12 de janeiro de 2024

Londres (III).


  O segundo dia em Londres foi muito especial. Fomos a um museu que queria realmente conhecer, o British Museum. O Museu Britânico, sucintamente, é o museu das peças furtadas. Os britânicos tiveram, como se sabe, imensas colónias, domínios e protectorados. O Museu Britânico está composto por peças de todo o mundo, com especial enfoque na Antiguidade Clássica e no Antigo Egipto. A Grécia reivindica, há muitos anos, a devolução de tudo quanto lhe foi subtraído, e acreditem que foi muito. Templos inteiros. É natural que esses países pretendam recuperar o seu património histórico e cultural.

  Convém, entretanto, dizer que é um museu enorme, e que como tal está dotado de um espólio vastíssimo de várias civilizações. Seria redutor pensar-se que apenas tem peças do Egipto e da Grécia. Só para que fique claro.


Estátua de Ramsés II


  A colecção do Antigo Egipto é a mais apetecível e aquela à que mais gente conflui. É difícil, em determinados momentos, caminhar por entre tantas pessoas. Uma vez mais, é um museu gratuito e, além do mais, um dos melhores do mundo na sua especialidade. É outro imperdível, e este é-o realmente. 


Monumento à Nereida (410-400 a. C.)


  À noite, demos um passeio pela cidade para ver as luzes de Natal. Andámos por Piccadilly Circus, Oxford Street e outras ruas. Demos uma volta também pelo Hyde Park, embora não nos tenhamos demorado. Em nenhum dia nos deitámos tarde, uma vez que todos foram bem preenchidos, com lugares onde estar a horas determinadas, e isso exigia que nos levantássemos cedo.


O Hyde Park, à noite 


Todas as fotos foram captadas por mim. Uso sob permissão.

4 comentários:

  1. O British é algo de assombroso. A primeira vez que vi os mármores de Elgin fiquei emocionado. Aquilo é o que sobra dos frisos do Parthenon, depois de ter sido detonado por ter sido transformado pelos turcos num paiol de pólvora. Um crime contra a arte e contra a nossa história.
    Pelo menos aqui estão protegidos, o que não posso assegurar se retornassem à Grécia. Percebo os argumentos, mas é melhor que fiquem aqui, onde estão. Emocionam-me estas relíquias do passado remoto, que considero sagradas, pelo que é urgente que possam perdurar através dos tempos e que assim sejam usufruidas pelos vindouros.
    Cumprimentos
    Manel

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    1. Manel,

      O meu marido disse exactamente o mesmo: que os ingleses os preservam melhor. Eu, contudo, e atendendo à condição da Grécia como país europeu e civilizado, acredito que todo o seu património seria devidamente cuidado e estimado pelos gregos.

      O Partenón teve muita sorte em escapar. Usado como paiol, e eu estava a par desse facto, parece-nos uma barbaridade.

      Cumprimentos,
      Mark

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  2. Adorei esse museu :)
    De facto, quando estive na Grécia e no Egipto, os guias dizem que devemos visitar o Museu Britânico primeiro (está lá tudo). Mas os Egípcios venderam tudo e foram os Turcos Otomanos que venderam as pedras da Grécia aos Ingleses. A Turquia roubou toneladas de ouro à Grécia, mas ninguém fala nisso
    Abraço amigo

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    1. Não sabia desse facto da “venda”. A nós a guia disse-nos que todas as peçam foram subtraídas sem o consentimento dos respectivos povos.

      Um abraço, amigo
      Mark

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