12 de dezembro de 2025

Amesterdão.


   Estive dez dias em Amesterdão. Não conhecia a cidade. Adorei. Tudo. Da cidade em si ao povo. Da organização do país. Da funcionalidade. Da pontualidade. Do pragmatismo. De tudo, enfim, que inexiste em Portugal, e em Espanha, onde vivo.

    Não irei fazer as tradicionais publicações com cada dia e as actividades que desenvolvi lá. Fizemos e conhecemos muito, mais até do que estava no roteiro original. Sobrou, inclusive, tempo para ir a Roterdão e a Haia. Sendo os Países Baixos um país pequeno, as cidades distam pouco entre si. Fomos, também, a pequenas localidades limítrofes de Amesterdão, como Zaanse Schans, Volendam, Edam, Marken, Haarlem. Provámos os deliciosos queijos neerlandeses. 


Um dos inúmeros canais de Amesterdão


   A temperatura esteve agradável. Não senti grande diferença face às temperaturas galegas no Inverno. Tão-pouco choveu -choviscou- o que ajudou nos dias de exploração da cidade. Naturalmente, fomos aos principais museus: Rijksmuseum, Anne Frank Museum, Van Gogh Museum, e Mauritschuis, em Haia. Sobrou tempo para o Museu da Prostituição, no famoso Red-light district, e ainda para o Heineken Experience, a primeira fábrica da famosa cerveja. Destaque para o Vrolik Museum, um espaço dedicado a malformações genéticas, com fetos humanos em formol. As bicicletas por todas as partes podem, num primeiro momento, deixar-nos desorientados. É uma cidade pensada para as bicicletas.

     Fiquei com imensas saudades daquelas paragens.

1 de dezembro de 2025

O Natal começou.


   Pelo menos aqui em casa já é Natal. Montámos a árvore ontem, no Primeiro Domingo do Advento, que este ano calhou a 30 de Novembro. É assim que manda a melhor tradição cristã. E eu adoro a minha árvore. :)




26 de novembro de 2025

O Dia da Democracia.


   Em 25 de Novembro de 1975, Portugal viveu um momento decisivo no seu percurso democrático. Nesse dia, sectores das Forças Armadas, alinhados com a extrema-esquerda, protagonizaram um tentativa de golpe de Estado -incluindo paraquedistas que ocuparam várias bases aéreas- numa fase em que o país ainda se encontrava no turbulento processo revolucionário pós-Revolução dos Cravos, o PREC (“Processo Revolucionário em Curso”). 

  A operação militar moderada, liderada por figuras como Ramalho Eanes, enfrentou e travou esse golpe, defendendo a normalização institucional e abrindo caminho para a consolidação de uma democracia pluralista. Para muitos historiadores, o 25 de Novembro é visto como o fim simbólico do PREC e o início de uma estabilização política que levou à promulgação de uma nova Constituição em Abril de 1976.

  Quanto a mim, faz todo o sentido que se assinale esta efeméride. Sem o 25 de Novembro, Portugal não seria o que é hoje, ou pelo menos não o teria sido. Pelo meio teríamos tido uma ditadura marxista-leninista ou uma intervenção estrangeira da NATO para a impedir. O caos, em suma. Se o 25 de Abril foi o Dia da Liberdade, o 25 de Novembro foi o Dia da Democracia.


21 de novembro de 2025

O voto emigrante.


   Há dias, o Governo lançou uma campanha com um jogador de futebol internacional português e a sua namorada para combater o abstencionismo do voto dos emigrantes nas eleições presidenciais. Não seria mais fácil e útil, digo eu, mudar o sistema eleitoral, pelo menos no que diz respeito ao voto dos emigrantes? É que eu sou emigrante, e caso não saibam, nós, emigrantes, nas presidenciais não podemos votar pelo correio. Pois é. Nas legislativas, sim. Ou seja, se quisermos escolher o nosso Presidente da República, como qualquer cidadão português, temos de ir a uma representação diplomática portuguesa, aquela em que estamos recenseados. Para muitos emigrantes, podem ser centenas de quilómetros. No meu caso, são mais de 200 km. Valerá a pena? Não, claro que não. É muita hipocrisia, de facto.