faço. Havia, e é compreensível, pessoas que criavam nestes meios um mundo de ilusão, que depois podia cair por terra se os seus leitores/seguidores os conhecessem pessoalmente, ou poderiam sentir que perdiam a liberdade de poder falar abertamente sobre si mesmos. Isto, claro, voltando atrás. Hoje em dia é um meio -a blogosfera- sem nenhuma relevância. Alguém ainda se encontra através disto?
Naturalmente que tenho o meu feitio. Não me apresento aqui como um anjo de candura, maravilhoso, que foi massacrado pela maldade de terríveis bloggers que conheceu. Não. Eles são o que são, cada um deles, e eu o que sou. Mas sim, espero sempre, pela vida fora, encontrar pessoas melhores do que eu. Infelizmente encontrei ainda piores. E acreditem, pior é difícil.
Quando comecei a escrever este post, vim determinado a escrever os seus nomes, ou os seus pseudónimos, sem medo, um pouco imbuído na fórmula “que se lixe”. Não o farei. Não lhes darei esse prazer. Simplesmente digo, ou melhor, repito, o que disse: conheci-os, dei-me a conhecer, foi um erro, hoje não o faria, salvo pouquíssimas, mas mesmo muito poucas, tão poucas, excepções (conto 2 pessoas). Agora é continuar, como tenho continuado, como se nunca os tivesse conhecido.