5 de março de 2025
Anora.
29 de fevereiro de 2024
Close.
1 de janeiro de 2024
Napoleão.
1 de novembro de 2023
Laços de Ternura (1983).
16 de outubro de 2023
Voando sobre um ninho de cucos (1975).
14 de outubro de 2023
Barbie.
24 de maio de 2023
Priscila, A Rainha do Deserto (1994).
16 de maio de 2023
Bem Bom (Doce).
19 de março de 2023
A Baleia.
12 de março de 2023
The Fabelmans.
Um filme que tem muito de biográfico. As interpretações são de excelência, sobretudo de Michelle Williams. Spielberg seguramente saberá destrinçar entre o que há da sua experiência e o que resulta da inegável capacidade criativa a que nos acostumou, transportando-nos aos anos 60 com maestria; a uma família de classe média tão normal nos hábitos, nos “pecados”, nos anseios, nos desejos, incidindo no crescimento de um miúdo entre as câmaras de filmar e um terrível segredo capaz de abalar o núcleo aparentemente tão comum e inabalável, e afinal é-o, comum, porque inabalável, nem tanto. Não há estórias completamente felizes.
7 de janeiro de 2023
I Wanna Dance with Somebody.
2 de maio de 2021
Nomadland.
“Nomadland” trata da quebra dos vínculos sociais a ponto de uma total dessocialização, uma ausência de ligação à colectividade, excepto aos que partilham dos mesmos valores de erraticidade e desprendimento.
Frances McDormand iguala Meryl Streep em prémios Oscar, e merecidamente, que a sua interpretação é inenarrável. No entanto, há que fazer uma pequena ressalva: McDormand esteve como peixe na água, permitam-me a expressão. Em “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, a actriz interpretou, se a memória não me falha, uma mulher com uma vivência rural e desagregada que provavelmente terá motivado a sua escolha para este “terra nómada”.
É uma estória deprimente? É-o, como a vida sem as cores que lhe damos para a tornar mais suportável. Há quem se recuse a cumprir com os padrões estabelecidos e tome efectivamente as rédeas do seu destino, ignorando automatismos sociais, normas comportamentais, obrigações decorrentes da própria manutenção daquilo que consideramos ser um patamar de dignidade. Na “terra dos nómadas”, há dignidade, há normas, mas não há uma escravidão ao trabalho, ao dinheiro; uma preocupação com a aparência. Existências numa primeira análise desprovidas de raízes, ainda que as tenham no espírito de cooperação que se estabelece entre quem divide um estilo de vida comum.
11 de fevereiro de 2020
Óscares 2020.
E até para o ano que vem!
9 de fevereiro de 2020
Marriage Story e The Irishman.
As interpretações de Scarlet Johansson e de Adam Driver são bastante convincentes. Justificam-se as nomeações para Melhor Actriz e Melhor Actor. Laura Dern, como advogada zelosa e escrupulosa no cumprimento do seu dever (talvez até demais…), também logrou a sua terceira nomeação, desta vez para Melhor Actriz Secundária.
Marriage Story tem uma aura quase seventies, oscilando entre o glamour do cinema e o conforto do telefilme. Talvez seja um filme mais para o sofá, não deixando de ser um bom filme.
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Provavelmente serei o único que destoa do coro de elogios a The Irishman, que é um filme que nos lembra o clássico de 1972 O Padrinho, ficando muito aquém deste. É demasiado longo, insistindo na fórmula que já conhecemos: a Máfia exige lealdade em troca de uns servicinhos. Quem falha, quem desonra "a família", é executado impiedosamente. A violência gráfica, explícita, deste filme vem por acréscimo. É necessária para dar aquele toque gangster. O cerne da questão, como diz o povo, é: o que retemos de Irishman para o futuro? Nada. Não fossem os grandes nomes da produção - Robert de Niro, Al Pacino, Joe Pesci - e ter-me-ia sido insuportável chegar ao final.
