31 de outubro de 2009

Halloween



Chegou uma das noites que mais gosto: a noite de Halloween! E já combinei com uns amigos um programa divertido; no quintal bem grande de um deles vamos organizar um jantar com decoração dedicada ao evento. É uma noite essencialmente norte-americana e um tanto pagã, mas não deixa de ser divertida!

30 de outubro de 2009

This Is It

Como já referi num post anterior, descobri relativamente tarde o gosto por Michael Jackson. Mas ao descobrir tornou-se praticamente obrigatório ouvir pelo menos uma música por dia. O ritmo das músicas mexe comigo e faz-me querer dançar sem parar. Por isso, estou ansioso por assistir ao mais recente filme sobre o cantor falecido a 25 de Junho deste ano. This Is It, frase utilizada por Michael para promover o que seria a sua maior tournée, foi reaproveitada para divulgar este recente filme que não é mais do que as últimas gravações do cantor enquanto ensaiava os seus espectáculos. Este facto torna o filme bem mais apelativo, porque estamos a assistir às últimas imagens tornadas públicas de Michael. Não é um filme baseado nele, com um actor que o interpreta; mas sim o próprio Michael, que se tornou estrela de um filme que ele nem podia imaginar que seria realizado. É quase como uma despedida, e eu também desejo fazer essa despedida.

25 de outubro de 2009

Morrer Como Um Homem

Hoje fui assistir ao filme Morrer Como Um Homem, um filme de João Pedro Rodrigues. É um filme tocante, dramático e real, pelo menos para quem vive da noite. Conta-nos a história de Tónia, uma travesti lisboeta que vive dividida entre o seu sexo real, o masculino, e o sexo que usa para ganhar a vida, o feminino. Tónia vive com Rosário, seu namorado, toxicodependente e que também a maltrata quando está de ressaca. Para além do dualismo de género, Tónia enfrenta também a rejeição do seu único filho, Zé Maria, um militar que não aceita a condição do seu pai. No fundo, Tónia vive uma vida de sofrimento e anormalidade, até mesmo na hora da sua morte. O filme fala-nos de sentimentos, de sofrimento e de como a vida pode ser ingrata para algumas pessoas. Relembra-me a história de Ruth Bryden, uma famosa travesti lisboeta da década de 80. O meu pai conheceu-a quando trabalhou no famoso Scarlatti, anos antes de eu nascer. Aconselho a todos que tenham a mente aberta a assistirem ao filme. Será uma experiência diferente para quem não se enquadra nesta temática, no entanto, o saber não ocupa lugar e quando não compreendemos algo, o melhor é tentarmos passar para o outro lado tentando viver na pele de quem não compreendemos. Nesse momento, toda uma outra visão nos é possível.

20 de outubro de 2009

Caim

Esta semana foi lançada a polémica obra de José Saramago, Caim. Obra essa que ainda não tive a oportunidade de ler, não podendo, por esse facto, fazer uma crítica fundamentada. No entanto, mais uma vez, José Saramago ousou enfrentar os padrões culturais ocidentais, mais concretamente a Igreja Católica. Acusou a Bíblia de ser um "manual de maus costumes", e eu não poderia estar mais de acordo com ele. Basta lermos umas breves passagens bíblicas para nos apercebermos que o ódio é uma constante, bem como a existência de um Deus que de sentimentos só conhece a cólera e a vingança.
É manifestamente claro que a Igreja Católica está a atravessar o seu pior momento e continua a perder fiéis incessantemente. As suas doutrinas medievais não se coadunam com as exigências dos tempos actuais, e a verdadeira crise de valores reside nessa instituição, que mais se preocupa com o controlo do nosso corpo e sexualidade do que propriamente pela salvação da nossa alma. Nessa instituição está bem patente o carácter imperialista, em que existe um líder máximo exalando poder e uma continuidade de senadores imperiais responsáveis pela manutenção de tão vasto império. Nem poderia ser de outra forma, afinal, a Igreja Católica é a sucessora de Roma. Martinho Lutero é actualíssimo e cada vez mais. Não reconheço nem nunca reconhecerei a Bento XVI e a seus sucessores o direito de intermediarem a minha relação pessoal com o que se poderá apelidar de Deus. Já estou como o Saramago; Bento XVI nunca bebeu café com Deus, conhecendo-O tanto como qualquer outro mortal.
Comunista, idoso e um pouco decrépito, mas "o homem" tem valor e a prova disso mesmo é o reconhecimento da Fundação Nobel, com a atribuição do Nobel (primeiro da Língua Portuguesa em literatura). Se não fosse uma voz demasiadamente incómoda, até Bento XVI gostaria dele.