Num mundo cada vez mais cruel, a confiança constrói-se com pequenos e tímidos passos. Lenta e progressivamente, conhecemos as pessoas que se aproximam de nós e aquelas às quais nós nos aproximamos. Vemos o brilho do seu olhar através da nossa retina, desvendamos as suas reais intenções, ouvimos as palavras certas. Oh, é tão bom ouvir as palavras certas! Na Idade Média, nas batalhas e nos conflitos entre os reinos, os cavaleiros utilizavam, com a sua armadura, um escudo de defesa contra a espada do inimigo e contra as lanças atiradas à distância. A barbaridade imperava, dizem alguns; foi substituída pelas armas de fogo, uns séculos mais tarde, e pela energia atómica, num passado ainda recente. Nunca percebi o significado do conceito de barbaridade.
Há quem se defenda com uma cara má, semblante cerrado e ameaçador. Há quem fuja do confronto com o próximo, tendo aqui a palavra confronto não um sinónimo de algo mau, pejorativamente falando. De confronto entenda-se o diálogo, a aproximação a outrem, o convívio ameno. Há quem tema o Homem; terá razão?
Uns dirão que a Humanidade está perdida, como um pedaço de matéria que é atraída por um buraco negro. Os menos cépticos tentam agarrá-la com todas as suas forças, como quando uma chave cai numa sarjeta da água das chuvas. Por entre os ferros que cobrem toda a extensão do bueiro, colocamos a nossa mão, por vezes atravessada, a muito custo, e lá conseguimos retirar o objecto que dávamos por perdido. Talvez ainda haja tempo para um resgate.
«Somos responsáveis por aquilo que cativamos.»
Somos responsáveis por cuidar daqueles que amamos; sentimos que somos pertença -divisível por muitos - de todos aqueles que mereceram ganhar a nossa estima, que trespassaram as muralhas que orgulhosamente sós erguemos ao longo do tempo. Quando o pano cai e as emoções extravasam à superfície, todos precisamos de alguém.
A raposa deu a sua confiança e o princepezinho teve a sua amizade.
Que ninguém nos tire o que conseguimos conquistar.
Eu sei que te disse isto um milhão de vezes (senão mais!),mas tu escreves maravilhosamente bem.
ResponderEliminarQuem me dera ter metade do jeito que tens para escrever!!
Amei. Amei a temática,as palavras escolhidas,o video. Tudo!!
Gostei muito =)
p.s-muito obrigada pelo teu comentário tão querido e fofinho. Obrigada pelo apoio =)
beijinho*
Mark, meu querido amigo.
ResponderEliminarHoje foi um dia lindo. Comecei por ouvir música francesa, que adoro, e acabo por ler este teu post maravilhoso. Le petit prince de Antoine de Saint Exupéry - é uma fonte permanente de alegria.
"Aimer, ce n'est pas se regarder l'un l'autre, c'est regarder ensemble dans la même direction."
Um abraço apertado :)
Aparte mais maravilhosa do mais maravilhoso dos livros...
ResponderEliminarO teu blog é encantador, caro Mark!
ResponderEliminarImagino-te como pessoa.
Abraço.
Simplesmente fantástico :)
ResponderEliminarAbraço
Sonhadora: Obrigado, querida. :$
ResponderEliminarNão tens nada a agradecer; pelo contrário, eu tenho a agradecer o carinho que me dás. :)
Beijinho! *
Pedro: Muito obrigado! *.*
Abraço! :)
João: É, sem dúvida, um livro maravilhoso repleto de mensagens dirigidas ao Homem. Travestidas de fábulas, as verdades estão lá todas. ^^
Anónimo: Poderias ter assinado ou escolhido a opção de colocar um nome. Seria mais fácil designar-te até para a posterioridade. Em todo o caso, muito obrigado! Mas, sou uma pessoa como qualquer outra. :)
Abraço!
Francisco: Concordo. :)
Abraço.
Escreves como respiras :)
ResponderEliminarAproveito para te convidar para vires dar uma olhadela ao no PIXEL, no meu blogue e ficas convidado a participar neste concurso de histórias :p
http://good-friends-are-hard-to-find.blogspot.pt/
sad eyes: Muito obrigado pela atenção. :) E, já agora, muito obrigado pelas palavras. :33
ResponderEliminarAs palavras do sad eyes são exactamente o que eu penso sobre os teus escritos. Sinto Marl, em cada uma delas. Abraço cheio de carinho. ^^
ResponderEliminarPedro: Oh, muito obrigado. :$
ResponderEliminarÉs um querido. *.*
Um grande abraço! ^^
olá, Mark. juntas as palavras com tanta delicadeza e sentimento. uma das mais belas histórias de amor, porque o amor pode ser tanta coisa. "por favor, cativa-me!"
ResponderEliminarOlá, Margarida! Muito obrigado pelas tuas palavras e pela amabilidade da visita. :)
ResponderEliminarHoje em dia,quase ninguém quer ser cativado. Preferem viver na ilusão de ser autossuficiente,do "eu me basto," de não precisar de ninguém para nada. O que é uma ilusão,uma mentira. Todos nós queremos ser cativados e cuidados por alguém,faz parte da nossa natureza.
ResponderEliminarUm grande abraço!
Citizen: Sim, é verdade, todos precisamos de carinho. Quem diz o contrário, ou é feito de ferro, ou mente. :)
ResponderEliminarAbraço! :33
Um dia terás um principe, que te achará a raposa mais especial do mundo. E deixarás de ser uma raposa como as outras aos olhos dele, e ele deixará de ser um rapaz como os outros aos teus olhos. ;)
ResponderEliminarCoelhinho: Muito obrigado. :) Quem dera! ^^
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