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22 de junho de 2021

Novo membro da família.


   Não, não decidimos adoptar uma criança, o que está completamente fora de questão -eu e o M. detestamos crianças.

     Já no ano passado, depois da adopção do Diesel, eu tentei convencer o M. para que acolhêssemos um gatinho cá em casa; acolher não no sentido de nos tornarmos numa família de acolhimento: acolher enquanto tutores, adoptando-o como o fizéssemos com o cão. Após alguma insistência da minha parte (de início, o M. rejeitava a ideia de termos outro animal, e menos um gato), decidimos recentemente, em conjunto, começar a procurar um gatinho. Tentei-o na associação de protecção de animais da vila e disseram-me que não tinham de momento um gato domesticado que pudesse conviver facilmente com um cão. Procurei, então, na associação em que adoptei o Diesel. Têm imensos animais, sobretudo gatos. Escolhi um animalzinho de 1 ano de idade com uma característica especial: debaixo do focinho branco, o Bigotes (o seu nome) tem uns pêlos negros que lhe dão o aspecto de um bigode desenhado. Segundo a senhora da associação, ninguém o quis precisamente por isso, por o acharem diferente. Apercebo-me de que a maioria das pessoas adopta animais perfeitos e pequeninos.

    O Bigotes, que ganhou um nome que lhe antecede o que já trazia, em jeito de nome conjunto, Señor Bigotes, é totalmente saudável, isto é, não padece de FIV ou de FeLV, os vírus, respectivamente, da imunodeficiência e da leucemia felinas. Já o trouxemos vacinado, castrado e desparasitado, ao contrário do Diesel, que não tinha nada.

   Até ao momento, o período de adaptação ainda decorre. Ele estava entregue aos cuidados de uma família de acolhimento desde os três meses, convivendo com outros animais. Estranha-nos, evidentemente, bem como ao cão, à casa, às rotinas. Tudo é um universo novo para si. Assim que chegámos a casa, no domingo, quando o fomos buscar, saiu do transportador e refugiou-se debaixo da cama do quarto de hóspedes, num canto entre a cabeceira e a mesinha, e só ontem à noite começou a querer sair. Equipámos a casa com todos os artigos essenciais: o seu sanitário, um arranhador, uma caminha, e foi com agrado que percebi que durante a madrugada, logo na primeira, soube usar correctamente a caixinha das necessidades. Sai de vez em quando, achega-se ao nosso quarto, explora a casa, mas ao menor ruído corre para debaixo da cama. Sente-se protegido ali. Já sabemos que os gatos lidam com estas mudanças de outra forma. Respeitamos o seu espaço e o seu tempo.

     Bom, e apresento-lhes o Bigotes... perdão, Señor Bigotes.