Olhar para o passado em jeito de retrospectiva, contando a história de vida e lamentando os erros, não melhora em nada a experiência com The Irishman. Justificam-se, talvez, as nomeações para Melhor Direcção de Arte e Melhor Figurino, porque efectivamente há a elogiar o esmero na recriação das décadas em que o filme se desenrola, com tudo o que isso inclui: cenários, roupas, objectos. O toque a classe está lá. Falta-lhe é ser mais do que outro filme sobre a Máfia. Depois de Silence, que adorei, Scorsese mete o pé na poça. Nem arriscou, tão-pouco. Poderia ter sido mais arrojado. Foi previsível, tanto ao ponto de julgar que já tinha visto este filme. Já o vi, é certo, porque o que subjaz a filmes de mafiosos é sempre o mesmo. Definitivamente não voltaram a estar na moda.
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Logo mais, estarei colado ao ecrã a ver os Óscares. Ainda não pude ver o Jojo Rabbit, o que duvido que viesse a alterar a minha escolha para Melhor Filme: 1917 ou Parasitas. Se o Joker ganhar, será profundamente injusto para com estes dois filmes nomeados na mesma categoria. Finda a cerimónia, nos próximos dias, direi algo sobre a entrega dos prémios e as minhas escolhas.
6 de fevereiro de 2020
Bombshell, 1917 e Little Women.
14 de janeiro de 2020
O Caso de Richard Jewell.
As interpretações são muito boas (Kathy Bates está, de resto, nomeada para Melhor Actriz Secundária na edição deste ano dos Óscares), regra geral, e o filme tem aquele travo a 90s que ajuda a apaziguar o coração dos mais saudosistas daqueles anos - quando ouvimos Macarena, a irritante e pegajosa canção dos Los del Río, quase que nos apetece imitar a coreografia ridícula que a acompanha. À distância de mais de vinte anos, tudo ganha outro encanto.
11 de janeiro de 2020
Dois Papas.
3 de janeiro de 2020
Era uma vez em... Hollywood.
13 de dezembro de 2019
Compras de Natal e "One From the Heart" (1982).
Compras feitas por aí, num dos centros comerciais da cidade, decidi ir almoçar à Avenida da Liberdade enquanto esperava pela sessão das 15h na Cinemateca. Mais um clássico, desta feita um de 1982, de Francis Ford Coppola, One From the Heart. E o que se me apraz dizer sobre este musical do início dos anos 80? Desde logo, creio que agora sei onde Damien Chazelle foi buscar inspiração para o La La Land. Notei tantas semelhanças, sobretudo nos números musicais. Tal como este último, One From the Heart pode deixar um gosto amargo em quem vai à espera de algo verdadeiramente arrebatador; não o é. É uma reinvenção do género musical, com uma falha aqui, uma imprecisão ali. Na busca pelo sonho, notei um certo descuido até nos cenários, mesmo considerando o ano em que o filme foi rodado. Este filme não honra as produções hollywoodescas, inclusive nos gastos exorbitantes que as rodeiam sempre.
Inteiramente passado na noctívaga Las Vegas, os sentimentos e as angústias daquelas personagens perdem-se no meio de tanta luz, tanta festa e tanto brilho. A cidade é como que um parque de diversões enorme, onde não há lugar para os infelizes. Aquele optimismo e a animação chegam a ser sufocantes.
Coppola e o director de fotografia procuraram criar duplos planos no plano, num jogo de sombras e espelhos que nos cria a ilusão de coexistirem espaços diferentes dentro do mesmo plano. Tal é observável em algumas cenas. Um virtuosismo ambicioso naquela época, pretendendo-se fazer escola com isso. Acontece que a receptividade não foi condizente com a ambição de Coppola, que quis resgatar o musical e manter o trilho de produções bem-sucedidas dos anos 70 que o tornariam num dos maiores nomes da indústria da sétima arte norte-americana.
Particularmente, gostei do filme pelo tanto que me fez imergir numa realidade diferente da minha. Julgamos estar num sonho, um sonho apaixonante. Não foi uma má experiência, não foi. Dificilmente tenho más experiências com os anos 80.
30 de novembro de 2019
The Big Fish (2003).
Um último destaque ao brilhantismo de Burton na sequência de pequenas histórias em flashback dentro da história principal. Aquelas que se desenrolam no circo e as suas atracções exóticas e aberrantes, a bruxa cujo olho desvenda a morte, o vilarejo idílico, o número musical no Vietname (que ainda continuar a povoar o imaginário norte-americano como uma ferida que não cicatriza nunca) e a cena na banheira, naquele banho de imersão intimista e sussurrado. Tudo digno de um pequeno génio na sua arte.